NOVAS CONFIGURAÇÕES DE TRABALHO E A PERMANÊNCIA DA EXPROPRIAÇÃO

ANÁLISE DA SUPEREXPLORAÇÃO DO TRABALHO POR PLATAFORMAS DIGITAIS

Visualizações: 1

Autores

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v7i3.2321

Palavras-chave:

Intensificação, Superexploração, Plataformas Digitais, Trabalho

Resumo

Este artigo propõe uma discussão sobre a expropriação do trabalho a partir de uma análise do trabalho mediado por plataformas digitais no século XXI. Neste sentido apresentará um percurso histórico de situações econômicas e socioculturais que impactaram diretamente nas transformações do mundo do trabalho e foram precursoras da plataformização digital do trabalho, particularmente a partir da mudança do fordismo/taylorismo para o toyotismo como mote predominante de trabalho desde a segunda metade do século XX até os nossos dias. O objetivo é analisar como o trabalho por plataformas digitais pode levar a uma superexploração do trabalhador, intensificando o labor e perpetuando a expropriação. A justificativa e relevância deste artigo se deve ao fato de lançar um olhar crítico numa perspectiva da totalidade sobre estas novas relações de trabalho que dissimulam a relação capital e trabalho e levam o trabalhador a um discurso de autonomia e flexibilidade que precarizou mais ainda o labor. Como resultado percebemos que a inserção do uso das plataformas digitais no cotidiano dos trabalhadores aumentou o processo de exploração e intensificação do trabalho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Aparecida Morais de Oliveira, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutoranda em Desenvolvimento Socioeconômico pela Universidade do Extremo Sul Catarinense com período sanduíche na Universidade Nacional de Entre Rios – UNER, Argentina. Mestre em Política Social, Estado e Direitos Sociais pela Universidade Federal de Mato Grosso. Técnica-Administrativa e Coordenadora do curso de Especialização em Juventude e Transformações Sociais Contemporâneas na UNEMAT/Sinop/MT.

Celina Elias Gomes Gonçalves, Universidade do Estado de Mato Grosso

Mestranda de Sociologia em Rede Nacional pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Professora efetiva da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso – SEDUC/MT em Sorriso/MT.

Graziele Paceliuka De Cáprio Cardovani, Universidade do Estado de Mato Grosso

Mestranda de Sociologia em Rede Nacional pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Professora efetiva da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso – SEDUC/MT em Cuiabá/MT.

Osmara Evangelista Barbosa, Universidade do Estado de Mato Grosso

Mestranda de Sociologia em Rede Nacional pela Universidade do Estado de Mato Grosso. Professora efetiva da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso – SEDUC/MT em Juara/MT.

Miguel Rodrigues Netto, Universidade do Estado de Mato Grosso

Doutor em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP. Professor Adjunto da Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT atuando como docente no Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional – ProfSocio e no Programa de Pós-Graduação em Linguística – PPGL. Coordenador do projeto de pesquisa: Juventude, Políticas Públicas e Ensino de Sociologia: conexões e diálogos. 

Referências

ANTUNES, Ricardo; FILGUEIRAS, Vitor. Plataformas digitais, Uberização do trabalho e regulação no Capitalismo contemporâneo. Contracampo, Niterói, v. 39, n. 1, p. 27-43, abr./jul. 2020.

BRAGA, Ruy. Precariado e sindicalismo no Brasil contemporâneo: um olhar a partir da indústria do call center. Revista Crítica de Ciências Sociais, [s. l.], n. 103, 2014. Publicado em: 26 maio 2014. Disponível em: http://journals.openedition.org/rccs/5532. DOI: https://doi.org/10.4000/rccs.5532. Acesso em: 10 jun. 2025.

CALCINI, Ricardo; MORAES, Leandro Bocchi de. STF x aplicativos: quais as perspectivas para 2025? Consultor Jurídico, [s. l.], 7 nov. 2024. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2024-nov-07/stf-x-aplicativos-quais-as-perspectivas-para-2025/. Acesso em: 9 nov. 2024.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14. ed. atual. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015.

FELIX, Gil. Uber, superexploração do trabalho e o capitalismo de plataforma em contexto de pandemia: novas e velhas formas de controle e resistência. Revista Ciências do Trabalho, [s. l.], n. 21, abr. 2022.

FONSECA, Vanessa Patriota da. Como as plataformas digitais tentam camuflar a exploração dos trabalhadores. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2024. Disponível em: https://www.coletiva.org/single-post/mundos-do-trabalho-como-as-plataformas-digitais-tentam-camuflar-a-explora%C3%A7%C3%A3o-dos-trabalhadores. Acesso em: 11 nov. 2024.

HIRATA, Helena. Tendências recentes da precarização social e do trabalho: Brasil, França, Japão. Caderno CRH, Salvador, v. 24, n. spe 01, p. 15-22, 2011.

LESSA, Sergio. Lukács, trabalho e classes sociais. In: ROIO, Marcos Del (org.). György Lukács e a emancipação humana. Marília: Oficina Universitária; São Paulo: Boitempo, 2013.

MANZANO, Marcelo. O que há por baixo do guarda-chuva das “plataformas digitais”? Revista Ciências do Trabalho, [s. l.], n. 21, abr. 2022.

MARX, Karl. O capital – Livro 1: crítica da economia política. São Paulo: Nova Cultural, 1996.

MASCARO, Alysson Leandro. Sociologia do Brasil. 1º ed. São Paulo: Boitempo, 2024.

SEÇÃO DE IMPRENSA. Justiça do Trabalho afasta vínculo de emprego entre motorista e empresa de transporte por aplicativo. Justiça do Trabalho – TRT da 3ª Região (MG), 2023. Disponível em: https://portal.trt3.jus.br/internet/conheca-o-trt/comunicacao/noticias-juridicas/justica-do-trabalho-afasta-vinculo-de-emprego-entre-motorista-e-empresa-de-transporte-por-aplicativo. Acesso em: 9 nov. 2024.

SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL. Motorista de aplicativo é trabalhador autônomo, e ação contra empresa compete à Justiça comum. Superior Tribunal de Justiça – STJ, 2019. Disponível em: https://www.stj.jus.br/sites/portalp/Paginas/Comunicacao/Noticias-antigas/2019/Motorista-de-aplicativo-e-trabalhador-autonomo--e-acao-contra-empresa-compete-a-Justica-comum.aspx. Acesso em: 9 nov. 2024.

SHINESTSCK, Clarissa Ribeiro. As condições de trabalho em plataformas digitais sob o prisma do direito ambiental do trabalho. In: ANTUNES, Ricardo (org.). Uberização, trabalho digital e indústria 4.0. Tradução Murillo van der Laan, Marco Gonsales. 1. ed. São Paulo: Boitempo, 2020.

Downloads

Publicado

2025-06-10

Como Citar

Oliveira, A. A. M. de, Gonçalves, C. E. G., Cardovani, G. P. D. C., Barbosa, O. E., & Netto, M. R. (2025). NOVAS CONFIGURAÇÕES DE TRABALHO E A PERMANÊNCIA DA EXPROPRIAÇÃO: ANÁLISE DA SUPEREXPLORAÇÃO DO TRABALHO POR PLATAFORMAS DIGITAIS . Revista De Estudos Interdisciplinares , 7(3), 01–17. https://doi.org/10.56579/rei.v7i3.2321

Edição

Seção

DOSSIÊ: INTERSECÇÕES CONTEMPORÂNEAS ENTRE CULTURA E POLÍTICA

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.