PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NO SISTEMA PRISIONAL COMO ALTERNATIVA DIDÁTICA E DE QUALIDADE DE VIDA

Visualizações: 868

Autores

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v5i7.999

Palavras-chave:

Educação Física, Ensino de Educação Física, Educação em Prisões, Ressocialização, Prática Esportiva

Resumo

O presente estudo tem como objetivo investigar o que os detentos de um sistema penitenciário pensam sobre a prática da atividade física, especificamente da prática esportiva, buscando avaliar os impactos da prática de Educação Física na visão dos detentos A pesquisa em questão investigou o impacto da Educação Física, especificamente a prática esportiva, no processo de ressocialização de detentos em um Centro de Detenção Provisória (CDP) masculino no Estado do Espírito Santo. Assim, a falta de eficácia do sistema prisional em atender aos objetivos legais é apontada como um desafio, ressaltando a necessidade de alternativas, com a Educação Física emergindo como uma possível solução.. A pesquisa foi conduzida ao longo de três meses, equivalente a um semestre letivo, com 37 participantes. A análise buscou compreender as percepções dos detentos sobre a prática da atividade física, especialmente no ambiente prisional. Assim, os resultados revelam uma visão positiva da prática esportiva pelos detentos, destacando benefícios físicos, emocionais e sociais. A relação entre a atividade  física e a redução da violência e conflitos dentro da prisão é evidenciada. As sugestões dos detentos para aprimorar a prática esportiva incluem a diversificação de atividades, melhorias na infraestrutura e acesso a equipamentos adequados. O estudo contribui significativamente para a compreensão do papel transformador da Educação Física no ambiente prisional e destaca a importância de abordagens humanizadas e adaptadas às necessidades dos detentos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ariany Lucindo, Centro Universitário Vale do Cricaré

Mestranda em Educação Ciência e Tecnologia - UNIVIC- UNIVERSIDADE VALE DO CRICARÉ . Possui graduação em EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA pela FACULDADE MULTIVIX NOVA VENÉCIA (2015) graduação em EDUCACAO FISICA BACHAREL pelo Centro Universitário do Espírito Santo UNESC (2018) . Especialização em Educação Física Escolar pela Faculdade Vale do Cricaré, FVC (2016). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação, EJA Ensino Fundamental e Médio do Sistema Prisional da SEDU, Musculação ( treinamento Personalizado), aulas aeróbicas como Spinning e Jump, Treinamento Funcional, Ginástica Rítmica pelo projeto campeões de futuro- SESPORT. 

Julio Kippert Motinho, Centro Universitário Vale do Cricaré

Mestrando em Educação Ciência e Tecnologia - UNIVIC- UNIVERSIDADE VALE DO CRICARÉ- Professor graduado em Educação Física pela Faculdade Capixaba de Nova Venécia MULTIVIX (2017) e Pós-Graduado em ¹ Educação Física Adaptada, ¹Educação Física Atividade Física e Qualidade de Vida, ¹ Didática do Ensino Superior, e ¹Psicomotricidade e Movimento. Tem experiência na área de Educação,  Ensino Fundamental e Médio.

Vinicius da Silva Freitas, Centro Universitário Vale do Cricaré

Doutorando em Educação pela Universidade Estácio de Sá (2022 - 2025). Doutorando em Ciências da Reabilitação pelo Centro Universitário Augusto Motta (2021 - 2024). Mestre em Ciências, Tecnologia e Educação (2020). Possui Especialização em Educação Física Adaptada a Inclusão (2021), Psicomotricidade (2021), Educação Física Escolar (2018), Especialização em Educação Especial e Educação Inclusiva (2018). Graduação em Bacharelado em Fisioterapia (2021), Bacharelado em Educação Física (2021), Pedagogia (2018) e Licenciatura em Educação Física (2017). Atualmente é Professor Pesquisador no Centro Universitário Vale do Cricaré, Fisioterapeuta no Centro Multiprofissional Freitas, Professor de Educação Física da Educação Básica do Município de Presidente Kennedy/ES e Técnico Desportivo de Vôlei do Município de Piúma/ES. Já atuou como coordenador do Projeto de Reabilitação Multiprofissional para Crianças Portadoras de Necessidades Especiais, Gerente de projetos de Atividades Físicas Comunitárias. Tem experiência na área de Educação Física, desde a Área pedagógica a Reabilitação/Treinamentos, na área de Fisioterapia desde processos de prevenção a procedimentos de intervenção, na área de Pedagogia com mediação escolar e acompanhamento de alunos Portadores de Necessidades Especiais. Atualmente desenvolve pesquisas nas seguintes áreas: Politicas Públicas na Educação/Saúde, Formação de Professores, Psicomotricidade, Atividades Físicas Adaptadas, Reabilitação Musculoesquelética Pediátrica e Adulto, Saúde do Trabalhador/Ergonomia. 

José Roberto Gonçalves de Abreu, Centro Universitário Vale do Cricaré

Doutor em Educação Física pela Universidade Federal do Espírito Santo (2020), possui Graduação (1996), Especialização(1999) e Mestrado(2009) em Educação Física pela mesma Instituição. É Bacharel em Fisioterapia pela Universidade Estácio de Sá (2005), Especialista em Treinamento Desportivo - UFES, Especialista em Atenção Primária à Saúde - APS - SESA (2010), Especialista em Fisioterapia Hospitalar - Pneumo-funcional (UNESC - 2009). Autor do livro ?Educação Física e Desenvolvimento Regional?, atualmente é Pró-reitor de Inovação, Extensão e Pesquisa e coordena dos Cursos de: Licenciatura e Bacharelado em Educação Física, Bacharelado em Fisioterapia do Centro Universitário Vale do Cricaré. Na mesma IES, coordena do Comitê de Ética em Pesquisa e integra o corpo Docente do Programa de Mestrado em Ciência, Tecnologia e Educação da FVC.. Foi Subsecretário Municipal de Saúde e Secretário Municipal de Educação da cidade de São Mateus nos anos 2013 a 2016. Atuou como Fisioterapeuta do Hospital Meridional de São Mateus, Hospital Roberto A. Silvares e integrou a Comissão de Educação do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Espírito Santo - Crefito 15.

 

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de Dezembro de 1996 – Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Proposta Nacional de Educação Física para a Educação de Jovens e Adultos. Segundo segmento do ensino fundamental: 5ª a 8ª série: Introdução, v. 1. Brasília: 2002.

BRASIL. Ministério da Justiça. Lei nº 7.210, de 11 de Julho de 1984 – Institui a Lei de Execução Penal, 1984.

CASTELLANI FILHO, L.; LÚCIA, S. C.; TAFFAREL, C. N. Z.; VARJAL, E.;

ESCOBAR, M. O.; BRACHT, V. Metodologia do ensino de educação física. Cortez Editora, 2014.

CASTELLANI, L. Educação Física no Brasil: a história que não se conta. Campinas: Papirus, 1988

CUNHA, C. F. F. O Imperial Collegio de Pedro Segundo e o ensino secundário da boa sociedade brasileira. Rio de Janeiro: Apicuri, 2008.

CURY, C. R. J. Direito à educação: direito à igualdade, direito à diferença. Cadernos de pesquisa, n. 116, p. 245-262, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-15742002000200010

CUSTODIO, G. C. C.; NUNES, C. M. F. A docência em “celas de aula”: Desafios dos professores de educação física em escolas prisionais. Reflexão e Ação, v. 27, n. 2, p. 130-147, 2019. DOI: https://doi.org/10.17058/rea.v27i2.12600

DARIDO, S. C. Educação Física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

ERCOLE, Flávia Falci; MELO, Laís Samara de; ALCOFORADO Carla Lúcia Goulart Constant. Revisão Integrativa versus Revisão Sistemática. Rev Min Enferm. 2014 jan/mar; 18(1): 1-260.

FILHO, A. D. B. Políticas Públicas, Lazer e Esporte: Programa Segundo Tempo – cidadania e inclusão social. In: LORENZINI, A. R.; BARROS, A. M.; SANTOS, A. L.

F. (Orgs). In: Programa Segundo Tempo no agreste de Pernambuco: a ludicidade e a interdisciplinaridade na construção do exercício da cidadania. Maringá: Eduem, 2010

FONTELLES, M. J.; SIMÕES, M. G.; FARIAS, S. H.; FONTELLES, R. G. S..

Metodologia da pesquisa científica: diretrizes para a elaboração de um protocolo de pesquisa. Revista paraense de medicina, v. 23, n. 3, p. 1-8, 2009.

GOELLNER, S. V. O Método Francês e a Educação Física no Brasil: da caserna à escola. In: Encontro de História da Educação Física e do Esporte, 1993, Campinas. Coletânea: Grupo de História do Esporte Lazer e Educação Física. FEF/Unicamp, p. 167-172, 1993.

JULIÃO, E. F.; ONOFRE, E. M. C. Apresentação: educação em prisões. Educação & Realidade, v. 38, p. 11-14, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S2175-62362013000100002

MELO, V. A. A educação física nas escolas brasileiras: esporte ou ginástica? In: FERREIRA NETO, A. (Org.) Pesquisa histórica em Educação Física. Aracruz: FACHA, 1998.

NASCIMENTO, L. F.; CAVALCANTE, M. M. D. Abordagem quantitativa na pesquisa em educação: investigações no cotidiano escolar. Revista Tempos e Espaços em Educação, v. 11, n. 25, p. 249-260, 2018. DOI: https://doi.org/10.20952/revtee.v11i25.7075

NUNES, G. C.; NASCIMENTO, M. C. D.; ALENCAR, M. A. C. Pesquisa científica:

conceitos básicos. Id on Line Revista de Psicologia, v. 10, n. 29, p. 144-151, 2016. DOI: https://doi.org/10.14295/idonline.v10i1.390

ONOFRE, E. M C.; JULIÃO, E. F. A educação na prisão como política pública: entre desafios e tarefas. Educação e Realidade, v. 38, n. 01, p. 51-69, 2013. DOI: https://doi.org/10.1590/S2175-62362013000100005

ONOFRE, E. M. C. Educação escolar entre as grades. Edufscar, 2007. DOI: https://doi.org/10.7476/9788576003687

ONU; UNESCO. La educación básica en los establecimientos penitenciarios.

EUA & Viena: 1994.

SOARES, A. J. G.; GÓIS, E. J. Educação Física Escolar: dilemas e práticas. Salto para o Futuro/ TV Escola. Rio de Janeiro, ano XXI, boletim 12, 2011.

SOARES, C. L. Educação física: raízes européias e Brasil. Campinas: Autores Associados, 1994.

SOUZA, K. R.; KERBAUY, M. T. M. Abordagem quanti-qualitativa: superação da dicotomia quantitativa-qualitativa na pesquisa em educação. Educação e Filosofia, v. 31, n. 61, p. 21-44, 2017. DOI: https://doi.org/10.14393/REVEDFIL.issn.0102-6801.v31n61a2017-01

SOUZA, Marcela Tavares de; SILVA, Michelly Dias da; CARVALHO, Rachel de. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein, São Paulo, vol.8, n.1, p.102- 106, 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/s1679-45082010rw1134

SOUZA, L. K. P. S. Educação e Sistema Prisional: uma análise das políticas públicas para o acesso à educação no cárcere. Revista de Estudios Teóricos y Epistemológicos en Política Educativa, v. 8, p. 1-21, 2023. DOI: https://doi.org/10.5212/retepe.v.8.20918.005

TUBINO, M. Estudos brasileiros sobre o Esporte: ênfase no esporte-educação. Maringa: Eduem, 2010.

Downloads

Publicado

2024-01-03

Como Citar

Lucindo, A., Motinho, J. K., Freitas, V. da S., & Abreu, J. R. G. de. (2024). PRÁTICA DE ATIVIDADE FÍSICA NO SISTEMA PRISIONAL COMO ALTERNATIVA DIDÁTICA E DE QUALIDADE DE VIDA. Revista De Estudos Interdisciplinares , 5(7), 233–247. https://doi.org/10.56579/rei.v5i7.999

Artigos Semelhantes

<< < 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.