Autorretrato
ato performativo
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fotografia, autorretrato, ato performativoResumo
A presente série reflete sobre o autorretrato enquanto criação que documenta e inventa uma realidade, menos como testemunho indicial e mais como construção ou ato performativo, considerando a linguagem como ação (BUTLER, 2018). Estou seguindo a noção de fotografia como performance, que tem no experimento de Hippolyte Bayard, O Afogado (1840), um de seus começos. A fotografia, segundo González Flores (2011), pode significar uma “vontade de ficção”. Esse entendimento aproxima pintura e fotografia, enxergando esta última por sua artisticidade. Desse modo, a verdade fotográfica funciona apenas pelo consenso em torno de convenções culturais como “exatidão”, “precisão”, “continuidade com o real”. Nas imagens a seguir, exploro a linguagem fotográfica para gerar torções, distorções, optando pelo preto e branco para enfatizar o não realismo.