TRATAMENTO TÉRMICO DE RESÍDUOS AGRÍCOLAS COMO ALTERNATIVA PARA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS SÓLIDOS

Visualizações: 103

Autores

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v6i3.1031

Palavras-chave:

Agricultura, QUímica, Energia Potencial, Resíduos, Silvicultura

Resumo

O Brasil se destaca na composição de sua matriz energética, tendo os biocombustíveis um papel importante, com diversas matérias-primas necessitando de estudo. Este artigo busca avaliar o efeito da aplicação de tratamento térmico em diferentes espécies de biomassa para melhorar suas características energéticas, através de análise de composição química imediata (padronizada pela American Society for Testing and Materials), espectroscopia na região do infravermelho, e termogravimetria. Este artigo detalha o potencial energético de cada biomassa, estabelecendo os processos de torrefação com melhor rendimento a partir de resíduos agrícolas de amendoim (Arachis hypogaea L.), cacau (Theobroma cacao L.), cana-de-açúcar (Saccharum spp.), coco (Cocos nucifera L.), óleo de palma (Elaeis guineensis Jacq.) e mamão (Carica papaya L.). O tratamento térmico da biomassa mostrou-se eficaz na obtenção de um biocombustível sólido com maior poder calorífico, diagnosticado através de análises químicas imediatas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Márcio Mendes Silva Diniz, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

Professor de Química do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães de Porto Seguro-BA; Licenciado em Química pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia - Campus Porto Seguro; Especialista em Ead e Tecnologias Educacionais pela Universidade Norte do Paraná.

Carine Tondo Alves, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

ossui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal de Santa Maria (2005), mestrado em Engenharia Química pela Universidade Federal da Bahia (2008), doutorado em Engenharia Industrial pela Universidade Federal da Bahia (2012), doutorado sanduíche na School of Chemical Engineering - University of Birmingham (2011), pós-doutorado na School of Chemical Engineering - University of Birmingham (2013) e pós-doutorado na School of Chemical Engineering - Aston University (2022). Atualmente é vice-coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação PROFNIT da UFRB, participante do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Industrial (PEI) da Universidade Federal da Bahia, do Programa de Pós-Graduação em Energia e Ambiente (CIENAM) da UFBA, e professora adjunto da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Foi coordenadora do curso de Engenharia de Energias da UFRB entre 2017-2021, campus Feira de Santana, membro da UFRB no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Energia e Ambiente. Atualmente, coordena projetos de pesquisa do CNPQ e FAPESB e participa como coordenadora de subprojetos dos projetos BRAVE (coordenado pela Unicamp) e do projeto INCITERE (coordenado pela UFBA) como pesquisadora Tem experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Termodinâmica, Transferência de Calor, Biomassa e Bioenergia, atuando principalmente nos seguintes temas: Térmica, Torrefação, gaseificação e pirólise de biomassa, Produção de Hidrogênio, Transesterificação e esterificação de óleos e gorduras, Síntese e caracterização de catalisadores metálicos, Processos inovadores de produção de biocombustíveis, Tecnologia supercrítica, Cinética química, Modelagem termodinâmica do equilíbrio químico. Foi Coordenadora da área de energia e tecnologias da UFRB. Coordenadora de Projeto de Pesquisa na área de Produção de Hidrogênio financiado pela FAPESB, e participante e equipe executora de diversos projetos de pesquisa e de cooperação internacional financiados e em execução. Participou da criação do Projeto Político Pedagógico do Curso de Engenharia de Energias da UFRB.

Marcus Luciano Souza de Ferreira Bandeira, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia

Químico Bacharel pela Universidade Federal da Bahia-UFBA (1997), mestrado em Química pela UFBA (2002) e doutorado em Química Analítica pela UFBA (2008). Formação e experiência na implantação de laboratórios ambientais segundo a norma ABNT NBR/ISO 17.025 tendo acreditado o laboratório de Espectrometria Atômica do CEPED-Bahia pela NBR/ISO 17.025. Professor da Faculdade de Tecnologia e Ciências- FTC de 2002 a 2007. Experiência na área de Química, com ênfase em Análise de Traços e Química Ambiental e alimentos, atuando principalmente nos seguintes temas: Ambiental, metais, Técnicas de caracterização e classificação (HCA, PCA, SIMCA, LDA), ICP OES, GFAAS, Análise multivariada, Otimização multivariada de experimentos. Atuei como químico - técnico agrícola da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) onde implementei e certifiquei pela Rede Baiana de Metrologia (RBME) o laboratório de análises de produtos das abelhas. Desde 2008 atuo como professor do IFBA, Campus de Camaçarí.Atualmente sou professor efetivo da pós graduação Lato Sensu em Ciência e Tecnologia Ambiental do IFBA, campus Porto Seguro e do mestrado associativo (IFBA/UFSB) em Ciência e Tecnologia Ambiental. Professor titular do IFBA a partir de maio/2022.

Allívia Rouse Carregosa Rabbani, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA)

Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA), DIREN/PPGCTA, Campus Porto Seguro.

Allison Gonçalves Silva, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA)

Possui Licenciatura em química pela Universidade Estadual de Santa Cruz (2004), mestrado em Energia, pela UNIFACS (2008) e doutorado em Química, pela Universidade Federal da Bahia (2013). Atualmente é professor do Instituto Federal de educação, ciência e tecnologia da Bahia, Campus Porto Seguro, onde foi Coordenador do curso de licenciatura em química entre 2012 - 2016 e depois em 2018. Foi Diretor de Ensino entre 2019-2020. Atuamente como coordenador do Programa de Pós-Graduação de Ciências e Tecnologias Ambientais (2020). Está como docente permanente do Programa de Pós-Graduação de Ciências e Tecnologias Ambientais (IFBA/UFSB). Membro da Tropical Water Reseach Allince (TWRA). Membro do Conselho de Meio Ambiente da Prefeitura de Porto Seguro. Membro do Conselho do Refúgio de Vida Silvestre do Rio dos Frades (ICMBio) e membro do Comitê da Bacia Hidrográfica dos Rios Frades, Buranhém e Santo Antônio (CBH FRABS). Tem experiência na área de caracterização de adsorventes com as técnicas de FTIR, DRX, TPD-amônia e dióxido de carbono, EDX, TGA, UV-vis. Atua com monitoramento de ecossistemas aquáticos através da qualidade de água, determinação de contaminantes emergentes e metais potencialmente tóxicos. Experiência com as técnicas de cromatografia à gás com detectores TCD e FID, HPLC-DAD e MP AES.

Referências

ARAÚJO, L. V. C.; LEITE, J. A. N.; PAES, J. B. Estimativa da produção de biomassa de um povoamento de jurema-preta (Mimosa tenuiflora (Willd.) Poiret. com cinco anos de idade. Biomassa & Energia, v. 1, n. 4, p. 347-352, 2004.

ARIAS, B. et al. Influence of torrefaction on the grindability and reactivity of woody biomass. Fuel Processing Technology, v. 89, n. 2, p. 169–175, 2008. https://doi.org/10.1016/j.fuproc.2007.09.002

ASTM - American Society For Testing and Materials. ASTM, D. 1102-84: Standard test method for ash solubility of wood. American Society for Testing and Materials. Estados Unidos da América. 2001. https://www.astm.org/d1102-84r21.html

ASTM - American Society For Testing and Materials. ASTM, E. 871-82: Standard Method for Moisture Analysis of Particulate Wood Fuels. Estados Unidos da América. 2019a. https://www.astm.org/e0871-82r19.html

ASTM - American Society For Testing and Materials. ASTM, E. 872-82: Standard Test Method for Volatile Matter in the Analysis of Particulate Wood Fuels. Estados Unidos da América. 2019b. Available at: https://www.astm.org/e0872-82r19.html

BUTT, O. M.; ZULQARNAIN, M.; BUTT, T. M. Recent advancement in smart grid technology: Future prospects in the electrical power network. Ain Shams Engineering Journal, v. 12, n. 1, 2020. https://doi.org/10.1016/j.asej.2020.05.004

CAO, L. et al. Complementary effects of torrefaction and co-pelletization: Energy consumption and characteristics of pellets. v. 185, p. 254–262, 2015. Bioresource Technology, https://doi.org/10.1016/j.biortech.2015.02.045

DINCER, I. Renewable energy and sustainable development: a crucial review. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 4, n. 2, p. 157–175, 2000. https://doi.org/10.1016/s1364-0321(99)00011-8

EDWARDS, P. M. Origin 7.0: Scientific Graphing and Data Analysis Software. Journal of Chemical Information and Computer Sciences, v. 42, n. 5, p. 1270–1271, 2002. https://doi.org/10.1021/ci0255432

FAVERO, A.; DAIGNEAULT, A.; SOHNGEN, B. Forests: Carbon sequestration, biomass energy, or both? Science Advances, v. 6, n. 13, p. eaay6792, 2020. https://doi.org/10.1126/sciadv.aay6792

GIL, M. V. et al. Grindability and combustion behavior of coal and torrefied biomass blends. Bioresource Technology, v. 191, p. 205–212, 2015. https://doi.org/10.1016/j.biortech.2015.04.117

GUERRA, P. J. C. A cana-de-açúcar e a sustentabilidade: desafios para a readequação do setor sucroenergético nos estados das antigas capitanias do norte. Revista de Estudos Interdisciplinares, v. 4, n. 5, p. 77–88, 2023. https://revistas.ceeinter.com.br/revistadeestudosinterdisciplinar/article/view/474.

GRUBLER, A. et al. A low energy demand scenario for meeting the 1.5 °C target and sustainable development goals without negative emission technologies. Nature Energy, v. 3, n. 6, p. 515–527, 2018. https://doi.org/10.1038/s41560-018-0172-6

IEA - International Energy Agency. World Energy Outlook 2022: Analysis. 2022. https://www.iea.org/reports/world-energy-outlook-2022

IONASHIRO M, GIOLITO I. Nomenclatura, padrões e apresentação dos resultados em análise térmica. 1980. http://www.labcat.unb.br/images/PDF/Aulas/AnalisesTermicas-Nomenclatura-ABRATEC.pdf

KHAN, H.; KHAN, I.; BINH, T. T. The heterogeneity of renewable energy consumption, carbon emission and financial development in the globe: A panel quantile regression approach. Energy Reports, v. 6, p. 859–867, 2020. https://doi.org/10.1016/j.egyr.2020.04.002

MAO, G. et al. Research on biomass energy and environment from the past to the future: A bibliometric analysis. Science of The Total Environment, v. 635, p. 1081–1090, 2018. https://doi.org/10.1016/j.scitotenv.2018.04.173

MICROSOFT. Microsoft 365. Excel. 2023. https://www.microsoft.com/microsoft-365

MME - Ministério de Minas e Energia. Relatório Síntese - Balanço Energético Nacional 2021. Sistema de Informações Energéticas (SIE Brasil). Ministério de Minas e Energia, Brasília, Brazil. 2021. https://www.mme.gov.br/SIEBRASIL/

MME - Ministério de Minas e Energia. Resenha Energética Brasileira: oferta e demanda da energia, instalações elétricas, energia no mundo. MME, Brasília, Brazil. 2020. http://antigo.mme.gov.br/web/guest/secretarias/planejamento-e-desenvolvimento-energetico/publicacoes/resenha-energetica-brasileira

OMER, A. M. Energy, environment and sustainable development. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 12, n. 9, p. 2265–2300, 2008. https://doi.org/10.1016/j.rser.2007.05.001

PANDEY, K. K.; PITMAN, A. J. FTIR studies of the changes in wood chemistry following decay by brown-rot and white-rot fungi. International Biodeterioration & Biodegradation, v. 52, n. 3, p. 151–160, 2003. https://doi.org/10.1016/s0964-8305(03)00052-0

PARIKH, J.; CHANNIWALA, S.; GHOSAL, G. A correlation for calculating HHV from proximate analysis of solid fuels. Fuel, v. 84, n. 5, p. 487–494, 2005. https://doi.org/10.1016/j.fuel.2004.10.010

PRINS, M. J.; PTASINSKI, K. J.; JANSSEN, F. J. J. G. More efficient biomass gasification via torrefaction. Energy, v. 31, n. 15, p. 3458–3470, 2006. https://doi.org/10.1016/j.energy.2006.03.008

TORRES, G. A. L. et al. Exposure To Climate Risk: A Case Study For Coffee Farming In The Region Of Alta Mogiana, São Paulo. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 94, n. suppl 4, e2021137, 2022. https://doi.org/10.1590/0001-3765202220211379

SILVA, A. G. et al. Estudo do processo de torrefação de resíduos de biomassas para fins energéticos. Revista Brasileira de Ciências Ambientais (Online), n. 45, p. 86–99, 2017. https://doi.org/10.5327/Z2176-947820170230

ZHANG, C. et al. Torrefaction performance and energy usage of biomass wastes and their correlations with torrefaction severity index. Applied Energy, v. 220, p. 598–604, 2018. https://doi.org/10.1016/j.apenergy.2018.03.129

Publicado

2024-10-09

Como Citar

Diniz, M. M. S., Alves, C. T., Bandeira, M. L. S. de F., Rabbani, A. R. C., & Silva, A. G. (2024). TRATAMENTO TÉRMICO DE RESÍDUOS AGRÍCOLAS COMO ALTERNATIVA PARA PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS SÓLIDOS. Revista De Estudos Interdisciplinares , 6(3), 01–16. https://doi.org/10.56579/rei.v6i3.1031

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.