POLÍTICA DO SILÊNCIO NO SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS DE BRAGANÇA, PARÁ

Visualizações: 113

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.56579/rei.v5i3.631

Palabras clave:

Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Bragança, Silenciamento, Ideologias, Resistências

Resumen

Este artigo tem como objetivo visibilizar o movimento histórico social do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Bragança. A pesquisa tem caráter qualitativo e a coleta de dados foi realizada por meio de observações diretas, entrevistas, levantamentos de documentos e registros fotográficos disponibilizados pelos membros do STTR de Bragança, Estado do Pará, Amazônia oriental. As memórias narrativas dos agricultores e das agricultoras familiares de comunidades tradicionais de Bragança foram ponto de partida para construção da pesquisa. Para efeito de análise utilizamos a Análise de Discurso para evidenciar o que está além dos conteúdos presentes nas falas dos interlocutores. Observou-se que a hierarquização das classes sociais são essencialmente consequências do sistema de produção capitalista, e nos sindicatos é um dos lugares na qual as lutas de classes se materializam. O movimento sindical rural de Bragança, apesar da violenta política de silenciamento, assume uma postura constante de ser resistência e encontra na ação organizada, uma alternativa para juntos lutarem pela garantia de seus direitos, adotando estratégias e ações que possibilitam acessarem lugares de poder.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Fernanda Campos de Araújo, Universidade Federal do Pará

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia (PPLSA), Universidade Federal do Pará (UFPA). Bacharel em engenharia ambiental e energias renováveis pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Especialista em Avaliação de Impactos Ambientais e Processos de Licenciamento Ambiental pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Norma Cristina Vieira, Universidade Federal do Pará

PHD em linguística. Doutora em Biologia Ambiental com ênfase em Estudos sobre Relações de Gênero e de geração, Saberes e Comunidades Tradicionais. Pesquisadora e Professora da Faculdade de Educação e do Programa de Pós- Graduação em Linguagens e Saberes da Amazônia (PPLSA) - Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Bragança. Coordenadora do Grupo de Estudos de Educação Socioambiental (GUEAM). Membra da Cátedra Paulo Freire Amazônia.

Nádia Sueli Araújo da Rocha, Universidade Federal do Pará, Campus Bragança.

Doutora em Educação em Ciências e Matemática pelo Programa de Pós graduação em Educação em Ciências e Matemática da Universidade Federal do Pará - Instituto de Educação Científica e Matemática - (IENCI/PPGECM, 2021). Técnica em Assuntos Educacionais na UFPA no Campus Universitário de Bragança.

Citas

ADICHIE, Chimamanda. Ngozi. O perigo de uma história única. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

ALENCAR, Larissa. Fontinele. POÉTICAS DA “REXISTÊNCIA”: escrituras indígenas de autoria de mulheres potiguara (BRASIL) e mapuche (CHILE). Universidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Letras, Doutorado Em Estudos Literários. Tese, 2022.

ALVEZ, Eliseu; CONTINI, Elisio; HAINZELIN, Étienne. Transformações da agricultura brasileira e ‘pesquisa agropecuária. Cadernos de Ciência & Tecnologia, v. 22, n. 1, p. 37-51. 2005.

ALTHUSSER, Louis. Ideologia e Aparelhos Ideológicos de Estado (Notas para uma investigação). In: ŽIŽEK, Slavoj. Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro, RJ: Contraponto, 1996.

AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro; Editora Jandaíra, 2021.

BERNANDINO-COSTA, Joaze. Saberes Subalternos e Decolonialidade: os Sindicatos das Trabalhadoras Domésticas do Brasil. Brasília: Editora Unb, 2015.

BOITO JÚNIOR, Armando. O Sindicalismo na política brasileira. Campinas: UNICAMP, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, 2005.

BOTTON, Viviane. Bagiotto. María Lugones: da colonialidade do poder à colonialidade de gênero. In: MARIM, Caroline; CASTRO, Susana. Estudos em decolonialidade e gênero. Rio de Janeiro: Ape’Ku, 2021.

BEAUVOIR, Simone. O Segundo Sexo: fatos e mitos. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1970.

BORBA, Eder Ribeiro; FABRINI, João Edmilson. A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA LUTA SINDICAL: o caso do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Francisco Beltrão/PR. Revista Pegada, v. 17 n. 2. 2016. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/pegada/article/view/4631/3578. Acesso em: 10 jul. 2022. DOI: https://doi.org/10.33026/peg.v17i2.4631

BRUMER, Anita.; ANJOS, Gabriele. Gênero e reprodução social na agricultura familiar. Revista NERA, v. 11, n. 12. 2008. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera. Acesso em: 3 out. 2021.

COLETTI, Claudinei. Os sindicatos de trabalhadores rurais no Brasil: origem e características fundamentais. Revista de Direitos Fundamentais, v. 1, n. 2. 2019. DOI: https://doi.org/10.29327/213440.1.2-7

COLAÇO, Thais Luzia; DAMÁZIO, Eloise da Silveira Petter. Novas Perspectivas para a Antropologia Jurídica na América Latina: o Direito e o Pensamento Decolonial. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2012. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/99625/VDNovas-Perspectivas-FINAL-02-08-2012.pdf?sequence=1. Acesso em: 7 jul. 2021.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 4. ed. Curitiba: Positivo, 2009.

FRIEDBERG, Erhard. O poder e a Regra: Dinâmica da Acção Organizada. Instituto Piaget; Epistemologia e Sociedade, 1993.

FURQUIM, Carlos Henrique Brito. A Pesquisa Identitária e o Sujeito que Pesquisa. Cadernos de Gênero e Diversidade, v. 5, n. 1, p. 12-23. 2019. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/cadgendiv/article/view/31914/18983. Acesso em: 5 jun. 2022. DOI: https://doi.org/10.9771/cgd.v5i1.31914

GUERRA, Gutemberg. Armando Diniz. Organizações rurais e camponesas no estado do Pará. In: FERNANDES, Bernardo. Mançano; MEDEIROS, Leonilde Servolo; PAULILO, Maria Ignez. Lutas camponesas contemporâneas: condições, dilemas e conquistas: O campesinato como sujeito político nas décadas de 1950 a 1980. São Paulo: Editora UNESP; Brasília: Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural, 2009.

GUIMARÃES, Antonio Sérgio. Sociologia e natureza: classe, raça e sexos. In: ABREU, Alice Rangel de Paiva; HIRATA, Helena; LOMBARDI, Maria Rosa. Gênero e Trabalho no Brasil e na França: Perspectivas interseccionais. São Paulo: Boitempo, 2016.

HALL, Stuart. Identidade cultural na pós-modernidade. 12 ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2020.

HOOK, Bell. Amor como ato de liberdade. Anãnsi: Revista de Filosofia, Salvador, v. 2, n. 2. 2021.

MATTOS, Marcelo Badaró. Classes sociais e luta de classes: a atualidade de um debate conceitual. Revista EmPauta, n. 20, p. 33-55. 2007.

MELO, Iran Ferreira de. Análise do Discurso e Análise Crítica do Discurso: desdobramentos e intersecções. Letra Magna, n. 11, p. 1-18. 2009. Disponível em: http://www2.eca.usp.br/Ciencias.Linguagem/Melo_ADeACD.pdf. Acesso em: 26 jul. 2022.

NASCIMENTO, Durbens Martins. A GERRILHA DO ARAGUAIA: Paulistas e militares na Amazônia. Universidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido. Mestrado Internacional em Planejamento do Desenvolvimento. Dissertação, 2000.

ORLANDI, Eni de Lourdes Puccinelli. As formas do silêncio: no movimento dos sentidos. 6 ed. Campinas/SP: Editora Unicamp, 2007. DOI: https://doi.org/10.7476/9788526814707

OLSON, Mancur. A lógica da ação coletiva: os benefícios públicos e uma teoria dos grupos sociais. Trad. Fábio Fernandez. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2015.

PÊCHEUX, Michel. O mecanismo do (des)conhecimento ideológico. In: ŽIŽEK, Slavoj. Um mapa da ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. 143-153 p.

PÊCHEUX, Michel. Delimitações, Inversões e Deslocamentos. Caderno de Estudos Linguísticos, v. 19, p. 7-24. 1990.

PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Editora Unicamp, 2016.

PISCITELLI, Adriana. Gênero: a história de um conceito. In: ALMEIDA, Heloisa Buarque de; SZWAKO, José. Diferenças, igualdade. São Paulo: Berlendis & Vertecchia, 2009.

REIS, João Emílio de Assis; BOER, Leonardo Caetano. O sindicato e seus delineamentos no direito do trabalho. Manhuaçu: Pensar Acadêmico, v. 16, n. 1, p. 49-63. 2018. DOI: https://doi.org/10.21576/rpa.2018v16i1.331

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala?. 1 ed. Belo Horizonte: Letramento, 2017.

SANTILLI, Juliana. Agrobiodiversidade e direitos dos agricultores. São Paulo: Peirópolis, 2009.

SCHNEIDER, Sergio.; CASSOL, Abel. Diversidade e heterogeneidade da agricultura familiar no brasil e algumas implicações para políticas públicas. Cadernos de Ciência & Tecnologia, v. 31, n. 2, p. 227-263. 2014.

SHIVA. Vandana. Monoculturas da mente: perspectivas da biodiversidade e biotecnologia. São Paulo: Gaia, 2003.

SOUZA-LOBO, Elisabeth. A classe operaria tem dois sexos: trabalho, dominação e resistência. 3 ed. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, Editora Expressão Popular, 2021. 304 p.

VINUTO, Juliana. A AMOSTRAGEM EM BOLA DE NEVE NA PESQUISA QUALITATIVA: um debate em aberto. Temáticas, v. 22, n. 44, p. 203-220. 2014. Disponível em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/tematicas/article/view/10977. Acesso em: 8 ago. 2022. DOI: https://doi.org/10.20396/tematicas.v22i44.10977

WANDERLEY, Maria de Nazareth Baudel. O Campesinato Brasileiro: uma história de resistência. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 52, p. 25-44. 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-20032014000600002

Publicado

2023-07-29

Cómo citar

Campos de Araújo, F., Vieira, N. C., & Araújo da Rocha, N. S. (2023). POLÍTICA DO SILÊNCIO NO SINDICATO DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS RURAIS DE BRAGANÇA, PARÁ. Revista De Estudios Interdisciplinarios, 5(3), 48–69. https://doi.org/10.56579/rei.v5i3.631

Número

Sección

Dossiê: Relações de Exploração/Opressão e expressões da questão social na América Latina

Artículos similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.