Vivências e (re)existências universitárias pelos direitos LGBTQIA+
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universidade, diversidade, vivências, LGBTQIAResumo
O Brasil é um dos países mais hostis para a população LGBTIQIA+ (BENEVIDES; NOGUEIRA, 2019) e mesmo com avanços político-sociais importantes nas últimas décadas que buscam trazer equidade à população, esta encontra-se distante. É necessária a reflexão de que a população LGBTQIA+ não é uma população hegemônica e, além disso, é perpassada por diferentes vivências e intersecções que impactam divergentemente suas experiências, como raça/cor, idade, gênero, escolaridade, situação socioeconômica e demais aspectos sociais. A educação básica já se apresenta desafiadora para aquelas pessoas pela qual a expressividade de sua identidade é marcada por violências simbólicas, psicológicas e físicas; mesmo que a educação deva trabalhar com temas transversais a fim de reduzir disparidades sociais na população, há muitas repressões ou desinteresse pela introdução/continuidade dos mesmos na educação. Contudo, a evasão escolar na educação básica e dificuldade de acesso e permanência na educação superior é uma realidade para pessoas LGBTQIA+, principalmente para as pessoas trans e travestis. O Brasil possui, assim, um cenário de grupos sociais subrepresentados e vulnerabilizados, marcados pelos determinantes sociais da saúde (limitação de acesso à educação, à moradia, à segurança alimentar e nutricional, ao trabalho etc.) e um contexto educacional no nível superior marcado por estudantes de classe média a alta frequentando universidades públicas e gratuitas e, os de classe baixa, majoritariamente negras (pretas e pardas), com escolaridade de qualidade regular a ruim tentando pagar estudos em universidades particulares (HERINGER, 2018).