O JORNALISMO E O SIMBÓLICO
O USO DA PALAVRA “HISTERIA”
Visualizações: 70DOI:
https://doi.org/10.56579/verum.v4i1.604Palavras-chave:
Jornalismo, Discurso, Linguagem, Claustro de Histeria, Teoria FeministaResumo
O artigo analisa a utilização da palavra “histeria” em títulos e matérias do jornalismo digital brasileiro. É buscado entender como tal uso, entendido aqui como claustro da histeria, colabora para o aprisionamento simbólico de mulheres. A repetição do termo exerce um deslocamento no imaginário social da imagem do feminino. Serão analisados, através de teorias feministas e dos discursos, seis matérias jornalísticas veiculadas entre 2018 e 2022, olhando para a palavra de forma a considerar sua carga histórica nas vivências das mulheres em contraponto com sua colocação nos títulos contemporâneos do jornalismo.
Downloads
Referências
ARAUJO, Julio Cezar. Especialistas acreditam que estamos vivendo uma histeria coletiva. Megacurioso, nov. de 2021. Disponível em: https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/120433-especialistas-acreditam-que-estamos-vivendo-uma-histeria-coletiva.htm. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
BAKHTIN, Mikhail; VOLOSHINOV, Valentin. Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. São Paulo: Hucitec, 1979.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019.
BENTO, Emmanuel. Em 1991, A-ha causou histeria no Recife com show histórico. Diário de Pernambuco, 06 de out. de 2022. Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/viver/2020/10/em-1991-a-ha-causou-histeria-no-recife-com-show-historico.html. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
BUENO, Winnie. Imagens de controle. Porto Alegre: Zouk, 2020.
BUTLER, Judith. A força da não violência. São Paulo: Boitempo, 2021.
___________, Judith. Discurso de ódio: Uma política do performativo. São Paulo: Editora Unesp, 2021.
CONSTANTINO, Rodrigo. Razão em tempos de histeria. Gazeta do povo, 13 de jan. de 2022. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/rodrigo-constantino/razao-em-tempos-de-histeria/. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
COSTA, Bruno. Macacos endémicos ou uma pandemia de histeria. Observador, mai. de 2022. Disponível em: https://observador.pt/opiniao/macacos-endemicos-ou-uma-pandemia-de-histeria/. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
CRUZ, Carlos Alberto. Ataque de histeria. MyNews, 18 de nov. de 2022. Disponível em: https://canalmynews.com.br/dialogos/ataque-de-histeria/. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
ECKER, Gisela. et al. Estetica feminista. Barcelona: Icaria, 1986.
FELICIANO, Marco. Histeria coletiva e interesse público. Folha de São Paulo, 18 de jul. de 2019. Disponível em: ://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/07/histeria-coletiva-e-interesse-publico.shtml. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: Uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2016.
GRYZINSKI, Vilma. Histeria coletiva: até chineses resolvem meter a colher no pirão. Veja, 1 de nov. de 2018. Disponível em: https://veja.abril.com.br/coluna/mundialista/histeria-coletiva-ate-chineses-resolvem-meter-a-colher-no-pirao/. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
HOOKS, Bell. Teoria feminista: Da margem ao centro. São Paulo: Perspetiva, 2020.
HUBERMAN, Georges. Invenção da histeria. Rio de Janeiro: Contraponto, 2015.
LAGARDE, Marcela et al. Los cautiverios de las mujeres: madresposas, monjas, putas, presas y locas. Cidade do México: Siglo XXI Editores México, 2016.
MARTINI, Rodrigo. Prevenção ou histeria?. A hora, mai. de 2022. Disponível em: https://grupoahora.net.br/conteudos/2022/05/20/prevencao-ou-histeria/. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
MANDELLI, Mariana. Russofobia: quando a histeria das redes amplifica o preconceito. Folha de São Paulo, 17 de mar. de 2022. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2022/03/russofobia-quando-a-histeria-das-redes-amplifica-o-preconceito.shtml. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
MIGUEL, Luis Felipe; BIROLI, Flávia. Feminismo e política: uma introdução. São Paulo: Boitempo, 2014.
MORRISON, Toni. Nobel Lecture, 7 dez. 1993. Disponível em: https://www.nobelprize.org/prizes/literature/1993/morrison/lecture/. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
OS limites da liberdade de expressão e a histeria canceladora. Gazeta do povo, 10 de fev. de 2022. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/editoriais/monark-kim-kataguiri-nazismo-liberdade-de-expressao/?ref=botao-fechar-sticky. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
PERROT, Michelle. As mulheres ou os silêncios da história. Bauru: EDUSC, 2005.
___________, Michelle. Os excluídos da História. Rio de Janeiro: Paz&Terra, 2021.
REAÇÃO à compra do Twitter por Elon Musk vai da histeria ao autoengano. O antagonista, 24 de abr. de 2022. Disponível em: https://oantagonista.uol.com.br/internet/reacao-a-compra-do-twitter-por-elon-musk-vai-da-histeria-ao-autoengano/. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
SADOVSKI, Rodrigo. Trocando sutileza por histeria, novo "Invocação do Mal" não assusta ninguém. Uol, jun. de 2021. Disponível em: https://www.uol.com.br/splash/colunas/roberto-sadovski/2021/06/03/trocando-sutileza-por-histeria-novo-invocacao-do-mal-nao-assusta-ninguem.htm. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
TAVARES, João Miguel. Esta histeria do “atentado” serviu para quê, exactamente?. Público, fev. de 2022. Disponível em: https://www.publico.pt/2022/02/12/opiniao/opiniao/histeria-atentado-serviu-exactamente-1995210. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
THENÓRIO, Iberê. Histeria coletiva surge de vontades recalcadas, diz psicóloga. G1, 16 de jun. de 2010. Disponível em: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2010/06/histeria-coletiva-surge-de-vontades-recalcadas-diz-psicologa.html. Acesso em: 24 de jun. de 2022.
VASALLO, Brigitte. O desafio poliamoroso. São Paulo: Elefante, 2022.
WILLIAMS, Raymond. Palavras-chave. São Paulo: Boitempo, 2007.
WONG, Tessa; ASHER, Saira. Escola na Malásia fecha portas por histeria coletiva após 'aparição misteriosa'. BBC, 20 de abr. de 2016. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/04/160420_malasia_histeria_escola_fn. Acesso em: 24 de jun. de 2022.