HISTÓRIA E EDUCAÇÃO
UMA BREVE OBSERVAÇÃO A PARTIR DE ROUSSEAU
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História, Educação, Rousseau, Emílio, HumanizaçãoResumo
No decurso da humanidade, dentro da evolução, do simples ao complexo, o processo de ensinar e aprender entre pares mostra-se inerente ao homo-sapiens. Este, tendo a capacidade de operar e raciocinar logicamente nas suas atividades do dia a dia e na complexidade da existência e coexistência, faz dessa possibilidade uma realidade sempre que lhe é possível. Tendo em vista o caminho traçado pela sociedade, esta, inicialmente, constituiu-se em apenas algumas convenções gerais a que todos os participantes se comprometiam e de que a comunidade se fazia fiadora perante cada um deles (ROUSSEAU, 2010, p.133). Em se tratando do que foi considerado como Estado de Natureza do homem e, posterior a isso, no decorrer da evolução das relações entre os homens, os acordos estabelecidos e as relações travadas a partir destes foram motores que ativaram ainda mais a necessidade de aprender e ensinar. O Filósofo Iluminista Jean-Jacques Rousseau contribui para o campo social-educacional ao trazer a criança como sendo o centro do processo educativo. Considerado por muitos como inaugurador do que hoje concebemos como infância, sabemos que ao escrever Emílio, ou da educação, o autor propõe uma educação livre na qual a criança, em contato com a natureza¸ adquire um conhecimento pela experiência, vivenciando situações novas e aprendendo a lidar com elas (FURTADO, 2019, p.30). Todavia, mesmo sendo capaz de ensinar e aprender, as formas e possibilidades que são o nesta relação, por motivos individuais e particulares, sociais e coletivos, tendem a deteriorar o produto final da obra, ou seja, o aluno. No contexto Brasileiro, desde o final do século XIX até os dias atuais, a educação publica encontra dificuldades em fornecer uma formação que englobe as matrizes necessárias à sua clientela. Não bastara as influências do modelo educativo fornecido por Rousseau e seus precursores, como por exemplo Piaget e Montessori. O que se deu em grande parte da prática educativa no chão das escolas, foi a reprodução de um modelo de educação onde a criança se encontra distante da pratica de ensino, sobretudo pelo caráter superficial que a instrução pedagogia obteve. Sendo uma mera reprodução, utilizando-se cada vez menos da proposta de Rousseau a humanização através da educação, reconectando-o com a natureza e a utilização mínima da representação, foram substituídos pelo reducionismo de práticas que formaram uma sociedade com uma péssima instrução no modus operantes da vida e, ademais, a educação vendo sendo considerada como matéria superficial, facilmente substituível. Colocando em zona de descrédito e demérito tanto aquele que ensino quanto o que aprende.