ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA EM UMA REDE MUNICIPAL DE ENSINO NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Autores

  • Êmila Stender de Oliveira Prefeitura Municipal de São Bernardo
  • Diones
  • Daniela
  • Simone Minae
  • Larissa Yuka

Palavras-chave:

Educação, Estudante, Fisioterapia, Inclusão, Participação

Resumo

Os fisioterapeutas que atuam em equipe multidisciplinar na Educação Básica em São Bernardo do Campo tinham inicialmente como objeto de trabalho a criança com deficiência. A partir da política da Educação Inclusiva (2008) e do surto de chikungunya (2014),  ampliou-se o foco para crianças com atrasos no desenvolvimento neuromotor, sendo o objetivo principal a potencialização do desenvolvimento motor e da aprendizagem, por meio das experiências sensoriais e/ou motoras, na perspectiva da escola inclusiva. São objeto de trabalho dos fisioterapeutas: 1) a postura e a adequação postural, através da indicação do uso de tecnologia assistiva, representada por mobiliários adaptados e itens para posicionamento; 2) o desenvolvimento infantil, visando a independência, a exploração de ambientes e de materiais, e a participação e a funcionalidade do indivíduo; 3) o acompanhamento das aulas de Educação Física, para fomentar a discussão de estratégias que ampliem a efetiva participação dos estudantes com dificuldades neuromotoras; para as crianças com quadros motores mais complexos, a oferta de estímulos sensoriais e de controle motor/posturais; 4) e a orientação da  locomoção, através do incentivo à marcha, ou quando indicado, do uso de equipamentos de auxílio à marcha, patrimoniados ou não, e do empréstimo de cadeiras de rodas, que permitem o acesso e a participação dos estudantes. Esta atuação se dá através de: ações diretas, aos professores de sala, professores do Atendimento Educacional Especializado, Coordenadores, auxiliares e cuidadores, durante as observações em contexto e devolutivas; e ações indiretas: nas Reuniões Pedagógicas, Formações em Horário de Trabalho ou ainda, na participação em Seminários da Educação oferecidos aos profissionais anualmente, com socialização de práticas ou apresentação de temáticas comuns às escolas. Para este trabalho, a priori são realizadas observações em contexto escolar (desde a creche até o Ensino Fundamental I, incluindo a Educação de Jovens e Adultos). Discussões multidisciplinares e conversas com famílias compõem as informações necessárias para a compreensão do desenvolvimento do indivíduo. Quanto aos alunos e suas famílias: além do desenvolvimento motor, o reconhecimento da importância do brincar. Quando necessário, são realizadas orientações para a busca do serviço de Reabilitação do município. No âmbito educacional: o refinamento do olhar dos professores quanto às fases do desenvolvimento motor e, assim, a qualificação dos planejamentos. Na instituição, percebe-se o investimento na cultura inclusiva, por meio da oferta de ações formativas, além da aquisição de brinquedos acessíveis, e provimento de um acervo de Tecnologia Assistiva, que conta com mobiliários adaptados e cadeiras de rodas. Destaca-se o papel do Fisioterapeuta na Educação Básica, Pública e Inclusiva como potencializador para a aprendizagem. Por meio do seu conhecimento específico acerca do movimento humano e da função motora, cresce sua participação nas discussões de casos e formações. Espera-se a regulamentação da atuação da Fisioterapia no contexto escolar inclusivo, como estabelecido por outras áreas, devido à sua relevância já reconhecida pela sociedade.

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Publicado

2024-09-02