A INTEGRALIDADE DO SER DE UMA MULHER-NEGRA-SURDA

RUPTURAS COM A OPRESSÃO COLONIAL DO SER SURDO

Visualizações: 1

Autores

  • Waldma Maíra Menezes de Oliveira Universidade Federal do Pará https://orcid.org/0000-0002-8747-5185
  • Ivanilde Apoluceno de Oliveira Universidade do Estado do Pará

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v6i3.1561

Palavras-chave:

: Integralidade do ser Surdo, Gênero, Raça, Classe

Resumo

Neste estudo, apresenta-se um recorte da tese de Oliveira (2023) para ilustrar as amarras coloniais que atravessam o corpo surdo e suas rupturas no campo teórico da decolonialidade. Assim, objetiva-se denunciar as identidades pressupostas, em uma perspectiva colonial, atribuídas a um mulher-negra-surda e anunciar a construção de sua integralidade do ser, em uma perspectiva decolonial na interseção com a integralidade do ser de Paulo Freire. A pesquisa caracterizou-se enquanto uma pesquisa de campo, de abordagem qualitativa tendo como campo teórico o pensamento decolonial e intercultural crítico de Paulo Freire, autor teórico-metodológico da investigação. Nos procedimentos metodológicos utilizou-se um roteiro de entrevista semiestruturada, com foco teórico das narrativas de vida, descritas no Círculo Dialógico Cultural (CDC) com uma mulher-negra-surda. As narrativas de vida da entrevistada ilustram o processo de combate as identidades de um modo essencialista e colonial para a transformação de sua identidade como produto histórico, relacional e dinâmico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Waldma Maíra Menezes de Oliveira, Universidade Federal do Pará

Professora da Faculdade de Educação do Campo (FECAMPO) e do Programa de Pós-graduação em Educação (PPGEDUC) da Universidade Federal do Pará (UFPA) Campus Cametá. Doutora em Educação pela Universidade do Estado do Pará (UEPA).

Ivanilde Apoluceno de Oliveira , Universidade do Estado do Pará

Doutora em Educação pela PUC-SP e UNAM-UAM-Iztapalapa - México. Coordenadora e professora no Programa de Pós-graduação em educação da Universidade do Estado do Pará.

Referências

ALCOFF, L. Uma epistemologia para a próxima revolução. Sociedade e Estado, Brasília, v. 31, n. 1, p. 129-143, jan./abr. 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/se/a/xRK6tzb4wHxCHfShs5DhsHm/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 25 dez. 2022.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2010.

BRASIL. Decreto-Lei nº 3.199, de 14 de abril de 1941. Estabelece as bases de organização dos desportos em todo o país. Planalto: Portal Oficial da Presidência da República, [1941]. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1940-1949/decreto-lei-3199-14-abril-1941-413238-publicacaooriginal-1-pe.html . Acesso em: 14 fev. 2022.

BRITO, I. A. et al. Que corpo é esse? Literatura negra surda, interseccionalidades e violências. ODEERE, v. 6, n. 1, p. 209-232, 2021. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/odeere/article/view/8533 Acesso em: 22 jan. 2023.

BUZAR, F. J. Interseccionalidade entre raça e surdez: a situação de

surdos (as) negros (as) em São Luís - MA. Dissertação (Mestrado em Educação) - Universidade de Brasília, Brasília, 2012. Disponível em: https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/12219/1/2012_FranciscoJoseRomaBuzar.pdf. Acesso em: 22 jan. 2023.

CAMPOS, S. R. L; BENTO; N. A. Nem todo surdo é igual: discussões interseccionais preliminares na educação de surdos. D.E.L.T.A., v. 38, n. 1, p. 1-18, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/1678-460X202257202. Disponível em: https://www.scielo.br/j/delta/a/wDrPtHrjKsknfW78RBZS98j/. Acesso em: 22 jan. 2023.

CIAMPA, A. C. A estória do Severino e a História da Severina: um ensaio de psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 2005.

COLLINS, P. H. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2019.

COSTA, A. C. B.; OLIVEIRA, W. M. M; KLEIN, M. Representações sociais de Mulheres Surdas mirienses sobre si: da invisibilidade ao protagonismo. Revista de Educação PUC-Campinas, v. 26, e215356, 2021. https://doi.org/10.24220/2318-0870v26e2021a5356. Disponível em: https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/reveducacao/article/view/5356/3330 Acesso em: 22 jan. 2023.

FERREIRA, P. L. A. O ensino de relações étnico-raciais nos percursos

de escolarização de negros surdos na educação básica. Dissertação (Mestrado em Ensino) - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2018. Disponível em: http://www2.uesb.br/ppg/ppgen/wpcontent/uploads/2019/02/DISSERTA%C3%87%C3%83O-FINAL-PRISCILLA-LEONNOR.pdf. Acesso em: 22 jan. 2023.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, P. Política e educação: ensaios / Paulo Freire. 5. ed. São Paulo, Cortez, 2001.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 63. ed. Rio de Janeiro: Paz e terra, 2017.

GOMES, N. L. Corpo e cabelo como símbolo da identidade negra Body and hair as symbols of black identity. 2012. Disponível em: http://titosena.faed.udesc.br/Arquivos/Artigos_textos_sociologia/Negra.pdf Acesso em: 28 jan. 2022.

NUNES, C. F. P. Questões de gênero e a proibição do futebol feminino no Brasil pelo Decreto-Lei nº 3.199/1941. Revista Direito e Sexualidade, Salvador, v. 3, n. 1, p. 126-148, jan./jun. 2022. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revdirsex/article/view/45109/27027. Acesso em: 28 jan. 2023.

OLIVEIRA, I. A. Saberes, imaginários e representações na educação especial: a problemática da “diferença” e da exclusão social. Petrópolis, RJ: Vozes: 2005.

OLIVEIRA, W. M. M de. Narrativas de vida e pensamento decolonial: na construção da integralidade do Ser Surdo na Amazônia Tocantina. Tese (Doutorado em Educação) Universidade do Estado do Pará, Belém, 2023, 413f. Disponível em: https://ccse.uepa.br/ppged/ Acesso em: 28 Nov. 2023.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (Org.). La colonialidade del saber: eurocentrismo e ciências sociales. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 117-142.

RIBEIRO, D. O que é: lugar de fala? Belo Horizonte, MG: Letramento, 2017.

SANTANA, A. P.; BERGAMO, A. Cultura e identidade surdas: encruzilhada de lutas sociais e território. Educ. Soc., Campinas, v. 26, n. 91, p. 565-582, mai./ago. 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302005000200013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/es/a/hxDxvJQjCZy8MCdBGLgGNnK/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 14 abr. 2019.

SCOTT, J. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação &Amp; Realidade. Porto Alegre, v. 16, n. 2, jul./dez. 1990. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/185058/mod_resource/content/2/G%C3%AAnero-Joan%20Scott.pdf. Acesso em: 24 fev. 2023.

SKLIAR, C. Os estudos em educação: problematizando a normalidade. In: SKLIAR, C. (Org.). A surdez: um olhar sobre as diferenças. 3. ed. Porto Alegre: Mediação, 2005.

SPIVAK, G.C. Pode o subalterno falar?. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.

Downloads

Publicado

2024-10-04

Como Citar

Oliveira, W. M. M. de, & Oliveira , I. A. de. (2024). A INTEGRALIDADE DO SER DE UMA MULHER-NEGRA-SURDA: RUPTURAS COM A OPRESSÃO COLONIAL DO SER SURDO. Revista De Estudos Interdisciplinares , 6(3), 01–21. https://doi.org/10.56579/rei.v6i3.1561

Edição

v. 6 n. 3 (2024): REVISTA DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES

Seção

DOSSIÊ PRÁTICAS EDUCATIVAS NO SÉCULO XXI: DIÁLOGOS SOBRE LINGUAGENS, SABERES E INCLUSÃO

Licença

Copyright (c) 2024 Revista de Estudos Interdisciplinares

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

A Revista Estudos Interdisciplinares adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que possibilita o compartilhamento e a adaptação do trabalho, incluindo fins comerciais, desde que seja feita a atribuição adequada e seja reconhecida a publicação original nesta revista.

 

Artigos Semelhantes

<< < 11 12 13 14 15 16 17 18 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.