Apagamento
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apagamento, corpos trans, LGBTIResumo
O trabalho “Apagamento” traz luz sobre as constantes tentativas de apagamento com as políticas de morte (necropolítica) e pagamentos simbólicos dos corpos transvestigeneres. Há uma insistência tardia quando voltamos nossos olhares à produções ditas dissidentes e ou subalternas, um olhar treinado pelo sistema colonial, um olhar treinado e fundado na epistemologia da violência, violência colonial, a mesma violência que ordena a construção de discursos acadêmicos com bases literárias e bibliográficas localizadas na parte norte do globo, distante de tudo que é produzido aqui no Sul do mundo. Uma violência tamanha que mesmo quando voltamos nossos olhares para questões que se fazem presentes aqui, o que se produz ainda é um produto com bases na violência, embora seja necessário passar pela epistemologia da violência, mais necessário e urgente é avançarmos na constituição de outra narrativa que não esteja presa ou ancorada na violência colonial. Toda e qualquer leitura de imagem só depende da nossa coragem e porque não sermos corajoses e avançarmos naquilo que insistentemente não queremos enxergar? Produzimos desse modo o apagamento de corpos ditos dissidentes ou presentes em uma gramática de subalternidade diante da cis-hetero norma.Para que possamos entender uma produção de arte Trans/Travesti, precisamos por luz ao universo “T”, isto é, tratar com dignidade a posição subjetiva desses sujeitos, tal qual entendermos a posição social que se encontram ou que são localizados esses corpos pelos dispositivos do estado. Precisamos ouvir quem fala e sermos corajoses para sair da epistemologia da violência colonial e adentrar na epistemologia da escuridão e assim produzir som no silêncio e imagem no escuro!