A FALÁCIA DA “IDEOLOGIA DE GÊNERO”: ARTIMANHAS NEOLIBERAIS E O PÂNICO MORAL PARA REGULAÇÃO DE CONDUTAS

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Autores

  • Nilson Carlos Nascimento dos Santos Universidade Estadual de Santa Cruz
  • Elis Cristina Fiamengue Universidade Estadual de Santa Cruz

Palavras-chave:

Políticas Públicas Educacionais; Ideologia de Gênero; Pânico Moral.

Resumo

Essa pesquisa objetiva analisar como as políticas públicas voltadas para a educação são impregnadas pela ideologia neoliberal, em atenção ao modo como essa ideologia engendra mecanismos de apagamento, controle e silenciamento contra a população LGBTQIAP+. A pesquisa, de cunho qualitativo, lança mão da revisão bibliográfica para desenvolver a análise que se dá a partir do golpe institucional contra a presidenta Dilma em 2016, considerando os desmontes levados a cabo pelo governo Temer (2016-2019) e o consequente avanço de políticas neoliberais de viés neoconservador e neofacista que seguem orquestrando ofensivas a essa parcela da população no intuito de retirar-lhe direitos humanos e em última instância, o direito à vida. A escola, enquanto microespaço de poder, é um celeiro de ideologias e se insere no espaço de disputa das políticas públicas voltadas para a educação. Não por acaso, ao tomar posse em 2019, o presidente Jair Bolsonaro afirmava que “libertaria” o país de opressões, incluindo, de acordo com suas palavras, a “ideologia de gênero”. Com esse discurso estava pavimentado o caminho para o pânico moral ganhar corpo sob a falácia da “ideologia de gênero”, narrativa imaginária, que já vinha sendo articulada desde o primeiro semestre de 2014 por segmentos religiosos ultraconservadores, de forma conveniente a seus interesses, que se empenharam arduamente no processo de banimento das temáticas gênero, sexualidade, diversidade de gênero nas escolas dos planos de educação, tanto da esfera estadual quanto municipal. Conclui-se que o objetivo foi e continua sendo, portanto, despertar o pânico moral, instituindo o medo na população e ocultando os reais motivos dessas ofensivas: refutar os estudos de gênero e deslegitimar as políticas públicas voltadas para a população LGBTQIAP+ e o movimento feminista, negando-lhes visibilidade e direitos humanos. Nos respaldam nessa discussão os seguintes autores, cujos estudos abarcam políticas públicas educacionais, as questões de gênero e sexualidade no âmbito escolar e pânicos morais: SOUZA (2012), COHEN (2002), MISKOLCI (2018), FRIGOTTO (2017), ANTUNES, (1999) entre outros.

Biografia do Autor

Nilson Carlos Nascimento dos Santos, Universidade Estadual de Santa Cruz

Mestrando do progrma Mestrado Profissional em Educação pela Universidade Estadual de Santa Cruz - BA

Elis Cristina Fiamengue, Universidade Estadual de Santa Cruz

Doutora em Sociologia, Professora Adjunta de Dep. de Ciências da Educação da Universidade Estadual de Santa Cruz - BA,

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Publicado

2023-12-15

Como Citar

Santos, N. C. N. dos, & Fiamengue, E. C. (2023). A FALÁCIA DA “IDEOLOGIA DE GÊNERO”: ARTIMANHAS NEOLIBERAIS E O PÂNICO MORAL PARA REGULAÇÃO DE CONDUTAS. ANAIS DO SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE HISTÓRIA E EDUCAÇÃO, 2, 162–162. Recuperado de https://revistas.ceeinter.com.br/anaisseminariodehistoriaeeducaca/article/view/1011

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