A EPISTEMOLOGIA FEMINISTA NEGRA

UMA ABORDAGEM INTERSECCIONAL DOS MARCADORES DA OPRESSÃO EM CONTRAPOSIÇÃO AO FEMINISMO HEGEMÔNICO

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Autores

  • Rosa Maria Dias da Costa Santos Universidade Estadual da Paraíba
  • Patrícia Cristina de Aragão Universidade Estadual da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v5i4.731

Palavras-chave:

Feminismo, Negro, Interseccionalidade, Marcadores de Opressão

Resumo

A Epistemologia Feminista Negra estruturou sua teoria na categoria da Interseccionalidade, a partir da Articulação dos Marcadores da Opressão, que perpassam os corpos racializados das mulheres negras. De igual modo, o Feminismo Negro questiona as categorias da Mulher Universal e Opressão Comum, constructo do Feminismo Hegemônico Ocidental. o presente artigo tem por objetivo geral analisar o feminismo negro na perspectiva da Interseccionalidade e das opressões múltiplas em detrimento ao Feminismo Hegemônico que estruturou a teoria e práxis feminista. Quanto a abordagem metodológica, o estudo é oriundo de pesquisa Qualitativa, do tipo Bibliográfica no tocante aos procedimentos adotados para coleta de dados, haja vista que, foi elaborado com bases em obras, livros, artigos e textos acadêmicos das autoras negras acima citadas. Quanto aos objetivos, a pesquisa é do tipo Explicativa, ao passo que se propõe a identificar os fatores que determinam a Interseccionalidade como uma perspectiva teórico metodológica em contraposição ao Feminismo Hegemônico. A Interseccionalidade, como principal abordagem teórica inaugurada pelo Feminismo Negro, pode ser conceituada como a articulação ou interação entre identidades sociais e marcadores de opressão e subjugação, quais sejam: Gênero, Raça/etnia, Classe, Sexualidade etc. e que estão intrinsecamente ligadas as relações sociais e de interação entre os indivíduos.

Palavras-chave: Feminismo Negro, Interseccionalidade, Marcadores de Opressão.

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Biografia do Autor

Rosa Maria Dias da Costa Santos, Universidade Estadual da Paraíba

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual da Paraíba (PPGSS-UEPB).

Patrícia Cristina de Aragão, Universidade Estadual da Paraíba

Possui Graduação em Psicologia pela Universidade Estadual da Paraíba (1989), Graduação em História pela Universidade Federal da Paraíba (1990), Mestrado em Economia pela Universidade Federal da Paraíba (2001) e Doutorado em Educação pela Universidade Federal da Paraíba (2007). Atualmente é professora titular da Universidade Estadual da Paraíba, atuando no curso de História, no Mestrado Profissional em Formação de Professores e no Mestrado de Serviço Social. Tem experiência na área de História e Educação, com ênfase em Ensino de História prática pedagógica e Formação de Professor. Atuando principalmente nos seguintes temas: Cultura Juvenil, História e Cultura Afro-Brasileira, Literatura de Cordel, Interculturalidade, ensino de história, História da Educação, Migrações, Formação de Professor e Educação do campo. É Membro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiro e Indigena Neabí - UEPB,

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Publicado

2023-08-31

Como Citar

Santos, R. M. D. da C., & Aragão, P. C. de. (2023). A EPISTEMOLOGIA FEMINISTA NEGRA : UMA ABORDAGEM INTERSECCIONAL DOS MARCADORES DA OPRESSÃO EM CONTRAPOSIÇÃO AO FEMINISMO HEGEMÔNICO. Revista De Estudos Interdisciplinares , 5(4), 416–428. https://doi.org/10.56579/rei.v5i4.731

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