A EDUCAÇÃO COMO DISPOSITIVO DE CONTROLE BIOPOLÍTICO

DISCURSOS SOBRE GÊNERO E EDUCAÇÃO SEXUAL

Visualizações: 389

Autores

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v6i1.1095

Palavras-chave:

Direitos Humanos, Direito à educação, Gênero e Sexualidade

Resumo

O presente trabalho tem como tema a análise da educação como mecanismo de controle biopolítico dos corpos e do saber, a partir dos discursos acerca da educação sexual e reprodutiva. Observar os impactos e desdobramentos na educação brasileira no que tange às temáticas referidas durante os anos e como a sua (não) abordagem nas escolas reitera e não desconstrói padrões, estereótipos e violências de gênero. Cabe uma análise aprofundada de que tipo de educação se está produzindo, com quais vieses e a partir de quais perspectivas, tendo em vista a inevitável influencia patriarcal na sociedade. O tema reflete a necessidade de compreender o papel da educação na construção do indivíduo e como essa educação pode ser utilizada como mecanismo de controle, que tem o poder de reforçar ou romper com padrões socialmente impostos quanto às temáticas de gênero e educação sexual na adolescência. A metodologia do trabalho consistiu em pesquisas bibliográficas realizadas através de abordagens hipotético-dedutivas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Victoria Pedrazzi, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - UNIJUÍ

Mestranda em Direitos Humanos no Programa de Pós-graduação em Direito da UNIJUÍ. Bolsista CAPES. Integrante do Grupo de Pesquisa Biopolítica e Direitos Humanos

Joice Graciele Nielsson, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Doutora em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (São Leopoldo/RS). Professora do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Direito da UNIJUÍ.

Referências

BALEM, Isadora Forgiarini; DE SOUZA, Lucas Silva; DO NASCIMENTO, Valéria Ribas. Os corpos que (não) importam: uso do direito na normalização biopolítica do gênero a partir de uma perspectiva foucaultiana. 2020. Revista de Direito Brasileira. [S.l.], v. 26, n. 10, p. 5-24 ISSN 2358-1352. Florianópolis. Santa Catarina. Disponível em: http://dx.doi.org/10.26668/IndexLawJournals/2358-1352/2020.v26i10.5309. Acesso em: 27. out. 2023;

BRASIL. Constituição Federal. 1988. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 27. out. 2023;

______. Lei 13.005 de 25 de junho de 2014. Plano Nacional de Educação – PNE. Brasília. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em: 10. nov. 2023;

CASSIAVILLANI, Thiene; ALBRECHT, Mirian Pacheco Silva. Educação Sexual: uma análise sobre legislação e documentos oficiais brasileiros em diferentes contextos políticos. 2022. Disponível em: https://doi.org/10.1590/SciELOPreprints.4001. Acesso em: 10. nov. 2023;

DA SILVA, Guedes Robson. Biopolítica, precariedade e educação: um ensaio de pensamento com Butler e Foucault. 2020 Linhas Críticas, 26, e32333. Disponível em: https://doi.org/10.26512/lc.v26.2020.32333; Acesso em: 27. out. 2023;

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1987;

______. A história da sexualidade I: A vontade de Saber. 13. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1988;

______. Microfísica do Poder. 1979. 15ª Edição. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2023;

FURLANETTO, Milene Fontana et al. Educação sexual em escolas brasileiras: revisão sistemática da literatura. Cadernos de Pesquisa, v. 48, n. 168, p. 550-571, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/198053145084. Acesso em: 10. nov. 2023;

LOURO, Guaraci Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. 2003. 6ª edição. 1997, Editora Vozes Ltda. Petrópolis. RJ. Disponível em: https://www.ufpb.br/escolasplurais/contents/noticias/e-books/secao-1-10-32-de-de-finibus-bo norum-et-malorum-escrita-por-cicero-em-45-ac. Acesso em: 27. out. 2023;

MACCOPPI, Jaqueline Alexandra. Governantes ou governadas? O útero como campo de gestão biopolítica e suas implicações práticas e legais. 1ª Edição. Belo Horizonte, São Paulo: D’Plácido, 2023;

MASCARENHAS, Leonardo Balbino. Biopolítica, Educação e Resistência na Contemporaneidade. 2018. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 43, n. 4, p. 1537-1554, out./dez. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/2175-623675587; Acesso em: 27. out. 2023;

NASCIMENTO, Caroline Gonçalves; WASKOW, Milena Holz; STREY, Marlene Neves; COSTA, Ângelo Brandelli. Todo mundo é igual? Construções de gênero sob o olhar da juventude. Interações (Campo Grande), [S. l.], v. 22, n. 1, p. 151–164, 2021. DOI: 10.20435/inter.v22i1.2597. Disponível em: https://interacoesucdb.emnuvens.com.br/interacoes/article/view/2597. Acesso em: 27. out. 2023;

ONU Mulheres; Gênero e Número. Mapa da Violência de Gênero. Disponível em: https://mapadaviolenciadegenero.com.br. Acesso em 10. nov. 2023.

SOARES, Carmen Lúcia. Corpo, conhecimento e educação: notas esparsas. In: SOARES, Camen Lúcia (org.). Corpo e história. Campinas: Autores Associados, 2001. p. 109-12;

______. Educação do corpo. In: GONZÁLEZ, Fernando Jaime; FENSTERSEIFER, Paulo Evaldo. Dicionário Crítico de Educação Física. Ijuí: Unijuí, 2014. p. 219-225;

______. Educação do corpo: apontamentos para a historicidade de uma noção. DOSSIÊ – Corpo e História: os múltiplos processos de educação do corpo. Educar em Revista, Curitiba, v. 37, e76507, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0104-4060.76507. Acesso em: 27. out. 2023;

STF. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental; ADPF 457. 2020. Disponível em: https://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=15343276006&ext=.pdf, Acesso em: 27. out. 2023;

WERMUTH, Maiquel Ângelo Dezordi; NIELSSON, Joice Graciele. Necrobiopolítica de gênero no Brasil contemporâneo: o feminicídio em tempos de fascismo social. Revista Brasileira de Políticas Públicas, Brasília, v. 10, n. 2 p.331-350, 2020;

WICHTERICH, Christa. Direitos Sexuais e Reprodutivos. Christa Wichterich. – Rio de Janeiro: Heinrich Böll Foundation, 2015.

Downloads

Publicado

2024-05-30

Como Citar

Pedrazzi, V., & Nielsson, J. G. (2024). A EDUCAÇÃO COMO DISPOSITIVO DE CONTROLE BIOPOLÍTICO: DISCURSOS SOBRE GÊNERO E EDUCAÇÃO SEXUAL. Revista De Estudos Interdisciplinares , 6(1), 01–13. https://doi.org/10.56579/rei.v6i1.1095

Artigos Semelhantes

<< < 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.