AGROVILA LEONARDO D’VINCI, NA TRANSAMAZÔNICA E OS IMPACTOS FRENTE A CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA BELO MONTE

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Autores

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v5i3.484

Palavras-chave:

Amazônia brasileira; Grandes projetos; Hidrelétrica Belo Monte; Agrovila.

Resumo

O presente artigo busca compreender como uma comunidade rural foi especialmente impactada, direta e indiretamente, pela construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte (UHBM) no rio Xingu. Trata-se da Agrovila Leonardo D’Vinci (ALDV), um distrito do município de Vitória do Xingu-PA, localizada a 60 km deste e a 18 quilômetros da cidade de Altamira, no sudoeste do Pará. A partir de entrevistas, leitura de outros estudos sobre a agrovila realizados desde sua fundação, observação do cotidiano da comunidade e documentação sobre o tema, se busca analisar as dinâmicas sociais e memórias da ALDV para compreender transformações, sobretudo na organização social, econômica e espacial que sofreu em decorrência da construção da Hidrelétrica Belo Monte. Esta comunidade (surgida no contexto de um grande projeto desenvolvimentista, a Rodovia Transamazônica, em 1972) nessas últimas quatro décadas não havia experimentado um grau de transformações tão profundas e aceleradas quanto as ocorreram desde o final do ano de 2012 com a Usina Hidrelétrica Belo Monte que impactou as vidas dos moradores.

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Biografia do Autor

Pedro Sérgio Santos da Costa, Universidade Federal do Pará

Doutorando em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFPA, com Mestrado em Linguagens e Saberes da Amazônia/UFPA e Graduado em Letras Língua Portuguesa/UFPA. Atua em pesquisas voltadas a estudos socioespaciais, políticos, culturais e econômicos em suas relações com as populações Amazônidas.

César Martins de Souza, Universidade Federal do Pará

Bacharel e Licenciado em História/UFPA, Mestre em Antropologia/UFPA. Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense. Atualmente desenvolve Estágio Pós-Doutoral junto ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal do Pará. Professor do Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes da Amazônia e do Campus de Bragança, ambos da UFPA. Investigador Externo do Centro de Estudios de la Argentina Rural/Universidad de Quilmes-Argentina. Editor-Chefe da Nova Revista Amazônica/UFPA.

José Antônio Herrera, Universidade Federal do Pará

Professor Associado I da Universidade Federal do Pará, vinculado a Faculdade de Geografia e ao Programa de Pós-graduação em Geografia - PPGEO / IFCH / UFPA. Coordenador do Laboratório de Estudos das Dinâmicas Territoriais na Amazônia - LEDTAM. Doutor em Desenvolvimento Econômico, Espaço e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Campinas (2012), tem se dedicado à interpretação geográfica da Amazônia, enfatizando em seus estudos os temas: Território; Produção do Espaço; Grandes Objetos, Hidrelétricas e a Relação Campo-Cidade.

 

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Publicado

2023-07-29

Como Citar

Santos da Costa, P. S., Martins de Souza, C., & Herrera, J. A. (2023). AGROVILA LEONARDO D’VINCI, NA TRANSAMAZÔNICA E OS IMPACTOS FRENTE A CONSTRUÇÃO DA HIDRELÉTRICA BELO MONTE. Revista De Estudos Interdisciplinares , 5(3), 208–230. https://doi.org/10.56579/rei.v5i3.484