Docentes e sexualidade
educar ou deseducar?
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entrevista, docência, sexualidadeResumo
Há uma lógica que defende: somente a educação é que pode salvar o mundo. Tal dito não é novo, ao contrário, há décadas reafirmamos essa possibilidade. Em tempos sombrios, como estes em que vivemos, a afirmativa parece ser cada vez mais utópica. Se está nas mãos da sociedade organizada promover um levante na direção de um viver livre e equânime, está nas mãos de tantas pessoas trabalhadoras da educação fazê-lo por meio deste campo. O papel do docente é o da promoção da liberdade, já nos disse Paulo Freire. Contudo, devemos reconhecer que essa não é a premissa de tantas trabalhadoras e trabalhadores, em decorrência de uma estruturação social que necessita da manutenção das regulações, normalizações e opressões. Como viver, então, o sonho freiriano, se no exercício de suas funções tantes docentes reforçam os estigmas e opressões? Devemos falar em uma educação ou de uma “deseducação” de professoras e professores, para que possamos nos livrar dos padrões que nos prendem? Essas são as principais provocações que permearam esta entrevista. Na tentativa de refletir sobre as mesmas, a COR LGBTQIA+ convidou a Professora Sônia Maria Martins de Melo, pedagoga, mestra e doutora em educação, professora voluntária no Programa de PósGraduação em Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina, líder do Grupo , de Pesquisa EDUSEX - Formação de Educadores e Educação Sexual (CNPq/UDESC), pesquisadora junto ao Círculo de Pesquisa em Educação Sexual e Sexualidade - CiPESS (CNPq/UEL), do Núcleo de Estudos da Sexualidade - NUSEX (CNPq/UNESP/Araraquara) e vice-coordenadora do LabTEIAS - Entrelaçando saberes e fazeres em educação sexual emancipatória.