A EDUCAÇÂO FAMILIAR E ESCOLAR COMO FATOR DE MANUTENÇÃO DAS DESIGUALDADES QUANTO A GÊNERO E SEXUALIDADE
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Educação, Gênero, Sexualidade, Família, EscolaResumo
É evidente diversos estudos direcionados à gênero e sexualidade. No entanto, há perpetuação da ignorância da população quanto a estas temáticas, arraigada à manutenção da desigualdade de gênero. Nesse viés, o presente trabalho buscou analisar como a educação escolar e familiar influencia na problemática supracitada. Para isso, realizou-se uma busca na literatura, de forma sistemática, sendo reunidos artigos obtidos via Google acadêmico. Com isso, foi observado que no Brasil contemporâneo os discursos conservadores radicalizam o estudo de gênero. É por meio da propagação de ideias moralizantes que a ignorância prevalece, no sentido contrário à defesa de uma educação crítica e libertadora. Entretanto, as questões voltadas ao gênero e a sexualidade estão presentes no cotidiano escolar, portanto, necessitam de debate e educação. Em acréscimo, é nítida a imposição de papéis de gêneros, muito presentes na conjuntura familiar, por intermédio de uma prática de socialização e orientação permeada pela separação de como meninos e meninas devem se comportar a partir do gênero imposto desde o nascimento. Outrossim, o conservadorismo que integra as relações familiares também constitui as relações de escolarização, as quais, no tradicionalismo da educação bancária, não levam em consideração as vivências dos educandos, oprimindo e reproduzindo as relações de poder presentes na sociedade. A pedagogia domesticadora vai contra a noção de pedagogia libertadora proposta por Paulo Freire, sendo a última ligada a uma consciência que considera o “corpo”, ou seja, o homem dotado de uma história imprescindível para o contexto educacional. Esse fator torna evidente o conservadorismo na conjuntura familiar e escolar. O processo educacional é fundamental para a subjetivação do indivíduo, promovendo a independência e a autonomia. Logo, o estudo de gênero e sexualidade dentro das instituições de ensino é primordial para que crianças e adolescentes se percebam enquanto sujeito, lutem e desconstruam as desigualdades de gênero ditadas pelo convívio social e familiar, além de romper com o impasse relacionado aos debates ligados à sexualidade.