A LITERATURA DE BORDERLANDS ENQUANTO FERRAMENTA PARADIDÁTICA PARA UM ENSINO DECOLONIAL DE LÍNGUA INGLESA

Visualizações: 226

Autores

  • Marcos Vinicius Rodrigues Universidade Federal da Grande Dourados
  • Leoné Astride Barzotto Universidade Federal da Grande Dourados

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v5i4.699

Palavras-chave:

Literatura Pós-colonial, Pensamento Liminar, Fronteiras, Decolonialismo

Resumo

Esta pesquisa pretende ilustrar como a obra Borderlands / La Frontera = The New Mestiza (1987) de Gloria Anzaldúa tem o potencial de se tornar ferramenta paradidática para um ensino decolonial de língua inglesa para o ensino fundamental – anos finais. Ao lado disso, esta pesquisa preside discussões sobre a urgência da educação decolonial no contexto de neoliberalização das instituições de ensino e supervalorização do conhecimento euro-ocidental e como Borderlands / La Frontera = The New Mestiza (1987) pode ser usada como uma leitura que fale contra essas práticas neoliberais eurocentradas. Para tanto, mapeia-se as habilidades e competências promulgadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que encontram oportunidades de desenvolvimento a partir da leitura paradidática do livro de Anzaldúa (1987), bem como revisa-se algumas teorias sobre didática, pedagogia e educação decoloniais — tais quais as propostas insurgentes de Chaves (2021), Franco (2022) e Bezerra et al. (2020). A ilustração de como Borderlands / La Frontera = The New Mestiza (1987) tem potencial de se tornar uma ferramenta paradidática em direção a um ensino decolonial de língua inglesa mostra-se bem-sucedida, já que o livro de Anzaldúa está em conformidade com o que promulga a BNCC para o currículo de língua inglesa. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcos Vinicius Rodrigues, Universidade Federal da Grande Dourados

Graduando em Letras (UFGD); Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) -CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Leoné Astride Barzotto, Universidade Federal da Grande Dourados

Possui graduação em Letras Português / Inglês pela Universidade Estadual de Maringá (2002); mestrado em Letras / Diálogos Culturais pela Universidade Estadual de Londrina (2005); doutorado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina (2008) assim como Doutorado-sanduíche (CAPES) pela Indiana University at Bloomington, Estados Unidos (2007). Atualmente é Professora Associada - Nível III - com dedicação exclusiva na Universidade Federal da Grande Dourados, MS. Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado) da UFGD; área de concentração: Literaturas e Práticas Culturais. Vice-coordenadora do Mestrado (2010-2012) - PPGLetras. Coordenadora do Mestrado em Letras da UFGD (Ago./2012-Ago./2014). É parecerista da Revista Acta Scientiarum: Language and Culture (UEM), parecerista da Revista Estação Literária (UEL), parecerista da Revista Arredia Facale-UFGD e parecerista da Revista Raído do Mestrado em Letras da UFGD. Membro do Conselho Editorial da Revista Acta Scientiarum Language and Culture (UEM). Editora da Revista Raído UFGD (2014-2017), na área de Literatura e Práticas Culturais. Tem experiência na área de Letras, atuando principalmente nos seguintes temas: literaturas de expressão inglesa; língua inglesa; literatura inglesa pós-colonial; pós-colonialismo; língua inglesa instrumental; interfaces entre língua, cultura e literatura, identidade cultural, processos migratórios, transnacionalismo e mobilidades culturais; saberes decoloniais latino-americanos; pensamento liminar; América Latina e Caribe. Fez parte da Equipe de Revisoras de Conteúdo Didático Digital da EAD/UFGD (2012-2015) onde também atuou como Professora-Formadora de Língua Inglesa Instrumental e ministra capacitação de PCDD (Produção de Conteúdo Didático Digital) para a EaD/UFGD. É membro do GT da ANPOLL: Relações Literárias Interamericanas desde 2008 e foi coordenadora do GT, na gestão 2018-2021. Tem Pós-Doutorado em Literatura com estágio na Universidade da Califórnia em Berkeley (CAPES 2015-2016). Bolsista Produtividade CNPq - PQ 02.

Referências

ALVES, L. K. Ensaística latino-americana de autoria feminina. In: PINHEIRO, A. S. et al. (Orgs.). O que contam estas mulheres? Memória e representação na literatura latino-americana. Campinas, SP: Pontes Editores, 2019.

ANZALDÚA, Gloria. Borderlands / La Frontera = The New Mestiza. São Francisco: Aunt Lute, 1987.

_________________. The Gloria Anzaldúa reader. Duke University Press, 2021.

BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 2007.

BARZOTTO, Leoné Astride. A literatura como estratégia de uma educação decolonial. In: SOBREIRA, A. C. B. et al. (Org.) Culturas, corpos e linguagens híbridas: perspectivas decoloniais. Tutóia: Diálogos, 2021. DOI: https://doi.org/10.52788/9786589932048-1.4

BEZERRA, S. et al. Pedagogia decolonial e ensino/aprendizagem de línguas adicionais: reflexões sobre narrativas autoetnográficas. Revista SURES, v. 1, n. 14, 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 21 abr. 2023.

CAMPELLO, B. S.; SILVA, E. V. da. Subsídios para esclarecimento do conceito de livro paradidático. Biblioteca Escolar em Revista, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 64-80, 2018. Disponível em: <https://www.revistas.usp.br/berev/article/view/143430>. Acesso em: 4 abr. 2023. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2238-5894.berev.2018.143430

CANTÚ, N. M.; HURTADO, A. Breaking Borders/Construing Bridges: Twenty-Five Years os Borderlands/La Frontera. In: ANZALDÚA, Gloria. Borderlands / La Fontera = The New Mestiza. São Francisco: Aunt Lute, 1987.

CHAVES, Pedro Jônatas. Didática, decolonialidade e epistemologias do sul: uma proposta insurgente contra a neoliberalização do ensino escolar e universitário. Curitiba: CRV, 2021. DOI: https://doi.org/10.24824/978652511063.9

FIGUEREIDO, Carlos Vinícius da Silva. Entre Mestizas e Neplantares: a auto- história, de Gloria Evangelina Anzaldúa, em Borderlands/ La Frontera, 2017. Tese (Doutorado) – Curso de Letras, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2017.

FRANCO, Maria Amélia Santoro. Por uma didática decolonial: epistemologia e contradições. Educação e Pesquisa, v. 48, 2022. DOI: https://doi.org/10.1590/s1678-4634202248240473

LAGUNA, Alzira Guiomar Jerez. A contribuição do livro paradidático na formação do aluno-leitor. Augusto Guzzo Revista Acadêmica, São Paulo, n. 2, p. 43-52, aug. 2012. Disponível em: <http://www.fics.edu.br/index.php/augusto_guzzo/article/view/81>. Acesso em: 17 abr. 2023. DOI: https://doi.org/10.22287/ag.v0i2.81

LUGONES, Maria. On Borderlands/La Frontera: An Interpretaive Essay. Hypatia, v. 7, n. 4, Lesbian Philosophy, p. 31-37, Autumn, 1992. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1527-2001.1992.tb00715.x

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do Pensamento Abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes In: SANTOS. B. S.; MENESES, M. P. (Org.). Epistemologias do sul. Coimbra: Almedina, 2009.

Downloads

Publicado

2023-08-31

Como Citar

Rodrigues, M. V., & Astride Barzotto, L. (2023). A LITERATURA DE BORDERLANDS ENQUANTO FERRAMENTA PARADIDÁTICA PARA UM ENSINO DECOLONIAL DE LÍNGUA INGLESA. Revista De Estudos Interdisciplinares , 5(4), 52–68. https://doi.org/10.56579/rei.v5i4.699

Artigos Semelhantes

<< < 6 7 8 9 10 11 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.