PREVENÇÃO DO COMPORTAMENTO AUTOLESIVO E SUICIDA NAS ESCOLAS POR MEIO DA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES(AS)
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Formação continuada, Suicídio, Autolesão, LGBTI+Resumo
Este texto é um desdobramento crítico e reflexivo proposto posterior à conclusão de pesquisa desenvolvida junto ao Núcleo de estudos e pesquisas em educação antirracista, em diversidades e em direitos humanos (NEPEADDH) ligado ao Programa de Pós-graduação em Educação (PGEDU), da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS, Unidade de Paranaíba). A pesquisa citada problematizou a prevenção de práticas consideradas autodestrutivas como é o caso do suicídio e da autolesão. O público-alvo da pesquisa envolveu profissionais de três áreas, sendo: educação (coordenação pedagógica); profissional de serviço de saúde mental (coordenação do CAPS – Centro de Atenção Psicossocial) e profissional de serviço de proteção social (coordenação do CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social). Estes serviços por serem responsáveis por atuarem com as demandas de estudantes LGBTI+ regularmente matriculados(as) em escolas de séries finais do Ensino Fundamental (6º ano ao 9º ano) e do Ensino Médio da rede pública estadual de ensino de um município sul-mato-grossense. Neste texto, o objetivo é problematizar a importância da formação continuada de professores(as) frente às situações de risco potencialmente capazes de levar adolescentes a condutas audestrutivas (práticas autolesivas e a tentativa suicida). Problematizar a questão por meio das experiências de estudantes LGBTI+ volta-se para o fato de que nas escolas ainda é presente a prática de LGBTI+fobia, necessitando observar ações focadas na redução de danos e sofrimentos que esse tipo de violência gera nessa fase da vida em período escolar. A abordagem de pesquisa foi de base metodológica pós-crítica em educação em razão de entender que as questões relacionadas às vulnerabilidades de estudantes na fase da adolescência demandam atenção de professores(as) e outros(as) profissionais da escola a fim de cuidar para evitar que a LGBTI+fobia se instale como uma cultura nas unidades de ensino. Diante disso, foram realizadas entrevistas e aplicação de questionário com os(as) profissionais das áreas de educação, saúde e assistência social para entender as relações e práticas de trabalho em rede para lidar com a prevenção de situações relacionadas às práticas autolesivas e comportamentos suicidas na fase da adolescência entre os 12 e 18 anos incompletos. Como resultados, tivemos várias questões a serem trazidas, como por exemplo, a falta de tratamento de aspectos relacionadas às diversidades de gênero e de sexualidades nas escolas como fatores que podem culminar nas práticas de autolesão e tentativas de suicídio. No entanto, o que mais chamou a atenção foi o fato de que os(as) profissionais, especialmente da área da educação, indicaram que as temáticas de autolesão e prevenção do suicídio só ocorrem durante o mês alusivo ao Setembro Amarelo, não tornando-se ações contínuas durante o ano letivo ou de temas voltados para a formação continuada.