VISUALIDADES NA CIBERCULTURA E DOCÊNCIA EM ARTES VISUAIS: UMA PESQUISA EM PROCESSO

Resumo

Com a suspensão das aulas nas redes pública e privada, em função da pandemia de COVID-19 (2020), as escolas foram fechadas e os recursos tecnológicos largamente utilizados tornam-se as principais mídias de interação entre escola, gestão, professores e alunos. As visualidades na cibercultura foram as principais fontes de mediação entre alunos e professores, em especial, no Ensino de Artes Visuais. Porém, ainda que auxiliaram os professores, trouxeram diferentes questionamentos em termos de recursos, acesso, criação, adaptação de formas semelhantes ou divergentes às práticas utilizadas no ensino presencial. Percebe-se, desta forma, que outras problemáticas foram anunciadas, e que ocorreram independente do conhecimento tecnológico, pois o que precisamos refletir é sobre a atitude multifacetada necessária ao professor para integrar as TIC no currículo. Para isto ocorrer, um balanceamento deve ser realizado entre os conhecimentos a nível científico ou dos conteúdos, a nível pedagógico e também a nível tecnológico. Além disso, as questões vivenciadas pelos professores de Artes Visuais mostram as dificuldades inerentes ao processo da cibercultura, em especial as redes sociais e da proliferação de imagens dispostas em todos os meios, as quais necessitam ser trabalhadas para uma compreensão crítica das visualidades e dos meios de produção das culturas visuais. Junta-se ao cenário apresentado, a vivência da velocidade e esgotamento com a intensificação de cotidianos cada vez mais produtivos, no qual o sujeito realiza múltiplas tarefas na busca pela excelência laboral, desencadeando inquietudes e hiperatividade. O texto apresenta uma pesquisa qualitativa em andamento, que busca compreender as relações estabelecidas entre as visualidades e as práticas de ensino de professores de Artes Visuais em termos de emergências e contingências ocorridas pelas transformações nas formas de educação remota/presencial.