UMA LITERATURA DE REEXISTÊNCIA
AS REPRESENTAÇÕES DO CORPO- MEMÓRIA NA POESIA DE MARY GRUESO
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https://doi.org/10.56579/sedh.v2i1.1123Palavras-chave:
Mary Grueso, Letramentos de reexitência, Corpo-memória, Literatura afro-colombianaResumo
A literatura pode ser insubmissa, crítica, representativa, capaz de expressar os sentimentos, pensamentos e memórias vigentes de uma sociedade. Sendo assim, carregada de valor histórico e cultural. Sob essas perspectivas busco através da análise literária e das discussões acerca dos poemas escritos por Mary Grueso, na obra “¡Negra somos! Antología de 21 Mujeres poetas afrocolombianas de la Región Pacífica” (2008), compreender as representações do corpo-memória e as paisagens na poesia de Grueso. Através de Grueso há a transformação da memória feminina negra, da ancestralidade negra, das tradições de seu povo, da paisagem de seu país em suas poesias. Para além, a partir da literatura da referida autora, é preciso pensar que sua obra também é um letramento de reexistência (da autora Ana Lucia Silva Souza), e que a partir dela é possível conceber uma educação em que estudantes sejam provocados a redimensionar seus mundos, suas comunidades, suas identidades e projetos de vida. Assim, Grueso é reexistência, é a descristalização dos silenciamentos e dos padrões brancos impostos aos negros, 'é a voz que grita' das Américas escravizadas e saqueadas, ela se faz ser ouvida autoafirmando a sua cultura e história.