TRAJETÓRIA FORMATIVA DE MULHERES-ESTUDANTES INDÍGENAS NA UNIVERSIDADE BRASÍLIA

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Autores

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v6i1.656

Palavras-chave:

Ações Afirmativas, estudantes indígenas, universidade de brasília, trajetória formativa, racismo

Resumo

Este artigo é resultado de uma pesquisa que analisou experiências interculturais no ensino superior, em chave decolonial e antirracista. No recorte aqui apresentado, analisamos narrativas de mulheres indígenas que colocam em perspectiva suas trajetórias formativas e as formas pelas quais elas se mobilizam e se organizam para enfrentar seus desafios. As entrevistas foram realizadas com dez estudantes indígenas da Universidade de Brasília no primeiro semestre de 2022 e examinadas à luz da literatura que trata das ações afirmativas como caminho para reparação das desigualdades sociais e raciais em educação. Os relatos indicam que o racismo constitui a principal dificuldade enfrentada pelas estudantes; informam, ainda, que o enfrentamento desse e de outros desafios passa pelo fortalecimento da Associação dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília (AAIUnB), que tem um papel preponderante na mobilização coletiva das/os estudantes para assegurar acesso e permanência na universidade. No percurso da análise, buscamos sustentar que a presença das/os estudantes indígenas nas universidades constitui uma oportunidade para o diálogo intercultural no ensino superior e para enfrentamento do racismo e das relações de poder/ser/saber que ainda operam nas universidades.

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Biografia do Autor

Paula Fernandes de Assis Crivello Neves, Universidade de Brasília

Doutora pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade de Brasília (PPGE - UnB), na linha de pesquisa: educação ambiental e educação do campo. Mestre pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Goiás (PPGEDUC - UFG - Regional Catalão), na linha de pesquisa: práticas educativas, formação de professores e inclusão. Especialista em Gestão Escolar com ênfase em Coordenação Pedagógica pela Faculdade Brasileira de Educação e Cultura (FABEC). Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Goiás (UFG - Goiânia). Integrante do Grupo de Pesquisa Educação, Saberes e Decolonialidades (GPDES-UnB) certificado pelo CNPq. Atualmente atua como professora na Secretaria Municipal de Educação de Goiânia - SME na Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) com o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Tem experiência na área da educação, com ênfase em estudos decoloniais, interculturalidade, inclusão, educação especial, educação infantil e transtorno do espectro autista.

Ana Tereza Reis da Silva, Universidade de Brasília

Professora Associada IV da Universidade de Brasília, Faculdade de Educação. Atua no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE/UnB) e no Mestrado em Sustentabilidade Junto a Povos e Terras Tradicionais (MESPT/UnB).  Líder do Grupo de Pesquisa Educação, Saberes e Decolonialidades (CNPq). Desenvolve atividades de pesquisa, ensino e extensão nos seguintes temas: Educação para as relações étnico-raciais. Educação antirracista. Educação em contexto de povos e comunidades tradicionais. Pedagogias Decoloniais. Educação em tempos de colapso climático. Educação em Direitos Humanos. Diálogo de saberes. Ações afirmativas, interculturalidade, decolonialidade e justiça epistêmica no ensino superior. Práticas e pensamentos decoloniais.

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Publicado

2024-05-12

Como Citar

Neves, P. F. de A. C., & Silva, A. T. R. da. (2024). TRAJETÓRIA FORMATIVA DE MULHERES-ESTUDANTES INDÍGENAS NA UNIVERSIDADE BRASÍLIA. Revista De Estudos Interdisciplinares , 6(1), 01–26. https://doi.org/10.56579/rei.v6i1.656

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