APROPRIAÇÃO PEDAGÓGICO-FORMATIVA DE ESPAÇOS MUSEAIS

Visualizações: 312

Autores

  • Daniel Cardoso Alves

Palavras-chave:

Formação docente. Espaços não escolares. Processos educativos. Museu.

Resumo

Esta comunicação socializa os resultados alcançados a partir de uma pesquisa resultante da ação de extensão intitulada “Ciclo de Formação Docente no Museu (CFDM)”, desenvolvida em regime de parceria entre a Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais, Campus Universitário de Belo Horizonte (FaE/UEMG-CBH) e o Museu de História Natural e Jardim Botânico da Universidade Federal de Minas Gerais (MHNJB/UFMG). Sob o entendimento de que o espaço museal tem se apresentado como importante possibilidade para o processo de formação docente fora das instituições de ensino formal, a referida pesquisa, por meio de uma análise qualiquantitativa da síntese dos três encontros de formação promovidos no ano de 2019 pelo CFDM, teve como objetivo estabelecer contribuições para o reconhecimento e o fortalecimento dos processos educativos que se inserem em espaços não escolares, a exemplo dos museus. Para o alcance desse objetivo, adotou-se como material empírico de análise as opiniões dos participantes coletadas em fichas de avaliação da ação, as quais foram interpretadas pela técnica de análise de conteúdo. Essas interpretações culminaram nos seguintes resultados: dos 66 participantes, 11 eram professores, sendo que os demais ou estavam se licenciando ou atuavam como técnicos na área da educação. Para a maioria dos participantes, ações educativas em espaços museais propiciam vivências, experiências e interações com o outro a partir da socialização de conhecimentos de diferentes áreas, potencializando a aproximação do conteúdo escolar com aspectos da vida prática. A pesquisa reafirma, portanto, a necessidade da realização de ações voltadas para a formação de professores e educadores em museus de história natural, cuja apropriação pedagógica do seu espaço contribui para fortalecer a compreensão de que espaços não escolares (ENE) são cenários de práticas pedagógicas e produção de conhecimento para espaços de educação formal (EF), comprovando uma indissociabilidade exitosa entre ENE e EF.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AGUIAR, Márcia Ângela da Silva. et al. Diretrizes curriculares do curso de pedagogia no Brasil: disputas de projetos no campo da formação profissional da educação. Educação & Sociedade, Campinas, v. 27, n. 96 - Especial, p. 819-842, out. 2006. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/es/v27n96/a10v2796.pdf>. Acesso em: 13 out. 2011.

ALMEIDA, A. M. Desafios da Relação Museu-Escola. Comunicação & Educação, São Paulo, [10]: 50 a 56, set. /dez. 1997.

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, LDA, 2009.

BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari Knoop Investigação Qualitativa em Educação – uma introdução à teoria e aos métodos. Porto: Porto Editora, 1994.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. Ed. Brasiliense, 6ª ed. São Paulo, 2005.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP nº 05/2005 de 13 de dezembro de 2005. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Diário Oficial da União, Brasília, 15 maio 2006. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/pcp05_05.pdf>. Acesso em 26 mar. 2019.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 1/2006 de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Diário Oficial da União, Brasília, 16 maio 2006, Seção 1, p. 11. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_06.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2019.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a base. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_publicacao.pdf>. Acesso em: 01. Mar. 2019.

CAMBI, Franco. História da pedagogia. Rio de Janeiro: Editora da UNESP, 1999.

CARLOS, Ana Fani Alessandrini; OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Reformas no mundo da educação: Parâmetros curriculares nacionais e Geografia. São Paulo: Contexto, 1994.

DELICADO, Ana. O papel educativo dos museus científicos: públicos, atividades e parcerias. Ensino Em-Revista, Uberlândia, v.20, n.1, p. 43-56, jan./jun. 2013. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/emrevista/article/view/23208/12749>. Acesso em 02 mar.2019.

DELICADO, Ana. Os museus e a promoção da cultura científica em Portugal. Sociologia, Problemas e Práticas, v. 51, p. 53-72, 2006. Disponível em: <https://repositorio.iscteiul.pt/bitstream/10071/351/1/Soc51Ana.pdf>. Acesso em 02 mar. 2019.

DELORS, Jacques. Educação um tesouro a descobrir. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2001.

FALCÃO, Andréa. Museu como lugar de memória. In: Salto para o Futuro. Museu e escola: educação formal e não-formal. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação a Distância, Ano XIX – Nº 3 – Maio/2009. Disponível em:. Acesso em 10 mar. 2019.

FRANCO, Maria Amália Santoro. Pedagogia como Ciência da Educação. 2ed. São Paulo: Cortez, 2008.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 11. ed. [S.l.] Paz e Terra, 1980

GARDNER, Howard; PERKINS, David; PERRONE, Vito e colaboradores. Ensino para a compreensão. A pesquisa na prática. Porto Alegre: Artmed, 2007.

GATTI, Bernardete Angelina. (Coord.); BARRETTO, Elba Siqueira de Sá. Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO, 2009. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001846/184682por.pdf>. Acesso em: 07 jan. 2018.

GOHN, Maria da Glória. Educação não-formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v.14, n.50, p. 27-38, jan./mar. 2006. Disponível em:<http://escoladegestores.mec.gov.br/site/8- biblioteca/pdf/30405.pdf>. Acesso em: 03 jun. 2017.

GOUVÊA, G. & MARANDINO, M. & LEAL, M. C. (orgs.). Educação e Museu: a construção social do caráter educativo dos museus de ciência. Rio de Janeiro: Access, 2003.

ICOM. 20ª Assembleia Geral. Barcelona. Espanha. Código de Ética Profi ssional. 2001.

IMBERNON, Francisco. Formação docente e Profissional – Formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez, 2011.

JACOBUCCI, Daniela Franco Carvalho. Contribuições dos espaços não-formais de educação para a formação da cultura científica. Em Extensão, Uberlândia, V. 7, 2008. Disponível em:

pdf>. Acesso em 04 mar. 2019.

JACOBUCCI, Daniela Franco Carvalho. et. al. Experiências de formação de professores em centros e museus de ciências no Brasil. REEC. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, v. 8, n. 1, 2009. P. 118 a 136. Disponível em:

<http://reec.uvigo.es/volumenes/volumen8/ART7_Vol8_N1.pdf>. Acesso em 10 mar. 2019.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para que? 12ª ed. - São Paulo: Cortez, 2010.

LIBÂNEO, José Carlos. Profissão Professor ou Adeus Professor, Adeus Professora? Exigências educacionais contemporâneas e novas atitudes docentes. 6 ed. São Paulo: Cortez, 2002.

MARANDINO, M. et al. Os usos da Teoria da Transposição Didática e da Teoria Antropológica do Didático para o estudo da educação em museus de ciências. Revista Labore em Ensino de Ciências, Campo Grande, v. 1, n. 1, p. 69-97, 2016.

MARANDINO, M. Interfaces na relação museu-escola. Caderno Catarinense de Física, v. 18, n. 1, p. 85 - 100, abr., 2001.

MARANDINO, Martha. (Org.). Educação em museus: a mediação em foco. São Paulo, SP: Geenf / FEUSP, 2008. Disponível em:

<http://parquecientec.usp.br/wpcontent/uploads/2014/03/MediacaoemFoco.pdf>. Acesso em 10 mar. 2019.

MARANDINO, Martha. Museus de Ciências como Espaços de Educação. In: Museus: dos Gabinetes de Curiosidades à Museologia Moderna. Belo Horizonte: Argumentum, 2005, p. 165-176. Disponível em:

<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/46114/mod_resource/content/1/Texto/Educa%C3%A7%C3%A3o%20n%C3%A3o%20formal%20e%20museus.pdf>. Acesso em 10 mar. 2019.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004.

MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. 3ª ed. São Paulo: Cortez, Brasília, 2001.

NETO, Manoel Fernandes de Sousa. O ofício, a oficina e a profissão: Reflexões sobre o lugar social do professor. vol. 25, n. 66. Campinas: CAD. Cades, 2005.

SALES, Júnia Pereira; BRAGA, Jezulino Lúcio Mendes. Museu e Experiências Docentes. Ensino Em Re-Vista, v.20, n.1, p.83-94, jan./jun. 2013. Disponível em: <http://www.seer.ufu.br/index.php/emrevista/article/view/23211/12754>. Acesso em 10 mar. 2019.

SAVIANI, Dermeval. Educação: do senso comum à consciência filosófica. 18. ed. rev. Campinas: Autores Associados, 2009. (Educação contemporânea).

SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 10. ed. rev. Campinas: Autores Associados, 2008. (Educação contemporânea).

TARDIF, M.; LESSARD, C. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações humanas. Petrópolis: Vozes, 2005.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS. Museu de História Natural e Jardim Botânico. Programa de Educação Ambiental e Patrimonial: Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG. Belo Horizonte: MHNJB/UFMG, 2012.

Downloads

Publicado

2021-07-16

Como Citar

Cardoso Alves, D. . (2021). APROPRIAÇÃO PEDAGÓGICO-FORMATIVA DE ESPAÇOS MUSEAIS. Revista De Estudos Interdisciplinares , 2(5). Recuperado de https://revistas.ceeinter.com.br/revistadeestudosinterdisciplinar/article/view/147

Edição

Seção

RESUMOS I SEMINÁRIO ON-LINE DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.