SER MULHER NA PRISÃO
DEMANDAS DE GÊNERO QUE ATRAVESSAM MULHERES NO CÁRCERE
Visualizações: 44DOI:
https://doi.org/10.56579/rihga.v3i1.798Palavras-chave:
Gênero, Cárcere, Mulheres, VivênciasResumo
O presente trabalho trata sobre as mulheres encarceradas e a influência das questões de gênero na forma que elas vivenciam a prisão. Utilizou-se a abordagem qualitativa na qual realizou-se pesquisa documental e levantamentos estatísticos a partir da análise das informações publicadas pelo Ministério da Justiça, através do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), ademais, procedeu-se à revisão bibliográfica dos estudos de gênero numa perspectiva feminista crítica, assim, foi possível a construção de um referencial teórico que discute as temáticas de gênero, cárcere e relações sociais. O presente trabalho tem por objetivo refletir acerca das concepções de gênero que atravessam e regulam a vida de mulheres que experienciaram o contexto prisional, para isso foi observado como se dá a experiência na prisão por uma mulher e como as estruturas de gestão se organizam (ou não) para atender às especificações decorrentes do gênero. Assim, foi a partir da análise dos dados do Depen e acesso aos depoimentos e experiências reais presentes nas obras “Presos que Menstruam” da jornalista Nana Queiroz e “Cadeia: Relatos sobre mulheres” da antropóloga Débora Diniz, juntamente com a base teórica de autoras que pesquisam e estudam gênero numa perspectiva feminista crítica que procedemos às reflexões neste trabalho.
Referências
BRASIL. Ministério da Justiça. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias. Infopen Mulheres - Junho de 2014. Departamento Penitenciário Nacional. Disponível em: https://www.justica.gov.br/noticias/estudo-traca-perfil-da-populacao-penitenciaria-feminina-no-brasil/relatorio-infopen-mulheres.pdf. Acesso em: 08 jul. 2021.
BRASIL. Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias – Infopen Mulheres, 2ª edição. Departamento Penitenciário Nacional. Disponível em: http://antigo.depen.gov.br/DEPEN/depen/sisdepen/infopen-mulheres/infopenmulheres_arte_07-03-18.pdf. Acesso em: 08 jul. 2021.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 2.ed. Trad. de Maria Helena Kühner. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
CONCEIÇÃO, Wellington. “Etnógrafo nativo ou nativo etnógrafo”? Uma (auto)análise sobre a relação entre pesquisador e objeto em contextos de múltiplas pertenças ao campo. Revista de @ntropologia da UFSCar, R@U, 8 (1), jan./jun. 2016: 41-52. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/350508778_Etnografo_nativo_ou_nativo_etnografo_Uma_autoanalise_sobre_a_relacao_entre_pesquisador_e_objeto_em_contextos_de_multiplas_pertencas_ao_campo. Acesso em: 08. jul. 2021.
CONNELL, Raewyn; PEARSE, Rebecca. Gênero: uma perspectiva global. São Paulo: Nversos, 2015.
DINIZ, Débora. Cadeia: Relatos sobre mulheres. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016.
FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: SILVA, L. A. et al. Movimentos sociais urbanos, minorias e outros estudos. Brasília: Ciências Sociais Hoje, ANPOCS, n. 2, p. 223-244, 1983.
LAURETIS, Teresa de. A tecnologia de Gênero. Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Vozes, 2003.
QUEIROZ, Nana. Presos que menstruam. Rio de Janeiro: Record, 2019.
SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, v. 20, n. 2, p. 71-99. 1995.
SIMÕES, Katiuska Gloria. Etnografia na Ala Feminina da Cadeia Pública de Cascavel-PR. Ponto Urbe [Online]. 2014, posto online no dia 30 julho 2014, consultado 08 outubro 2019. DOI: 10.4000/pontourbe.169.