ENTRE A FORMAÇÃO DE SUJEITOS-LEITORES E A FORMAÇÃO DOCENTE
O ESPAÇO DO ENSINO DE LITERATURA NA MODALIDADE REMOTA
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Ensino remoto; Literatura e História; Sujeitos-leitores.Resumo
O presente trabalho se pauta no relato de experiência de um curso de extensão realizado ao longo do segundo semestre de 2021 ofertado às(aos) graduandas(os) da licenciatura em Letras - Português e Espanhol EAD intitulado Problematização acerca do ensino de literatura e da formação de sujeitos-leitores. Nas atividades voltadas para a criação do curso, houve a preocupação em instigar as(os) licenciandas(os) por meio de reflexões sobre a relação entre literatura e história, bem como questionar os sentidos do fazer docente presente na formação de sujeitos-leitores. A partir dessa abordagem e das reuniões e leituras realizadas durante a preparação do curso, foi possível repensar e reavaliar algumas metodologias sobre o ensino da literatura. Cabe, portanto, destacar três fatores importantes na construção do curso: a) escolha de duas obras para cada um dos seis países do Conesul (marcados pela Operação Condor no período de suas ditaduras) selecionados para compor o curso – uma de autoria feminina e outra de autoria masculina; b) destaque às autoras para os encontros síncronos, deixando os autores para leituras realizadas no assíncrono; e c) proposição de atividades às(aos) educandas(os) que favorecessem a análise das obras articulando-as aos seus contextos sócio-históricos. A interface do projeto foi construída na plataforma E-projeto UFPEL, na qual foram elaborados tópicos para cada encontro síncrono e atividades para os encontros assíncronos, organizados a partir da ditadura mais antiga até a mais recente, sendo elas: Paraguai, Brasil, Bolívia, Uruguai, Chile e Argentina. Compreendeu-se que a oferta de cursos de extensão na modalidade remota traz desafios a serem superados, tais como a (não) participação ativa de alunos em encontros síncronos, as dificuldades de acesso à internet, entre outros fatores já tão comuns nessa realidade de ensino. Evidencia-se, assim, que as atividades remotas demandam uma constante estimulação e atualização, visando a efetiva participação nas discussões propostas.