A cor púrpura, de Alice Walker

compreender por que se tolera um comportamento intolerável é compreender como se pode sair dele

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Autores/as

  • Maria Fernanda Pires
  • Renato Bernardi

Palabras clave:

direito, literatura, violência de gênero

Resumen

a igualdade é uma das conquistas mais significativas da Constituição de 1988 brasileira, em seu artigo 5º, porém a visão da mulher enquanto propriedade e aquisição perante o matrimônio ainda é latente no plano concreto. Nesse sentido, vários tipos de violência de gênero são sentidas por elas, dentre elas a doméstica e o feminicídio que são formas veladas de exploração dos corpos femininos, causando não raras vezes, a morte. Embora a Lei nº 11.340/06 conhecida como Lei Maria da Penha enquadre a violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral no artigo 7º, tal tipificação não se mostra suficiente à proteção da mulher. Dessa maneira, a literatura contribui no sentido de denunciar as relações de dominação, trazer relatos de abusos, entre outras formas que proporcionam reflexão aos seus leitores. No mesmo sentido, o presente ensaio parte do ponto de vista do romance A cor púrpura, de Alice Walker, que retrata a dura vida de Celie, uma mulher negra, pobre e praticamente analfabeta do sul dos Estados Unidos da primeira metade do século XX. Dessa forma, foi utilizado o método hipotético-dedutivo, partindo da manifestação da violência de gênero da sociedade, chegando na história daquela jovem que conviveu durante toda sua vida com a opressão que muitas mulheres fora do ambiente fictício vivem. Portanto, busca-se entender toda a estrutura do sistema patriarcal, os efeitos da violência contra corpos femininos no âmbito brasileiro e medidas para sanar esse óbice.

Biografía del autor/a

Maria Fernanda Pires

Graduanda em Direito pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), Bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), financiada pela Fundação Araucária e membro do grupo de pesquisa “A intervenção do Estado na vida das pessoas” (INTERVEPES).

Renato Bernardi

Doutor em Direito do Estado (sub-área Direito Tributário)-PUC-SP. Professor efetivo dos cursos de Bacharelado, Mestrado e Doutorado, Membro da Comissão de Coordenação do Programa de Mestrado em Ciência Jurídica, e coordenador do curso de Direito, todos da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). Coordenador do grupo de pesquisa ‘’A intervenção do Estado na vida das pessoas’’ (INTERVEPES). 

Publicado

2023-03-13

Cómo citar

Pires, M. F., & Bernardi, R. (2023). A cor púrpura, de Alice Walker: compreender por que se tolera um comportamento intolerável é compreender como se pode sair dele. COR LGBTQIA+, 1(4), 110–115. Recuperado a partir de https://revistas.ceeinter.com.br/CORLGBTI/article/view/575

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