PROTOCOLO ANALÍTICO SUSTENTÁVEL PARA O EXAME PROVISÓRIO DE COCAÍNA NA UNIDADE CRIMINALÍSTICA DE PRESIDENTE PRUDENTE

Visualizações: 252

Autores

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v6i1.942

Palavras-chave:

Crime, Prova Pericial, Ciências Forenses, Serviços médicos de Emergências

Resumo

O presente artigo caracteriza o exame provisório de constatação de cocaína que se encontra normatizado na lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, cujo resultado positivo é o suficiente para efeito da lavratura do ato de prisão em flagrante. Nesse ínterim, pessoas envolvidas nos fatos podem ser presas erroneamente perante as limitações técnicas aplicadas pelos métodos químicos selecionados pelos peritos forenses na ocasião do citado exame e, que além disso, a má conduta durante as análises pode gerar agravos ao meio ambiente considerando o potencial tóxico dos reagentes normalmente usados. Perante a essa conjuntura, o referido trabalho, a partir de uma pesquisa qualitativa, buscou a construção de um protocolo analítico para o Núcleo de Perícias Criminalísticas de Presidente Prudente. A metodologia da pesquisa para a seleção de métodos baseou-se no estabelecimento dos seguintes critérios: baixo custo, registro fotográfico, tempo de exame, sensibilidade e seletividade eficazes, e atenção ambiental; a partir da revisão de literatura e também por testes experimentais realizados no laboratório de química forense do citado núcleo. Tendo em vista os resultados obtidos, o protocolo analítico proposto é constituído pela Cromatografia em Camada Delgada (CCD) com sistema solvente Ciclohexano(75):Tolueno(15):Dietilamina(10) e pelo teste colorimétrico de Scott.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ederson da Silva Stelato , Centro Universitário Augusto Motta

 Mestre em Desenvolvimento Local pelo Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM); Bacharel em Biomedicina e Química;- Licenciado em Ciências Biológicas, Física e Pedagogia;- Especialista (pós lato senso) em Microbiologia e em Laboratório de Saúde Pública na Área de Vigilância Sanitária;- Tem experiência profissional nas áreas de Análises Clínicas, Análises de Alimentos/Água, técnica em Anatomia Patológica, docência e administração de setor público.- Atualmente atua como Perito Criminal na NPC de Presidente Prudente/SP.

Kátia Eliane Santos Avelar , Centro Universitário Augusto Motta

Possui graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1993), Mestrado em Ciências pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (1996) e Doutorado em Ciências também pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002). É coordenadora do Laboratório de Referência Nacional para Leptospirose do Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Professora Titular e Pesquisadora do Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado Profissional) em Desenvolvimento Local do Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM). Tem experiência em Ciências da Saúde, atuando em projetos interdisciplinares ligados ao diagnóstico, prevenção e controle da Leptospirose. Atua, também, na área Interdisciplinar, com interesse em estudos voltados à educação em saúde, educação ambiental, economia criativa, empreendedorismo social e desenvolvimento sustentável. É avaliadora Ad-Hoc da CAPES, CNPq, FAPESB, FACEPE e SEBRAE. É bolsista de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora do CNPq.

Vanessa Indio do Brasil da Costa, Centro Universitário Augusto Motta

Graduação em Farmácia pela Universidade Federal Fluminense/ RJ (2004 a 2008). Iniciação Científica (2005 a 2008) e Aperfeiçoamento em Oncologia (2009) no Grupo de Pesquisa de Farmacologia Clínica e Assistência Farmacêutica no INCA/ MS. Mestre em Ciências, em Epidemiologia Ambiental, pela ENSP/ Fiocruz (2010 - 2012). Doutora em Vigilância Sanitária no INCQS / Fiocruz (2013 - 2017). Pesquisadora de Desenvolvimento Institucional na Unidade Técnica de Ambiente, Trabalho e Câncer (Conprev/ INCA) (2012 - 2020). Atualmente é Coordenadora da Clínica-escola Augusto Motta (CLESAM) e dos cursos de graduação de Farmácia e Biomedicina (UNISUAM/ RJ).

Referências

ABON ALERE. COC/THC: multi-drug one step screen test device (urine).Hangzhou: Abon Biopharm Co. Ltd, junho 2021.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Subchefia para Assuntos Jurídicos/Casa Civil, 5 out. 1988. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 16 jan. 2022.

BRASIL. Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941. Código de Processo Penal. Brasília: Subchefia para Assuntos Jurídicos/Casa Civil, 13 out. 1941. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm. Acesso em: 24 dez. 2021.

BRASIL. Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Brasília: Subchefia para Assuntos Jurídicos/Secretaria-Geral, 24 ago. 2006. Disponível em: www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11343.htm. Acesso em: 18 dez. 2021.

CALIGIORNE, Sordaini Maria; MARINHO, Pablo Alves. Cocaína: aspectos históricos, toxicológicos e analíticos – uma revisão. Revista Criminalística E Medicina Legal, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 34-45, 2016.

CAMARGOS, Antonielle Cristina da Fonseca. Química forense: análises de substâncias apreendidas. Orientador: Patrícia Benedini Martelli. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Química) - Universidade Federal de São João del-Rei, São João del-Rei, 2018.

CETESB. Lista completa de produtos químicos. Disponível em: https://produtosquimicos.cetesb.sp.gov.br/Ficha. Acesso em: 30 set. 2022.

CETESB. Decisão de diretoria nº 113/2022/P, 07 de novembro de 2022. Dispõe sobre a aprovação do lançamento do Guia Técnico de Orientação para Extensão do Uso de Produtos Químicos com Prazo de Validade Vencido. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/wp-content/uploads/2022/11/DD-113-2022-P-LANCAMENTO-GUIA-TECNICO-DE-ORIENTACAO-PARA-EXTENSAO-DO-USO-DE-PROD.QUIM_.COM-PRAZO-VAL.-VENCIDO.pdf. Acesso em: 07 dez. 2022.

COUNCIL OF EUROPE. Convenção para a proteção dos direitos do homem e das liberdades fundamentais, 1950, Roma. In: Convenção europeia dos direitos do homem. França: 67075 Strasbourg cedex, 2021. Disponível em: https://www.echr.coe.int/documents/convention_por.pdf. Acesso em: 16 jan. 2022.

CRUZ, Regina Alves da; GUEDES, Maria do Carmo Santos. Cocaína: aspectos toxicológico e analítico. Revista Eletrônica FACP. n. 04, p. 1-15, dez. 2013.

DIAS, Louislane Duarte. Lei de drogas: Princípio do Contraditório durante o Inquérito Policial e o papel da perícia criminal como fator determinante para a aplicação da prisão. Orientador: Marcus Vinicius Reis Bastos. Monografia (Bacharel em Direito) - Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2021.

INLAB. Teste de cocaína: teste em tira para detecção qualitativa do metabólito da cocaína em urina humana. Diadema: Alamar Tecno Científica Ltda, maio 2016.

KRUSCHINSKI, Taíze. Levantamento dos principais adulterantes encontrados em amostras de cocaína: uma revisão de escopo. Orientador: Profª Drª Alcíbia Helena de Azevedo Maia. 2019. 63 p. Trabalho de Conclusão do Curso (Graduação em Farmácia) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2019.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA (Brasil). Secretaria Nacional de Segurança Pública. Procedimento operacional padrão: perícia criminal. Brasília: Ministério da Justiça, 2013. 242 p.

MOFFAT, Anthony C; OSSELTON, M David; WIDDOP, Brian. Clarke’s analysis of drugs and poisons. 4th. ed. London: Pharmaceutical Press, 2011. ISBN 978 0 85369 711 4.

OFICINA DE LAS NACIONES UNIDAS CONTRA LA DROGA Y EL DELITO (UNODC). Métodos recomendados para la identificación y el análisis de cocaína en materiales incautados: manual para uso de los laboratorios nacionales de análisis de estupefacientes. Nueva York: Naciones Unidas, 2012.

OGURI, Kazuta et al. Specificity and mechanism of the color reaction of cocaine with cobaltous thiocyanate. Jpn. J. Toxicol. Environ. Health, [S. l.], v. 41, 1995.

OLIVEIRA, Pâmela Anália Costa de. Medidas colorimétricas com smartphones para identificação de amostras de cocaína e quantificação de alguns adulterantes. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Fonseca. 2017. 55 p. Dissertação (Mestrado em Química) - Instituto de Química, Universidade de Brasília, Brasília, 2017.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). 16 paz, justiça e instituições eficazes. In: ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Setembro 2015. Disponível em: https://brasil.un.org/pt-br/sdgs/16. Acesso em: 24 dez. 2021.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração universal dos direitos humanos. 1948. Disponível em: https://www.ohchr.org/EN/UDHR/Pages/Language.aspx?LangID=por. Acesso em: 16 jan. 2022.

PEDRONI, Amanda Faria; FERNANDES, Ana Paula Sant’anna. Avaliação da interferência de adulterantes químicos nos resultados da identificação de cloridrato de cocaína. Orientador: MSc. Matheus Manoel Teles de Menezes. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Química) - Instituto Federal De Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás Campus Itumbiara, Itumbiara, 2013.

PINTO, G.A.T et al. Avaliação da técnica de imunocromatografia para análise de drogas de abuso no contexto da química forense. Rev. Bras. Crimin. v. 4, n. 3, p. 28-37, 2015.

SANT’ANA, Luiza D’oliveira. Comparação de métodos de análises para avaliação do perfil químico de amostras de cocaína apreendidas no estado do Rio de Janeiro. Orientador: Dra Rosane Nora Castro. Tese (Doutorado em Química) - Instituto de Química, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.

SCIENTIFIC WORKING GROUP FOR THE ANALYSIS OF SEIZED DRUGS (SWGDRUG). Scientific working group for the analysis of seized drugs (swgdrug) recommendations. [S. l.]: SWGDRUG, 2019.

SILVA, Suzane Meriely da et al. A confibilidade do teste de scott frente a interferência dos adulterantes na detecção da cocaína. Brazilian Journal of Development, Curitiba, v. 5, n. 8, p. 12391-12397, 22 ago. 2019.

TSUJIKAWA, Kenji et al. Development of a new field-test procedure for cocaine. Forensic Science International, Chiba/Japan, p. 267-274, 1 jan. 2017.

TSUMURA, Yukari; MITOME, Toshiaki; KIMOTO, Shigeru. False positives and false negatives with a cocaine-specific field test and modification of test protocol to reduce false decision. Forensic Science International, Osaka/Japan, v. 155, p. 158-164, 1 jan. 2005.

VELHO, Jesus Antonio; GEISER, Gustavo Caminoto; ESPINDULA, Alberi. Introdução às ciências forenses. In: VELHO, Jesus Antonio; GEISER, Gustavo Caminoto; ESPINDULA, Alberi. Ciências Forenses – Uma introdução às Principais Áreas da Criminalística moderna. 3.ed. Campinas, SP: Millennium, 2017. cap. 1, p. 1-18.

WHITTEMORE, R.; KNAFL, K. The integrative review: updated methodology. J Adv Nurs, Oxford, v. 52, n. 5, p. 546-553, 2005.

Downloads

Publicado

2024-05-11

Como Citar

Stelato , E. da S., Avelar , K. E. S., & Costa, V. I. do B. da. (2024). PROTOCOLO ANALÍTICO SUSTENTÁVEL PARA O EXAME PROVISÓRIO DE COCAÍNA NA UNIDADE CRIMINALÍSTICA DE PRESIDENTE PRUDENTE. Revista De Estudos Interdisciplinares , 6(1), 01–24. https://doi.org/10.56579/rei.v6i1.942

Artigos Semelhantes

<< < 21 22 23 24 25 26 27 28 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.