MUSEUS DE CIÊNCIAS E FORMAÇÃO DE COLEÇÕES CIENTÍFICAS:

DE ALEXANDRIA AO SÉCULO XIX

Visualizações: 1

Autores

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v7i3.1889

Palavras-chave:

Museus, Museus de Ciências, Coleções Cientificas

Resumo

O Complexo de Alexandria (180 a.C.) é considerado o primeiro local museológico documentado, onde existia o "Mouseion", um espaço dedicado à exposição de peças e à troca de conhecimento. Assim, ao longo do tempo, os museus e coleções passaram por transformações significativas, destacando-se o século XVIII, quando o Iluminismo impulsionou o desenvolvimento do conhecimento, dos museus de ciências e das coleções científicas, que passaram a ter caráter público e educativo. No século XIX, mudanças profundas ocorreram mundialmente, e os museus se organizaram, diversificando suas coleções, refletindo os avanços na ciência e na tecnologia. Acervos como fósseis e artefatos etnográficos ilustravam o progresso das ciências naturais e da técnica. Museus de Ciências e História Natural passaram a ser vistos como instrumentos importantes na disseminação do conhecimento científico, contribuindo para a vulgarização da ciência e o desenvolvimento cultural. Este trabalho, com foco no período entre 180 a.C. e o século XIX, explora marcos evolutivos dos museus, destacando como os museus científicos emergiram dos gabinetes de curiosidades e transformaram-se em museus enciclopédicos. Essas instituições acumulavam acervos não só científicos, mas também curiosos e fantásticos, expondo-os de forma organizada e sistemática, valorizando teorias, raridade e grandiosidade das peças.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Anna Claudia Amaral Juliace, Universidade Federal do Paraná

Aluna do Programa de Pós-graduação Educação em Ciências e Matemática da Universidade Federal do Paraná. Brasil, Paraná e Curitiba.

 

Flávia Braga Araújo da Siulva, Comando Militar do Sul

Graduada em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO. Especialista em Gestão de Conteúdo Corporativo (ECM) pela Association for Information and Image Management - AIIM. Experiência na área de Museologia, com foco em organização, catalogação, documentação, conservação preventiva, elaboração e conferência de inventários, montagem de exposições e apoio a eventos culturais. Interesse pela área da Ciência da Informação com foco em Gestão Documental. Atualmente Museóloga do Comando Militar do Sul.

Camila Silveira da Silva, Universidade Federal do Paraná

Licenciada em Química pelo Instituto de Química da Unesp de Araraquara (2006), Mestre (2009) e Doutora (2012) em Educação para a Ciência pela Faculdade de Ciências da Unesp de Bauru. Atua no campo do Ensino de Ciências, em ações de Ensino, Pesquisa e Extensão, trabalhando com Divulgação Científica, Educação em Museus, Mulheres nas Ciências, Relação Ciência e Arte, Formação de Professores, Processos e Recursos Didáticos. Tem vasta experiência na curadoria e mediação de Exposições de Ciência, Tecnologia e Inovação. Coordena e integra a equipe de diversos projetos de extensão universitária, de divulgação científica e de pesquisa. Integrante da Rede de Divulgação Científica da UFPR, do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação - NAPI - "Paraná Faz Ciência" da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Estado do Paraná, da RELAPEQ (Rede Latino-americana de Pesquisa em Ensino de Química), do Instituto REDI (Respect, Equity, Diversity Inclusion) in STEM e da Rede Brasileira de Mulheres Cientistas. Na Universidade Federal do Paraná, é Professora Adjunta do Departamento de Química; Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e em Matemática (PPGECM) e do Mestrado Profissional em Química em Rede Nacional (PROFQUI); Vice-Líder do Grupo de Pesquisa em Educação em Ciências; Vice-Coordenadora do PROFQUI. Vice-Diretora da Divisão de Ensino da Sociedade Brasileira de Química (Gestão 2024-2026; Gestão 2022-2024). Foi Coordenadora de Área do PIBID Química UFPR (2014-2018); Vice-Coordenadora dos Cursos de Graduação em Química UFPR (2018-2020); Representante Titular do Setor de Ciências Exatas no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e no Conselho Universitário da UFPR (2019-2021) e Coordenadora do PROFQUI (2022-2024). Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq na área de Divulgação Científica desde 2021.

Referências

ASMA, S. Stuffed animals and pickled heads: the culture and evolution of Natural History Museums. Oxford: Oxford University Press. 2001. (Obra completa)

CÂNDIDO, M. M. D. Gestão de museus, um desafio contemporâneo: diagnóstico museológico e planejamento. Porto Alegre: Medianiz, 2014. (Obra completa)

CUNHA, M. B.; GIORDAN, M. A divulgação científica como um gênero de discurso: implicações em sala de aula. In: Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 7. Anais... Florianópolis: UFSC, 2009 (Trabalho em Anais de Congresso)

FERNANDES, A. C. S.; FONSECA, V. M. M.; HENRIQUES, D. D. R. Histórico da Paleontologia no Museu Nacional. Anuário do Instituto de Geociências. n. 30. 2007. p. 194 - 196. (Artigo em Periódico Físico)

FERREIRA, G. L.; CARVALHO, D. F. O enfoque educativo no rastro da constituição dos museus de ciências. Revista Educação Pública. Cuiabá. Ed. UFMT. v.23, n. 52. 2014. p. 191-211. (Artigo em Periódico Digital)

FRANCO, M. I. M. Planejamento e Realização de Exposições. Brasília: Ibram. 2018. (Obra completa)

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Obra completa)

GASPAR, A. Divulgação científica ensino de ciências: estudos e experiências. São Paulo: Escrituras, 2006. (Obra completa)

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999.

GIL F. B. Museus de ciência: preparação do futuro, memória do passado. Revista da Cultura Científica. n. 3. 1988 p. 72-89. (Artigo em Periódico Físico)

GIRAUDY, D.; BOUILHET, H. O museu e a vida. Rio de Janeiro: Fundação Nacional

Pró-Memória, 1990. (Obra completa)

GRUZMAN, C.; SIQUEIRA, V. H. F. O papel educacional do museu de ciências: desafios e transformações conceituais. Revista Eletrônica de Enseñanaza de las Ciências. v. 6, n. 2. Vigo. 2007. p. 402-423. (Artigo em Periódico Digital)

GUARNIERI, W. R. C. Museologia e museu (1979). In: BRUNO, M. C. O. (org.). Waldisa Rússio Camargo Guarnieri: textos e contextos de uma trajetória profissional. v.1. São Paulo: Pinacoteca do Estado; Secretaria de Estado de Cultura; Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus, 2010. p.78-85. (Capítulo de Livro)

ISAÍA, A. Os Fascinantes Caminhos da Paleontologia. Santa Maria: Dinotchê, 2008. (Obra completa)

JULIACE, A. C. A. Exposição de microfósseis como ferramenta para preservação do patrimônio paleontológico e divulgação científica

Dissertação. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. 2017. (Dissertação ou Tese)

JULIACE, A. C. A.; PALMIEIRI, L. J. Os contributos determinantes do Museu Nacional no processo de institucionalização das Ciências no Brasil (1842 - 1892). APEduC Revista. n.3, v.1. 2022. p. 12-24. (Artigo em Periódico Digital)

KURY, L. Viajantes naturalistas no Brasil oitentista: experiência, relato e imagem. História, Ciências e Saúde. v. 3, (suplemento) 2001. p. 863-880. (Capítulo de Livro)

LENOIR, T. A ciência produzindo a natureza: o museu de história naturalizada.

Episteme. Porto Alegre. v. 2, n. 4. 1997. p. 55-72. (Capítulo de Livro)

LOPES, M. M. A favor da desescolarização dos museus. Educação e Sociedade. n. 40. Campinas. 1991. p. 443-455. (Artigo em Periódico Físico)

LOPES, M. M. O Brasil descobre a pesquisa científica: os museus e as ciências naturais no século XIX. São Paulo: Hucitec, 1997. (Obra completa)

LOUREIRO, J.M.M. Representação e museu científico: O instrutivo aparelho de hegemonia ou uma profana liturgia hegemônica.Tese. Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2000. (Dissertação ou Tese)

LUGLI, A. Naturalia et Mirabilia: collections encyclipédiques dês cabinets de curiosités. Paris: Adam Biro. 1998. (Obra completa)

MAGALHÃES, A. M.; MARINS, A.; BEZERRA, R. Z. D. Leopoldina e seu tempo: sociedade, política, ciência e arte no século XIX. Rio de Janeiro: Museu Histórico Nacional, 2016. (Obra completa)

MARANDINO, M. Museus de Ciências, Coleções e Educação: relações necessárias. Revista Museologia e Patrimônio, v. 2, 2009, p. 1-12. (Artigo em Periódico Físico)

MARSTINE, J. New Museum - Theory and Practice: An introduction. Oxford: Blackwell. 2006. (Obra completa)

MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. Rio de Janeiro: Hucitec, 1996.

MUSEU NACIONAL. O Museu Nacional. São Paulo: Banco Safra, 2007. (Obra completa)

NASCIMENTO, S. S. As instituições patrimoniais e o diálogo entre sujeitos de espaços e tempos diferenciados. In: LOURENÇO, E.; GUEDES, M.C.; CAMPOS, R. H. F. (Org.). Patrimônio cultural, museus, psicologia e educação: diálogos. Belo Horizonte: Editora PUCMINAS, 2009. p. 15-30. (Capítulo de Livro)

PINTO, F.N.M. Coleção de paleontologia do Museu de Ciências da Terra / DNPM-RJ. Patrimônio da paleontologia brasileira. Dissertação. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. 2009. (Dissertação ou Tese)

POMIAN, K. Coleções. Enciclopedia Einaudi. v.1. 1984. (Obra completa)

POSSAS, H. C. G. Classificar e ordenar: os gabinetes de curiosidades e a história natural. In: Museus dos Gabinetes de curiosidades à Museologia Moderna. Ed. Scientia UFMG. 2005. p. 152-162. (Capítulo de Livro)

SCHWARCZ, L. M. O nascimento dos museus brasileiros. In: MICELI, S. (Org.). História das ciências sociais no Brasil, v.1. São Paulo: Vértice. p.45-67. 1989. (Capítulo de Livro)

SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. (Obra completa)

SCHWARCZ, L. M. (org). A constituição nacional 1830 – 1889. Rio de Janeiro. Objetiva, 2012. (Obra completa)

SUANO, M. O que é museu? São Paulo: Brasiliense, 1986. (Obra completa)

TAPIOCA NETO, R. D. A Imperatriz Exploradora: Dona Leopoldina e o seu apoio à pesquisa científica no Brasil. Rainhas Trágicas. 2020. Disponivel em: <https://rainhastragicas.com/2020/08/29/a-imperatriz-exploradora-dona-leopoldina-e-o-seu-apoio-a-pesquisa-cientifica-no-brasil/> . Acesso em: 05 MAI 23. (Artigo em Periódico Digital)

VALENTE, M. E. A educação em museu: o público de hoje no museu de ontem. Dissertação. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro.1995. (Dissertação ou Tese)

VEITENHEIMER-MENDES, I. L.; FABIAN, M. E.; SILVA, M.C.P. Museus de História Natural: contexto histórico, científico, educacional, cultural e sua contribuição na construção de políticas públicas para a qualidade de vida. In: LOPES, C. G.; ADOLFO, L. G.; FRANÇA, M.C.C. de C; BRISOLARA, V.; BERND, Z. (Orgs.). Mémoria e Cultura. Perspectivas Transdiciplinares. Canoas, RS: Unilasalle, 2009. (Artigo em Periódico Digital)

Downloads

Publicado

2025-05-19

Como Citar

Juliace, A. C. A., Siulva, F. B. A. da, & Silva, C. S. da. (2025). MUSEUS DE CIÊNCIAS E FORMAÇÃO DE COLEÇÕES CIENTÍFICAS:: DE ALEXANDRIA AO SÉCULO XIX. Revista De Estudos Interdisciplinares , 7(3), 01–19. https://doi.org/10.56579/rei.v7i3.1889

Edição

v. 7 n. 3 (2025): Revista de Estudos Interdisciplinares

Seção

DOSSIÊ: DIÁLOGOS MULTIDISCIPLINARES NAS CIÊNCIAS HUMANAS: CONSTRUINDO SENTIDOS EM UM MUNDO EM TRANSIÇÃO

Licença

Copyright (c) 2025 Revista de Estudos Interdisciplinares

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

A Revista Estudos Interdisciplinares adota a licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que possibilita o compartilhamento e a adaptação do trabalho, incluindo fins comerciais, desde que seja feita a atribuição adequada e seja reconhecida a publicação original nesta revista.

 

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.