EVASÃO ESCOLAR E NOVAS TECNOLOGIAS

ANÁLISE DAS INFLUÊNCIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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Autores

  • Cíntia de Oliveira Lopes Santos Universidade UNIDA

DOI:

https://doi.org/10.56579/eduinterpe.v1i1.2000

Palavras-chave:

Evasão Escolar, Novas Tecnologias, Educação de Jovens e Adultos, Inclusão Digital, Desigualdade Educacional

Resumo

A evasão escolar na Educação de Jovens e Adultos (EJA) representa um desafio persistente no cenário educacional, influenciado por fatores socioeconômicos, culturais e tecnológicos. Este estudo adota uma abordagem qualitativa, baseada em revisão bibliográfica, para analisar as principais causas da evasão e o papel das novas tecnologias na tentativa de mitigar esse problema. Autores clássicos, como Freire (1987), e contemporâneos, como Arroyo (2017), Selwyn (2020) e Moran (2022), fornecem embasamento teórico para compreender a dinâmica da EJA e suas dificuldades estruturais. A EJA desempenha um papel fundamental na promoção da inclusão educacional ao oferecer uma nova oportunidade para aqueles que não puderam concluir sua formação na idade apropriada. No entanto, os desafios enfrentados pelos estudantes desse segmento são inúmeros, abrangendo dificuldades financeiras, sobrecarga de responsabilidades familiares e a necessidade de conciliar estudo e trabalho (Arroyo, 2017). Como consequência, as taxas de evasão escolar na EJA permanecem elevadas, comprometendo o desenvolvimento educacional e profissional dos alunos. Nesse contexto, as tecnologias digitais emergem como uma ferramenta potencialmente transformadora. Plataformas de ensino a distância, aplicativos educacionais e ambientes virtuais de aprendizagem podem proporcionar maior flexibilidade, permitindo que estudantes organizem seus estudos de acordo com suas rotinas. Moran (2022) destaca que a tecnologia, quando bem implementada, favorece a autonomia dos alunos e amplia o alcance da educação. No entanto, esse potencial é limitado por barreiras estruturais. A desigualdade no acesso à tecnologia, conhecida como abismo digital, impacta especialmente estudantes de baixa renda, que frequentemente não dispõem de dispositivos adequados ou conexão à internet estável (Selwyn, 2020). Além disso, o uso da tecnologia na educação exige habilidades específicas, como alfabetização digital e autogestão. Estudantes com pouca familiaridade com ferramentas digitais podem se sentir sobrecarregados e desmotivados, aumentando as chances de abandono escolar. Freire (1987) já apontava a importância de um ensino dialógico, que considere a realidade dos estudantes para que a aprendizagem seja significativa. Se a tecnologia não for acompanhada de um suporte pedagógico adequado, ela pode intensificar as desigualdades ao invés de reduzi-las. Os resultados da análise indicam que o combate à evasão escolar na EJA exige estratégias integradas. Em termos de políticas públicas, é necessário investir na ampliação do acesso à tecnologia, garantindo equipamentos e internet de qualidade para estudantes em situação de vulnerabilidade. Além disso, programas de formação digital devem ser implementados, capacitando alunos e professores para o uso eficaz das ferramentas tecnológicas (Moran, 2022). No âmbito pedagógico, a combinação de metodologias ativas e suporte psicopedagógico pode contribuir para maior engajamento e permanência dos alunos no ambiente escolar. Dessa forma, conclui-se que a tecnologia pode ser uma aliada na redução da evasão escolar na EJA, desde que seja utilizada de maneira inclusiva e integrada a práticas pedagógicas humanizadas. O investimento em inclusão digital e políticas de suporte aos estudantes é essencial para garantir uma educação equitativa e acessível a todos.

Biografia do Autor

Cíntia de Oliveira Lopes Santos , Universidade UNIDA

Aluna do curso de Mestrado em Ciências da Educação na Universidade UNIDA - PY. E-mail: oliverlopes_69@hotmail.com

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Publicado

25-05-2025

Como Citar

Santos , C. de O. L. (2025). EVASÃO ESCOLAR E NOVAS TECNOLOGIAS: ANÁLISE DAS INFLUÊNCIAS NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS. Anais Congresso De Educação, Interdisciplinaridade E Práticas Escolares, 1(1), 01–02. https://doi.org/10.56579/eduinterpe.v1i1.2000

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