CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA NA TESE DO PROFESSOR CATEDRÁTICO JOÃO BAPTISTA DE MELLO E SOUZA EM 1926

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Autores

  • Sônia Maria da Silva Gabriel Universidade Federal de São Paulo

Palavras-chave:

Ensino de História; Catedrático; Primeira República.

Resumo

O tradicional Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, ainda era referência em ensino no início do século XX, durante a Primeira República (1889-1930). Ser catedrático na renomada instituição era ambição de muitos professores de então. Na dissertação de mestrado João Baptista de Mello e Souza – Trajetórias e memórias de um professor (GABRIEL, 2020), foram pesquisadas as trajetórias de um deles a partir das suas memórias selecionadas em acervo pessoal. João Baptista de Mello e Souza era membro de uma família de professores, entre eles, o matemático e escritor Malba Tahan. Em 1926, João Baptista apresentou duas teses para concurso de ingresso como catedrático do Colégio Pedro II, concorrendo com Jonathas Serrano para a cátedra de História Universal no Externato e no Internato da instituição. Sua segunda tese intitulada O ensino da Historia na formação do Caracter. Theses apresentadas á Congregação do Collegio Pedro II (sic) é uma fonte analisada por suas marcas autorais e suas potencialidades para a discussão sobre o ensino de História no período, considerando seus capítulos: Conceito moderno de História; Metodologia e finalidade do ensino da História; A educação moral e cívica nas aulas de História; Os homens célebres; As belas ações; e O ensino de História e as obras de ficção. A organização do autor evidencia a disposição dos conteúdos da disciplina para sistematizar e racionalizar o conceito de civilização e para isto discorre reiteradas vezes sobre: a importância de despertar o espírito do aluno para evitar que se entedie; o uso de elementos anedóticos e narrativas de episódios interessantes com bravura, dedicação, patriotismo, generosidade e alcance moral; prosa agradável; evitar descrições de cenas que causem impressão nociva ou desagradável, dentre outros. Era preciso ensinar usando referências aos homens célebres e grandes notáveis e seus exemplos de fervor religioso, amor, amizade, abnegação e altruísmo. O bom professor seria o bom contador de histórias. No intuito de problematizar se as concepções pedagógicas do professor João Baptista de Mello e Souza estavam alinhadas à proposta de renovação do ensino da disciplina de História de forma a tornar a aprendizagem mais eficaz e menos enfadonha e se suas concepções visavam potencializar e expandir o conhecimento histórico para estudantes objetivando a construção da identidade nacional foram utilizadas, principalmente, obras de CIRCE BITENCOURT (1990) e (2018) e GASPARELLO (2019), dentre outras. Observou-se que há na tese do professor João Baptista de Mello e Souza os elementos que estão em consonância com os autores selecionados para a análise considerando que era preciso educar para civilizar, o Brasil civilizado, sem a massa de analfabetos teria condições de alcançar o progresso das nações europeias.

Biografia do Autor

Sônia Maria da Silva Gabriel, Universidade Federal de São Paulo

Mestra em Educação (UNICAMP). Doutoranda em Educação (UNIFESP). Professora da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.

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Publicado

2023-12-15

Como Citar

Gabriel, S. M. da S. (2023). CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA NA TESE DO PROFESSOR CATEDRÁTICO JOÃO BAPTISTA DE MELLO E SOUZA EM 1926. ANAIS DO SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA E EDUCAÇÃO, 2, 152–153. Recuperado de https://revistas.ceeinter.com.br/anaisseminariodehistoriaeeducaca/article/view/1004

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