NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE CASOS DE VIOLÊNCIA:

DESAFIOS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOB UMA PERSPECTIVA INTERSETORIAL

Visualizações: 221

Autores/as

Palabras clave:

mulher, violência, notificação, profissionais de saúde

Resumen

A violência é um fenômeno sociocultural que viola direitos e acentua as desigualdades sociais. Mulheres, negros, LGBTQIA+, indígenas e aqueles em situação de rua sofrem, além das violências que afetam a sociedade brasileira em geral, uma série de outras agressões específicas: sexismo, racismo, homofobia, transfobia. É importante o profundo conhecimento sobre o assunto; os conceitos e definições trabalhados no Brasil e na OMS; a natureza e a tipologia da violência; a abordagem da vítima; o lugar e o papel dos governantes, da gestão da saúde pública, do Poder Judiciário e as suas potencialidades para contribuir na prevenção e diminuição da violência; as responsabilidades dos gestores em todos os níveis; os obstáculos para atuação e os desafios para o setor. Busca-se elementos para um diagnóstico correto e que reflita a realidade vivida, particularmente em Barbacena, além de observar a capacidade de influir do profissional de saúde nos rumos da aplicação da lei penal e, principalmente, na efetividade dos direitos fundamentais no Brasil por meio do desenvolvimento de políticas públicas. Tem como objetivo também analisar a constitucionalidade ou inconstitucionalidade da lei, recentemente aprovada, sobre a compulsoriedade de notificação dos casos de violência contra a mulher pelos profissionais de saúde às autoridades judiciais.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Debora Amaral, Centro Universitário Presidente Antônio Carlos/UNIPAC

Advogada, Professora Mestre do Curso de Direito do Centro Universitário Presidente Antônio Carlos/UNIPAC e da Fundação José Bonifácio Lafayette de Andrada/ Faculdade de Medicina de Barbacena/FAME de Barbacena, Minas Gerais, Brasil.

Citas

AGOSTINI, M. Agravos à saúde decorrentes da violência. In: FLEURY-TEIXEIRA, E.; MENEGHEL, S. N. (Org). Dicionário feminino da infâmia: acolhimento e diagnóstico de mulheres em situação de violência. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2015. p. 28-30.

BOUJIKIAN, Kenarik. A Portaria 2.282 do Ministério da Saúde e a infância interrompida. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2020-set-02/escritos-mulher-portaria-2282ms-infancia-interrompida Acesso em 12 de março de 2022.

BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, de 5 de outubro de 1988. Site Presidência da República Federativa do Brasil. Disponível em <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em 28 de agosto de 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 737, de 16 de maio de 2001. Aprova a Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 maio 2001. Disponível em: https://bit.ly/31Tm45P >. Acesso em 7 de julho de 2022.

» https://bit.ly/31Tm45P

BRASIL. Lei nº 13931 de 10 de dezembro de 2012. Altera a Lei nº 10.778, de 24 de novembro de 2003, para dispor sobre a notificação compulsória dos casos de suspeita de violência contra a mulher.

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/L13931.htm Acesso em 15 de agosto de 2022.

BRASIL. Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 8 ago. 2006. Disponível em: https://bit.ly/3dISzch >. Acesso em: 7 julho de 2022.

BRASIL. Portaria nº 2.561/2020 do Ministério da Saúde. Disponível em: https://brasilsus.com.br/index.php/pdf/portaria-no-2-561/ Acesso em 13 de julho de 2022.

DALHBERG, Linda L.; KRUG, Etienne G. Violência: um problema global de saúde pública. Ciência & Saúde Coletiva, ano 11, 2007, p. 1163-1178.

Devastadoramente generalizada: 1 em cada 3 mulheres em todo o mundo sofre violência. Organização Pan-americana de Saúde/OPAS. Publicado em 09 de março de 2021. Disponível em: https://www.paho.org/pt/noticias/9-3-2021-devastadoramente-generalizada-1-em-cada-3-mulheres-em-todo-mundo-sofre-violencia acesso em 15 de abril de 2022.

IPEA - INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Atlas da violência 2020. Brasília, DF, 2020. Disponível em: https://bit.ly/39Lvepp. ou

https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/24/atlas-da-violencia-2020. Acesso em: 20 abril de 2022.

LEÃO, Ingrid. ADI 6552: mais uma pauta sobre aborto legal na mesa do STF. Portal Justificando. Disponível em: https://www.justificando.com/tag/adi-6552/. Acesso em 11 de março de 2022.

MINAYO, Maria Cecília de Souza. Conceitos, teorias e tipologias de violência: a violência faz mal à saúde. In: NJAINE, Kathie; ASSIS, Simone Gonçalves de; CONSTANTINO, Patrícia (org.). Impactos da Violência na Saúde. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2010.

MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do Consumidor. 4ª ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2013.

MUSZKAT, Susana. Desamparo e violência de gênero: uma formulação. In: FRANÇOIA, Carla; PORCHAT, Patrícia; CORSETTO, Patrizia (Orgs.). Psicanálise e Gênero: narrativas feministas e queer no Brasil e na Argentina. Curitiba: Calligraphie, 2018.

SALIBA, Orlando et al . Responsabilidade do profissional de saúde sobre a notificação de casos de violência doméstica. Revista de Saúde Pública, São Paulo , v. 41, n. 3, p. 472-477, June 2007. Disponível em: . Acesso em: 25 de abril de 2022.

SANTOS, Maria de Fátima Oliveira dos. etal. Limites do segredo médico: uma questão ética. Faculdade de Medicina e Enfermagem Nova Esperança, 2012.

Disponível em: <http://www.facene.com.br/wp-content/uploads/2010/11/Limites-do-segredom%E2%94%BC%C2%A2dico_com-altera%E2%94%9C%C2%BA%E2%94%9C%C3%BAo-dos-autores_30.11.12-PRONTO.pdf. >. Acesso em: 25 de abril de 2022.

SILVA, Artenira da Silva e. Notificação compulsória de casos de violência doméstica sob a ótica da bioética feminista. Revista Libertas, Juiz de Fora, v.19, n.1, p.180-199, jan./ jul. 2019 ISSN 1980-8518196.

Disponível em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/libertas/article/view/27781/18979 acesso em 25 de agosto de 2022.

VIDOTTI, Miriele. Sobre a notificação compulsória de violência sexual pelos médicos. Consultor Jurídico. Publicado em 09 de setembro de 2021. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2021-set-09/vidotti-notificacao-compulsoria-violencia-sexual-pelos-medicos Acesso em 15 de agosto de 2022

World Health Organization. Global consultation on violence and health. Violence: a public health priority. Geneva: WHO; 1996 (document WHO/EHA/ SPI.POA.2)

Publicado

2023-02-22

Cómo citar

Amaral, D. (2023). NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA DE CASOS DE VIOLÊNCIA: : DESAFIOS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE SOB UMA PERSPECTIVA INTERSETORIAL. Revista De Estudios Interdisciplinarios, 4(5), 14–27. Recuperado a partir de https://revistas.ceeinter.com.br/revistadeestudosinterdisciplinar/article/view/442

Número

Sección

Dossiê Direitos Humanos, Grupos Vulneráveis e Violênias

Artículos similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.