TIC E CULTURA DIGITAL
DESAFIOS PARA A AQUISIÇÃO DE COMPETÊNCIAS DIGITAIS NO ENSINO MÉDIO
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https://doi.org/10.56579/eduinterpe.v1i1.1934Palavras-chave:
Nativos Digitais, Competências Digitais, Tecnologias EducacionaisResumo
As Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), quando planejadas e integradas ao currículo, contribuem para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. Reforçando esta ideia a lei n.º 14.533, aprovada em 11 de janeiro de 2023, instituiu a Política Nacional de Educação Digital (PNED), enfatizando a importância da educação digital estar presente na grade curricular da educação básica, como um componente focado no letramento digital e no ensino de computação, programação, robótica e outras competências digitais. Esta orientação mobiliza reflexões acerca das condições básicas de acesso (infraestrutura, disponibilidade de internet, dispositivos eletrônicos adequados, dentre outros aspectos) nos espaços escolares. Bem como da qualificação dos docentes para inserção das TIC na sua prática pedagógica, incentivando o uso ético e responsável em meio a cultura digital. Ainda é crucial um olhar atento ao público de nativos digitais que a escola recebe diariamente. O quão digitais são de fato? As gerações atuais vivenciam desde muito cedo um contexto de cultura digital, entretanto observa-se a necessidade do desenvolvimento de competências digitais básicas. Este trabalho visa conhecer aspectos do comportamento digital dos estudantes, seus conhecimentos sobre tecnologias educacionais e possibilidades de uso para impulsionar os estudos. A metodologia adotada foi a snowball (bola de neve), na qual um participante indica outro até esgotar as possibilidades de respostas. Após explicar o objetivo da pesquisa, o link do formulário com 20 questões foi compartilhado por WhatsApp com os estudantes do 2° ano do ensino médio integrado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará - campus Tabuleiro do Norte, Ceará - Brasil. Os resultados apontam que os 15 discentes demonstram ter familiaridade com o celular e pouca aproximação com o computador e com conceitos de informática básica. Dos respondentes 93, 3% afirmaram usar diariamente as redes sociais, com destaque para o Tik Tok e o Instagram. A maioria, 53,3%, afirmaram nunca ter ouvido falar sobre TIC. Dado que se contrapõe aos 46,7% que concordam que as tecnologias contribuem para o processo de ensino e aprendizagem. Quando questionados se a frequência de uso de tecnologias auxilia na rotina acadêmica, 33,3% assinalaram que às vezes, 40% quase sempre e 26,7% sempre. Como exemplo de aplicativos e plataformas que usam para auxiliar nos estudos, citaram: Duolingo, YouTube, ChatGPT e Luzia. Em relação a frequência de uso de TIC pelos docentes, 66,7% afirmaram que às vezes, 26,7% quase sempre e 6,7% sempre. Em sala de aula, os aplicativos mais utilizados são os de edição de texto, redes sociais, softwares como AutoCAD e serviços de streaming (vídeos e músicas). Os resultados obtidos reforçam a necessidade de proporcionar aos estudantes intervenções pedagógicas sobre letramento digital, de modo que desenvolvam as competências digitais esperadas para a educação do tempo presente. Destarte, também é importante refletir sobre o papel docente nesse processo de construção do conhecimento utilizando TIC.