POLÍTICA DE FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES EM MATO GROSSO:

DISPUTAS E SIGNFICAÇÃO

Resumo

Na tradição educacional, discussões sobre políticas públicas educacionais voltadas à formação continuada de professores da educação básica constituem-se em campos de disputas pela significação que reiteram, em certa medida, determinados modelos como universais para a prática docente. Dessa forma, na última década em Mato Grosso, textos e discursos políticos foram produzidos na tentativa de fixar determinados sentidos como universais para a formação continuada de professores, reconfigurando-a para o domínio da técnica. Nesse sentido, recorre-se ao aporte teórico-metodológico da Teoria do Discurso de Ernesto Laclau e Chantal Moufe (2015) e às discussões sobre políticas curriculares e práticas de significação de Alice Casimiro Lopes e Elizabeth Macedo (2011) para compreender os deslizamentos de sentidos de formação continuada para capacitação que se quer privilegiada nas atuais políticas de formação de professores da Educação Básica em Mato Grosso. Isto posto, como superfícies de inscrição de inscrição de sentidos de formação continuada, remonta-se à análise de documentos, como a Resolução CNE/CP Nº 01, de 27 de Outubro de 2020, que Dispõe sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Continuada de Professores da Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para Formação Continuada de Professores da Educação Básica (BNC – Formação Continuada) e documentos produzidos no âmbito da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), como o Caderno de Gestão Pedagógica de 2022. Em síntese, argumenta-se em favor da impossibilidade da fixação de sentidos, em que pese a incessante, contingente e precária produção de sentidos para formação continuada.