UMA TEORIA DA JUSTIÇA À LUZ DA ECOLOGIA

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Autores

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v6i2.1202

Palavras-chave:

sustentabilidade, crise ambiental, contrato social, injustiça ambiental

Resumo

Na década de 1970, John Rawls, em “Uma Teoria da Justiça”, defendeu uma filosofia política baseada na igualdade. A partir da posição original e com o véu da ignorância, as partes deste processo resultariam em uma Convenção Constitucional. Tal dispositivo hipotético buscava assegurar condições razoáveis para que seus cidadãos construíssem um novo contrato social norteado em princípios da justiça. As demandas ecológicas, ascendidas também na mesma época da teoria de Rawls, paulatinamente, irradiaram-se, demonstrando que atualmente um novo pacto não se mostra plausível, desconsiderando a crise ambiental vivenciada. O artigo parte, assim, do pressuposto de que o princípio da preservação ambiental, indelevelmente, deve conduzir uma nova teoria da justiça. A análise da teoria da justiça frente às demandas ecológicas contemporâneas é o objetivo deste escrito, a partir da abordagem qualitativa e do método hipotético-dedutivo. 

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Biografia do Autor

Bárbara Cristina Kruse, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutora em Ciências Sociais Aplicadas (UEPG). Mestranda em Direito (UEPG).

Joao Irineu de Resende Miranda, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutor em Direito Internacional (USP). Professor Universitário (UEPG). Leciona na graduação, no Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências Sociais Aplicadas e no Mestrado de Direito.

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Publicado

2024-09-06

Como Citar

Kruse, B. C., & Miranda, J. I. de R. (2024). UMA TEORIA DA JUSTIÇA À LUZ DA ECOLOGIA. Revista De Estudos Interdisciplinares , 6(2), 01–19. https://doi.org/10.56579/rei.v6i2.1202

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