AGENDA E-2030

AS POLÍTICAS NEOCONSERVDORAS PRESENTES NO OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 4

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Autores

  • Vinicius Renan Rigolin de Vicente Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso
  • Marina Silveira Bonacazata Santos Universidade Estadual de Maringá

Palavras-chave:

Política Neoconservadora; Agenda E-2030; Relação Público-Privada; Educação Inclusiva.

Resumo

O estudo investiga o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS4), específico para educação, presente na a Agenda E-2030 que resulta da Declaração de Incheon efetivada em 2015 na Coréia do Sul. A pesquisa tem como objetivo identificar as orientações políticas neoliberais e neoconservadoras realizadas pelos Organismos Internacionais (OIs) voltadas à educação constantes na Agenda E-2030. Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, teórico-bibliográfica e documental, ancorada no Materialismo Histórico-Dialético (MHD) em que o Estado, na perspectiva marxiana, foi designado para garantir os interesses da burguesia. A ODS4 tem o intuito de garantir a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e proporcionar oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. Para alcançar o objetivo do ODS4, definiu-se metas voltadas à implementação, que em suas essências, relacionam a política educacional aos interesses do capital, em que o setor privado se torna protagonista. A relação entre o público e privado adquiriu novos traços, principalmente após a crise de 2008, em que experimentamos o avanço do novo neoliberalismo e do neoconservadorismo. No novo neoliberalismo o Estado redefine seu papel de Estado mínimo para Estado funcional com a concepção do homem empreendedor. No Brasil, essa vertente balizou as reformas do governo Michel Temer (2016-2018) e Jair Messias Bolsonaro (2019- 2022), onde houve a destruição da seguridade das condições de trabalho, desregulamentação da formalidade de contratos, novas relações entre trabalhador e empresariado. Os princípios da política neoconservadora estão presentes nas propostas da Agenda E-2030, onde a iniciativa privada ganha protagonismo. Os resultados preliminares do estudo apontam que o Estado é tido como responsável de garantir a educação inclusiva e equitativa por meio da mobilização de recursos e mantém relação com o setor privado, que ganha forças na orientação e execução das
políticas públicas voltadas à educação, além de a Agenda E-2030 relacionar a educação inclusiva aos ditames do mercado em detrimento da face humanitária, além disso, a prerrogativa do aprendizado ao longo da vida sofre influencias do mercado e da relação público-privada, sobretudo atrelada ao terceiro setor. Como resultado, a visão humanitária da inclusão é camuflada pela influência do capitalismo na educação.

Biografia do Autor

Vinicius Renan Rigolin de Vicente, Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso

Mestre em Educação, Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso.

Marina Silveira Bonacazata Santos , Universidade Estadual de Maringá

Mestra em Educação para a Ciência e a Matemática, Universidade Estadual de Maringá. 

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Publicado

2023-09-08

Como Citar

Vicente, V. R. R. de, & Santos , M. S. B. (2023). AGENDA E-2030: AS POLÍTICAS NEOCONSERVDORAS PRESENTES NO OBJETIVO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 4. ANAIS DO SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA E EDUCAÇÃO, 2, 32–33. Recuperado de https://revistas.ceeinter.com.br/anaisseminariodehistoriaeeducaca/article/view/849

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