RESISTÊNCIA

A PRESENÇA DOS DOCENTES DO GÊNERO MASCULINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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Autores

  • Adeilson de Paula Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.56579/sedh.v2i1.1216

Palavras-chave:

Docente, Educação Infantil, Gênero, Sexualidade

Resumo

O presente artigo, trata de um estudo qualitativo e quantitativo que objetiva investigar, organizar, atualizar e expandir o conhecimento sobre a temática gênero, sexualidade e educação infantil. Visa-se através desta pesquisa, compreender como se deu o processo de inserção e de permanência do docente do gênero masculino na educação infantil. Consideramos nesta pesquisa, que a escola e no caso específico do segmento da educação infantil, é tido como um ambiente historicamente dominado por docentes do gênero feminino e consequentemente hostil ao docente do gênero masculino. Uma vez que eles refletem em micro escala os mecanismos de exclusão enraizados na sociedade. Dessa forma, caracteriza-se como um local de violência e assume um papel diferente do que lhe cabe. Assim, verificaremos as trajetórias profissionais dos docentes, compreendendo as razões que os levaram a decidir por essa área predominantemente feminina do magistério. Na pesquisa, como já colocado, empregamos uma metodologia que permitiu a análise qualitativa e quantitativa como caminho para a análise da trajetória de 11 docentes do gênero masculino que atuam ou atuaram na educação infantil, em escolas no estado do Rio de Janeiro. A metodologia escolhida, contribuiu para o exame do cotidiano vivido por cada um dos professores pesquisados, na tentativa de responder as questões iniciais de acordo com o relato da vivência e experiência de cada participante. Assim, utilizamos o estudo de caso como estratégia para analisar tais relatos, qualitativo e coleta de dados através dos formulários, quantitativo. Devido a pandemia Covid 19, impedidos de mantermos contatos presenciais, nossa coleta de dados foi realizada por meio de ferramentas disponíveis na internet, o Google Form. Dentre os diversos instrumentos de coleta de dados, fizemos uso do questionário. Dessa forma, foram aplicados 2 (dois) questionários através da Plataforma Googleform com questões fechadas e abertas realizadas com os docentes do gênero masculino por meio do compartilhamento de link do formulário pelas redes sociais Whatsapp, Facebook e por e-mail. Lançamos mão da técnica de reenvio e recompartilhamento do questionário feita pelos componentes dos grupos nas redes sociais denominada bola de neve (snowballsampling). Destacou-se que as escolas em que os docentes atuaram, são ambientes agressivos aos que não se enquadram às normas hetecisronormativas estabelecidas e construídas socialmente, principalmente quando o grupo é do gênero masculino. Caracterizando-se assim, que os resultados encontrados confirmam com a afirmação de que a escola é um ambiente LGBTfóbico e discriminatória quanto às questões de gênero e sexualidade. Concluímos que a principal forma de entrada e permanência dos docentes do gênero masculino na educação infantil é a aprovação e posse nos concursos públicos, portanto a busca pela estabilidade é um fator importante. Embora entendemos que a violência referida não tenha origem no espaço escolar, é necessário construir uma educação infantil com equidade de gênero onde os homens sejam incluídos nesse segmento, como as experiências de nossos entrevistados demonstraram.  

Biografia do Autor

Adeilson de Paula, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestre em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas PPGECC – Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ.

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Publicado

2024-03-31

Como Citar

Paula, A. de. (2024). RESISTÊNCIA: A PRESENÇA DOS DOCENTES DO GÊNERO MASCULINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. ANAIS DO SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS, 2(1), 01–02. https://doi.org/10.56579/sedh.v2i1.1216

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