POPULAÇÃO LGBTQIA+ E A DOCÊNCIA

COMO A LGTBFOBIA AFETA DOCENTES NO ÂMBITO ESCOLAR

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Palavras-chave:

Docência; LGBTQIA+; Escola; Sociedade

Resumo

O presente artigo, trata de um estudo qualitativo que objetiva investigar, organizar atualizar e expandir o conhecimento sobre a temática “pessoas LGBTQIA+ enquanto docentes”. Visa-se através desta pesquisa, entender em que medida os professores e professoras que não se identificam com a heterossexualidade, são impactados(as) pela LGBTfobia nas escolas públicas paranaenses.  Considera-se neste projeto, que a escola é tida como um ambiente extremamente hostil contra discentes LGBTQIA+, uma vez que ela reflete em microescala os mecanismos de exclusão presentes na sociedade, configurando-se portanto, como um local de violência e assumindo um papel diferente do que lhe cabe. Logo, mediante a análise da trajetória profissional de onze docentes que se propuseram a participar deste trabalho, diligenciou-se responder se o ambiente escolar é tão hostil contra educadores LGBTQIA+ quanto é para os educandos. O estudo, como já colocado, é qualitativo, o qual utilizou-se a metodologia da análise da trajetória de profissionais LGBTQIA+ de escolas públicas de Curitiba e região metropolitana. A metodologia escolhida, contribuiu para o exame do cotidiano vivido por cada um(a) dos(as) professores(as) pesquisados(as), na tentativa de responder as questões iniciais de acordo com o relato da vivência e experiência de cada participante. Dessarte, fica evidente que as escolas que compuseram a pesquisa, são ambientes agressivos contra indivíduos que não se enquadram nas normas heteronormativas estabelecidas socialmente, principalmente quando pertencentes ao sexo masculino, independentemente de serem discentes ou docentes, alterando-se apenas a visibilidade das violências para com cada grupo. Notabilizou-se, além disso, a busca das escolas por silenciar os supracitados indivíduos juntamente com as discussões sobre questões que envolvam a comunidade LGBTQIA+ em seu espaço. Denota-se desta maneira, que os resultados encontrados corroboraram com a afirmação inicial de que a escola é um ambiente LGBTfóbico, se podendo afirmar que educadores(as) não heterossexuais também são impactados pela LGBTfobia que a envolve. E, embora a violência referida não tenha origem no espaço escolar, é cabível enfatizar que as instituições atuam como reflexos ativos da sociedade, tendendo a espelhar todas as práticas sociais, inclusive as discriminatórias. Por fim, ressalta-se que, apesar de as instituições apresentarem demasiados aspectos negativos, sobretudo quando o assunto em questão é a diversidade, muitos docentes acreditam que elas podem resultar em locais menos desiguais, admitindo que há possibilidades de levar, principalmente os estudantes, a pensamentos menos discriminatórios frente a questões como diversidade de gênero, sexual e racial, mesmo que isso represente um trabalho árduo pela frente. Em suma, salienta-se neste projeto, que o fato de se perceber o potencial crítico, educativo e questionador da escola, pode indicar o caminho para que haja mudanças de posturas e de comportamentos, e quiçá, articulando este âmbito a outros recintos de importância social, possa haver transformações que abram horizontes a curto, médio e longo prazo.

Biografia do Autor

Jean Carlo de Carvalho, Pontifícia Universidade Católica do Paraná

Graduado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR, graduando em Letras pelo Centro Universitário Internacional - UNINTER.

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Publicado

2023-09-03

Como Citar

Carlo de Carvalho, J. (2023). POPULAÇÃO LGBTQIA+ E A DOCÊNCIA: COMO A LGTBFOBIA AFETA DOCENTES NO ÂMBITO ESCOLAR. ANAIS DO SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E DIREITOS HUMANOS, 1(1), 01–02. Recuperado de https://revistas.ceeinter.com.br/anaisdoseminarioeducacaodiversid/article/view/641

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