MULHERES AFRO-AMAZÔNICAS SANKOFAS

PROCESSOS EDUCATIVOS EM MOVIMENTO POLÍTICO

Visualizações: 238

Authors

  • Gilcilene Dias da Costa Universidade Federal do Pará
  • Maria Madalena Silva da Silva Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v6i3.1526

Keywords:

Educação Antirracista, Mulheres Negras, Movimento Negro, Política

Abstract

No território dos rios, ruas e ramais do município de Abaetetuba, mulheres afro-amazônicas em rizomas de saberes tecem redes de apoio, fortalecimento político, luta social organizada, trocas. É neste lugar que o Coletivo mulheres negras Sankofa promove educação antirracista e política no baixo Tocantins. O objetivo desta pesquisa é analisar a formação, participação e os saberes elaborados e difundidos pelo Coletivo negro SANKOFA. A Cartografia dos rizomas, baseada em Deleuze e Guattari (1995), foi o caminho escolhido como metodologia para este estudo, pelas redes de multiplicidade, liberdade para pesquisa e descentralidade do conhecimento que a cartografia possibilita. Apoiada em: BERTH (2019); COLLINS (2019); DAVIS (2016, 2017); DELEUZE e GUATTARI (1995); GOMES (2017, 2019), KILOMBA (2019); PRIOLI (2022). O Sankofa é reiteradamente solicitado para estar promovendo palestras, debates, em espaços formais e não formais de ensino. O que leva a inferir que é um movimento que educa o campo educacional e político, com desdobramentos para o município de Abaetetuba, Igarapé-Miri e suas circunvizinhanças. A capacidade de produzir conhecimentos e práticas educativas emancipatórias, construções políticas, evidenciam identificações da positividade da estética negra, encontros aquilombados, essas construções resultaram na conquista de uma mandata antirracista.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Gilcilene Dias da Costa , Universidade Federal do Pará

Docente da Universidade Federal do Pará/CUNTINS/Faculdade de Linguagem. Docente permanente dos Programas de Pós-graduação PPGEDUC/UFPA e PGEDA/EDUCANORTE. 

Maria Madalena Silva da Silva, Universidade Federal do Pará

Aluna do programa de Pós-graduação em Educação na Amazônia Associação Plena de Rede - EDUCARNORTE da Universidade Federal do Pará.

References

ADÃO, J.M. Práxis educativa do movimento negro no estado do Rio Grande do Sul. In: OLIVEIRA, Iolanda de; SILVA, Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva (Orgs). Identidade negra: pesquisas sobre o negro e a educação no Brasil. São Paulo: Ação Educativa, 2003, p. 46-74.

ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019.

AMADOR DE DEUS, Zélia. Caminhos trilhados na luta antirracista. Autêntica Editora, 2020.

BERTH, Joice. Empoderamento. São Paulo: Pólen, 2019.

BRASIL, Ministério da Educação. Alfabetização e Diversidade e Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei. Brasília: Secretaria de educação continuada, 2005.

COLLINS, Patrícia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política do empoderamento. 1ª ed. Tradução: Jamille Pinheiro Dias. São Paulo: Bomtempo, 2019.

DÁCIO, Ígora; RIBEIRO, Mílton.“Mulheres de Abaetetuba: trajetórias femininas na cena política de uma cidade do interior paraense”, Amazônica – Revista de Antropologia [online], v. 8, n. 2, p. 284-308. 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.18542/amazonica.v8i2.5045

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. 1. São Paulo: Ed. 34/1995, 4ª reimpressão, 2006.

FREITAS, Tais Pereira de. Mulheres Negras na Educação Brasileira. 1ª ed. Curitiba: Editora Appris, 2017.

FREYRE, Gilberto. Casa-Grande & Senzala, 50ª edição. Global Editora. 2005.

GOMES, de Nilma Lino. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.

GONÇALVES, Maria das Graças. Subjetividade e Negritude. In: OLIVEIRA, Iolanda (org.). Cadernos PENESB: Relações Raciais e Educação, nº6. Niterói: Cadernos PENESB/ EDUFF, 2002.

GONZALEZ, Lélia. A democracia racial: uma militância. Arte & Ensaios, n. 38, 2019.

GONZALEZ, Lélia. A mulher negra na sociedade brasileira: uma abordagem política e econômica. GONZALEZ, Lélia. Primavera para pessoas negras: Lélia Gonzalez em primeira pessoa... Coletânea Organizada e Editada pela UCPA, Editora Diáspora Africana, 2018.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano. Editora Schwarcz Companhia das Letras, 2020.

GRUNEICH, Danielle; CORDEIRO Iara. O que é violência política contra a mulher? – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2022.

hooks, bell. Ensinando a transgredir: A educação como prática da liberdade. Tradução: Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins fontes, 2019.

KILOMBA, Grada. Memórias da Plantação: episódios de racismo cotidiano. Tradução: Jess Oliveira. 1º ed. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Editora Perspectiva, 2016.

NASCIMENTO, Beatriz. Uma história feita por mãos negras. Editora Schwarcz- Companhia das Letras, 2021.

O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento/Justificando, 2017.

PASSOS, E. e de BARROS, R. B. 2015. A cartografia como método de pesquisa-intervenção. In: E. PASSOS, V. KASTRUP e L. ESCÓSSIA (org.), Pistas do método da cartografia: pesquisa- intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre, Sulina. p. 17- 31.

PRIOLI, Gabriela. Política é para todos. 1ª edição. São Paulo: Companhia das Letras, 2021.

RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das Letras, 2018.

RODEGHIERO, T. H.; DUARTE, T. O que é o agenciamento-desejo?. 2020. Educapes. Disponível em: [http://educapes.capes.gov.br/handle/c.]. Acesso em: 13 jul. 2023.

SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

SILVA, M. S. Mariana quer ser livre: tráfico de escravizados e nação em Belém (1700-1750). Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), v. 12, ed. especial, p. 10-26, 2020. Disponível em: https://abpnrevista.org.br/site/article/view/960. Acesso em: 10 mar. 2024.

SILVA, Michele Lopes da. Mulheres negras em movimento(s): trajetórias de vida, atuação política e construção de novas pedagogias em belo horizonte/MG. 2007. Dissertação (Mestrado em Educação) – Departamento de Educação, Universidade Federal De Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007.

SISS, A. Afro-brasileiros, cotas e ação afirmativa: razões históricas. Rio de Janeiro: Quartet, Niterói: Penesb, 2003.

SKIDMORE, T E. Preto no branco: raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Tradução de Raul de Sá Barbosa. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1976.

SOUZA, Mônica Lima. Venho de Angola: do vocabulário aos costumes, a identidade brasileira tem origem no outro lado do Atlântico. In: COELHO, Anna Carolina de Abreu; ALVES, Davison Hugo Rocha; NEVES NETO, Raimundo Moreira das (Org.). Perspectivas de pesquisa em História na Amazônia: natureza, diversidade, ensino e direitos humanos. Belém: Açaí, 2017.

THOMPSON, Paul. A voz do passado: história oral. Tradução Lólio Lourenço de Oliveira. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1992.

Published

2024-10-04

How to Cite

Costa , G. D. da, & Silva, M. M. S. da. (2024). MULHERES AFRO-AMAZÔNICAS SANKOFAS: PROCESSOS EDUCATIVOS EM MOVIMENTO POLÍTICO. Interdisciplinary Studies Journal, 6(3), 01–20. https://doi.org/10.56579/rei.v6i3.1526

Issue

Section

DOSSIÊ PRÁTICAS EDUCATIVAS NO SÉCULO XXI: DIÁLOGOS SOBRE LINGUAGENS, SABERES E INCLUSÃO

Similar Articles

<< < 34 35 36 37 38 39 40 41 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.