ARQITETURA ESCOLAR NO COLÉGIO AGOSTINIANO
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Agostinianos, . Educação Católica, Cultura Escolar, . ArquiteturaResumo
O presente trabalho tem como objeto o Ginásio São José, criado em 28 de agosto de 1947, no Distrito de Engenheiro Shmidt, município de São José do Rio Preto–SP, por frades agostinianos (OSA), provindos da Espanha. No ano de 1961 ele foi transferido para a sede do município, sendo denominado de Colégio Agostiniano São José. O texto encontra-se vinculado à pesquisa (em andamento) de curso de Mestrado, situada no tema “História das instituições escolares”, mais especificamente sobre a cultura escolar católica. Por meio de pesquisa documental nos arquivos institucionais, já foram localizadas e digitalizadas: atas capitulares redigidas pelos frades da Ordem de Santo Agostinho, revistas comemorativas, recortes de jornais da época, planta arquitetônica, materiais didáticos, livros de matrículas e fotos. O ginásio foi iniciado em conjunto com o Colégio Apostólico Santo Agostinho (Seminário), cujo intuito era o acolher meninos candidatos ao sacerdócio, no entanto, com as poucas vocações foi aberto às atividades educativas para meninos em regime de internato. Devido a interrupções na construção da sede, incluindo a morte do responsável pela construção, o Frei Jacinto Martínez durante a Guerra Civil Espanhola. O prédio iniciado em 1934 só foi inaugurado em 1947, recebendo os nomes de Escola Apostólica de Santo Agostinho (seminário) e Ginásio São José (curso ginasial). O colégio todo o tempo foi administrado por Frades espanhóis e, tanto no método de ensino quando na estrutura física do prédio, trazem as marcas da cultura europeia. Ao analisar registros dos primeiros passos do Ginásio, percebe-se uma construção pensada primeiramente em uma arquitetura conventual, ou seja, retirada da cidade a fim de não terem interrupções nos estudos. A planta arquitetônica traz o formato quadrangular mantendo o claustro central, dormitórios coletivos, refeitório, capela e uma única sala comportando todos os alunos. Os religiosos conservavam seus espaços privados, porém, um dos religiosos deveria dormir no mesmo dormitório dos internos a fim de manterem a ordem e disciplina. A construção chama bastante atenção devida à estrutura de alicerce de espessura largas e dispensas no subsolo. Quanto aos resultados, ou seja, a Cultura Escolar desenvolvida na instituição ainda não é possível desvelá-la dada a fase insipiente da investigação. No que tange ao referencial teórico são advindos de autores como Roger Chartier, Antonio Viñao Frago, Agustin Escolano Benito, André Chervel, Dominique Julia.