Corpos dissidentes na cisheteronormatividade
a relação dos corpos trans com os espaços urbanos
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gênero, cisheteronormatividade, população trans, espaços urbanosResumo
o espaço geográfico, formado pelo meio físico natural e antrópico, abrange, entre suas formações, além dos planos materiais, construções ideológicas, políticas, sociais e culturais. Tais formações refletem na estruturação e na forma que esse espaço é ocupado e por quem é (e pode ser) ocupado. Sob essa perspectiva, o objetivo dessa pesquisa foi analisar como se dá o movimento de apropriação dos espaços urbanos pelas pessoas trans levando em conta os elementos que formam a sociedade, a construção cisheteronormativa da sociedade e a forte presença da masculinidade tóxica. A metodologia consistiu em uma revisão de literatura e levantamento de dados disponibilizados do dossiê da ANTRA (2020). Trata-se de uma pesquisa de cunho explicativo, apresentando uma abordagem qualitativa e uso do método histórico. Entre os principais resultados, destaca-se que ao considerar a forma que a sociedade está construída, sendo ela culturalmente machista, patriarcal, cisheteronormativa e ainda considerando o androcentrismo como um comportamento atemporal, observa-se que há a marginalização e eliminação de corpos TRANS nos espaços urbanos, sendo estes impedidos de experienciar seus direitos de cidadão, pois são vítimas da enraizada transfobia, sendo esse produto da cisheteronormatividade e da masculinidade tóxica.