O estigma sobre o sufixo “ismo”
“homossexualismo” onde está a LGBTfobia?
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sufixo, homossexualismo, LGBTQIA , etimologicamenteResumo
este artigo tem como objetivo discutir o estigma existente sobre o sufixo “ismo” quando presente na palavra “homossexualismo”, especificamente na língua portuguesa. Por meio de uma revisão bibliográfica narrativa, buscou-se apresentar algumas perspectivas acerca do estigma existente sobre o sufixo “ismo”, quando presente na palavra “homossexualismo”, em contraposição as afirmações imprecisas sobre a temática. Foi encontrado que a homossexualidade ao longo da história foi alvo de inúmeros ataques, iniciados pelos discursos religiosos – em que as relações entre pessoas do mesmo sexo eram vistas como pecaminosas – e sucederam no discurso científico quando as relações homoafetivas começaram a ser pautadas como patologia. Desta maneira, há por parte da comunidade LGBTQIA+ uma constante busca por um termo representativo que fuja do discurso medicalizante e coloque as relações homoafetivas como componentes da sexualidade humana. Embora desde a década de 1990 não haja consenso sobre a expressão mais adequada, todos os autores discutidos no artigo impugnaram o uso do sobredito termo “homossexualismo” por afirmarem ser discriminatório. Conclui-se, portanto, que apesar de etimologicamente a terminação “ismo” não pender unicamente para o lado discriminatório, usá-la na palavra “homossexualismo” tendo em mente a historicidade por trás da palavra, levando-se em consideração a luta vivida pela comunidade LGBTQIA+ para fugir do discurso médico e patológico, se faz deveras insultuoso.