MULHERES NEGRAS OCUPANDO: PERSPECTIVAS SOBRE A SUBREPRESENTAÇÃO DE MULHERES NEGRAS NO APARATO POLÍTICODECISÓRIO
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sub-representação; mulheres negras; espaços de decisão; representação.Abstract
Mulheres negras são sub-representadas no aparato político-decisório no Brasil, equivalem a cerca de ¼ da população brasileira mas denotam baixo número nos espaços de decisão. São a base da pirâmide social e se retratam enquanto setor mais subalternizado socialmente pela raça, gênero (GONZALEZ, 1982) e também por categorias que constituemnas como sexualidade e classe, e que compõem a articulação interseccional da identidade (COLLINS, 2019; CRENSHAW, 2004). Logo se apresentam como grupo que mais carece de direcionamento de políticas públicas, dispondo de altas taxas de desemprego, violência e com baixo acesso à educação segundo dados do Atlas da Violência (IPEA) e do Retrato das Desigualdades. Mulheres negras, a partir de seu locus social, dispõem de experiências únicas que moldam suas perspectivas e visões de mundo, incorporando a elas, olhar aguçado às desigualdades e descontinuidades sociais. A partir do conceito de perspectivas de Iris Marion Young (2000) proponho pensar sobre a necessidade urgente desse grupo ingressar e permanecer no âmbito institucional, para que este expresse um campo a tomada de decisão eficaz, diversificada e factualmente representativa. O presente busca dar luz de questões como: Por que mulheres negras são sub- representadas; como mulheres negras que ocuparam a política tem trabalhado e como a sub-representação de mulheres negras se constitui como uma interface do racismo estrutural (ALMEIDA, 2019).
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References
ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen Produção Editorial LTDA, 2019.
CRENSHAW, Kimberlé. A interseccionalidade na discriminação de raça e gênero. VV. AA. Cruzamento:raça e gênero. Brasília: Unifem, p. 7-16, 2004.
COLLINS, Patricia Hill. Pensamento feminista negro: conhecimento, consciência e a política doempoderamento. São Paulo: Boitempo Editorial, 2019.
GONZALEZ, Lelia. E a trabalhadora negra, cumé que fica?. Jornal Mulherio, São Paulo, ano, v. 2, p. n.7,1982.
YOUNG, Iris Marion. Representação política, identidade e minorias. Lua Nova: Revista de Cultura e Política,n. 67, p. 139-190, 2006.
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