AS FRONTEIRAS NA “NOVA HISTÓRIA DA GUERRA DO PARAGUAI”:
SUBSÍDIOS PARA UMA REVISÃO HISTORIOGRÁFICA
Visualizações: 151Palabras clave:
Guerra do Paraguai, Fronteiras, Revisão HistoriográficaResumen
A proposta deste artigo é debater a maneira como as fronteiras são encaradas pela mais recente visão historiográfica que trata a Guerra do Paraguai. Para isso, subdividimos os textos selecionados em cinco grupos, a saber: As fronteiras de uma perspectiva econômica; De uma perspectiva política/diplomática; De uma perspectiva geográfica/histórica; De uma perspectiva indígena e as fronteiras nas perspectivas dos escravizadores/escravizados. Após uma breve análise (onde observamos também a área de atuação e as fontes primárias utilizadas pelos autores), ficou claro que a ideia de fronteira, para a perspectiva econômica, política/diplomática e geográfica/histórica é entendida majoritariamente como limite, como um elemento de separação e de tensão – embora essa visão não esteja isenta de nuances destacadas por cada autor. Por outro lado, as fronteiras vistas por escravizados e povos nativos podiam ter significados completamente distintos – como um elemento de esperança para a fuga, ou um elemento que fosse compreendido como introjetado na própria figura dos índios. Fica claro, ao fim do estudo, que se faz necessário buscar novos autores e novos tipos de fontes para o estudo aprofundado da fronteira na “Nova História da Guerra do Paraguai”.
Descargas
Citas
ARECES, N. R. Concepción, frontera norte del Paraguay durante la Gobernación Intendencia, espacio de conflicto colonial. In: Suplemento antropológico. Revista do Centro de Estudios Antropológicos de la Universidad Católica de Asunción (CEADUC), nº. 27, fascículo 01, p. 125-157, 1992.
______. Concepción, frontera paraguaya con el Mato Grosso, y la política económica de Carlos A. López. Entre la diplomacia y la guerra. In: Mundo Agrario. Revista de estudos rurais do Centro de Historia Argentina y Americana - unidade de investigação do Instituto de Investigações em Humanidades e Ciências Sociais. Universidad Nacional de La Plata, v. 5, nº 10, primeiro semestre de 2005. Disponível em: http://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/art_revistas/pr.559/pr.559.pdf. Acessado em 27/07/2021.
______. Estado y frontera em el Paraguay. Concepción durante el gobierno del Dr. Francia. Assunção: Editora CEADUC, 2011. Coleção Biblioteca de estudos paraguaios – volume 68.
______. La Expansión Criolla En La Frontera Norte Del Paraguay: Estancieros y Chacreros En Concepción, 1773 – 1840. In: Revista Europea De Estudios Latinoamericanos y Del Caribe, nº. 62, p. 54–69, 1997.
______. Los Mbayás en la frontera norte paraguaya. Guerra e intercambio en Concepción, 1773-1840. In: Anos 90 – Revista do Programa de pós-graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, vol. 06, nº 09, p. 56-82, 1998a.
______. La política de tierras em Concepción, frontera norte paraguaya, durante el gobierno de Carlos. A. López. In: prohistoria: historia, políticas de la historia, Revista do programa de pós-graduação da Universidade nacional de Rosário. Ano II, nº 02, p. 93-106, 1998b.
______. Terror y violencia durante la Guerra del Paraguay: ‘La masacre de 1869’ y las familias de Concepción. In: European Review of Latin American and Caribbean Studies, nº81, p. 43-63, 2006.
BREZZO, L. M. La historiografía paraguaya: Del aislamento a la superación de la mediterraneidad. In: Diálogos, DHI/UEM, v. 7. p. 157-175, 2003.
CHIAVENATTO, J. J. Genocídio Americano: A Guerra do Paraguai. São Paulo: Editora Brasiliense S. A., 1984.
CORRADINI, C. M. Os Guaikurú-Kadiwéu no contexto da Guerra do Paraguai: Fronteiras, relações interétnicas e territorialidade. 126f. Dissertação (Mestrado em História). Universidade Estadual de Maringá. Maringá, 2007.
DOCCA, S. Causas da Guerra com o Paraguay: Autores e responsáveis. Porto Alegre: Livraria Americana – Cunha, Rentzsch & C., 1919.
DORATIOTO, F. O Império do Brasil e a Argentina (1822-1889). In: Textos de História – Revista do Programa de Pós-graduação em História da UnB, v. 16, nº 02, p. 217-247, 2008.
______. Maldita guerra: nova historia da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
FRAGOSO, A. T. História da Guerra entre a Tríplice Aliança e o Paraguai (5 vols.). Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército.
GARCIA, G. I. A Guerra do Paraguai em diferentes interpretações. In: Cadernos de Clio, Curitiba, n.º 5, p. 15-37, 2014.
GREZZANA, T. B. O processo de definição das fronteiras: O Brasil como ator pacífico? Trabalho de conclusão de curso. 78 f. Graduação em Relações Internacionais. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018.
GUAZZELLI, C. A. B. Regiões-províncias na Guerra da Tríplice Aliança. In: Topoi, v. 10, n. 19, p. 70-89, jul.-dez. 2009.
MAESTRI, M. A guerra no papel: História e Historiografia da Guerra no Paraguai (1864-1870). Porto Alegre: Clube de Autores, 2013. Coleção Mar del Plata.
______. Por uma historiografia dos povos sobre a Guerra da Tríplice Aliança contra a República do Paraguai. In: Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF, vol. 19, nº. 2, p. 117-140, Mai/Ago 2020.
MARTINS, J. de S. O tempo da fronteira. In: Fronteira: a degradação do outro nos confins do humano. São Paulo: Hucitec, 1997.
MENEZES, A. de M. A guerra é nossa: a Inglaterra não provocou a Guerra do Paraguai. São Paulo: Contexto, 2013.
MOREIRA. P. R. S. “Abusando da fraqueza e simplicidade do ofendido”: Significados da liberdade e da escravidão, trabalho e ensino na fronteira meridional do Império brasileiro (século XIX). In: Canoa do Tempo – Revista do programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Amazonas, Manaus, v. 11, nº 01, p. 45-77, 2019.
______. Saquear a povoação, roubar as mulheres e se reunir com os castelhanos: Seduções, boatos e insurreições escravas no Rio Grande do Sul na segunda metade dos oitocentos. In: Revista de História Regional – Revista do programa de Mestrado em História da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, v. 21, nº 01, p. 34-61, 2016.
______. Sobre fronteira e liberdade – Representações e práticas dos escravos gaúchos na Guerra do Paraguai (1864-1870). In: Anos 90 – Revista do Programa de pós-graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, v. 06, nº 09, p. 119-149, 1998.
______. Por se ter queimado uma preta escrava, com o pretexto de bruxaria: Fronteira, impunidade e crença dos senhores no poder mágico-religioso de seus cativos (Rincão de Artigas / 1856). In: História em Revista – Publicação do Núcleo de Documentação Histórica. Instituto de Ciências Humanas. Universidade Federal de Pelotas. Editora da UFPel: Pelotas, v. 16, p. 25-52, 2010.
NETO, M. F. de S. Linhas d’água na delimitação do território. In: Terra Brasilis. Revista da Rede Brasileira de História da Geografia e Geografia Histórica, nº 12, 2019. Disponível em: https://journals.openedition.org/terrabrasilis/4862?lang=en. Acessado em: 27/07/2021.
OLIVEIRA, M. G. de. A Fronteira Brasil-Paraguai: principais fatores de tensão do período colonial até a atualidade. 110f. Dissertação (Mestrado em Geografia). Universidade de Brasília. Brasília, 2008.
POMER, L. A Guerra do Paraguai: A grande tragédia rioplatense. São Paulo: Global Editora, 1980. Coleção Passado X Presente. Volume 7.
QUEIRÓZ, S. de. Revisando a revisão: Genocídio Americano: A Guerra do Paraguai de J. J. Chiavenato. Porto Alegre: Clube de Autores, 2014. Coleção Mar del Plata.
TEIXEIRA, F. B. Os 150 anos de uma historiografia em conflito (1870-2020). In: Semina - Revista dos Pós-Graduandos em História da UPF, v. 19, nº. 02, p. 9 - 20, Mai/Ago 2020.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La Revista de Estudios Interdisciplinares adopta la Licencia Creative Commons Atribución 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite compartir y adaptar el trabajo, incluso con fines comerciales, siempre que se otorgue la atribución adecuada y se reconozca la publicación original en esta revista.