RESSIGNIFICANDO À DOCÊNCIA

RELATO DE UMA MESTRANDA

Resumo

O presente trabalho parte de debates ocorridos na disciplina Formação Docente: contextos e práticas, ofertada no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Lavras, para tecer reflexões acerca de perspectivas sobre a identidade e o desenvolvimento profissional de professores, especialmente no que tange a uma pesquisa em desenvolvimento acerca das trajetórias de jovens egressos de cursinhos populares. A produção objetiva debater as expectativas, as aprendizagens teóricas e conceituais no que se refere aos temas trabalhados e suas contribuições para a prática reflexiva que vem sendo construída. A realização desse movimento de escrita é motivada pela compreensão de que, apesar de não terem sido previstas, os conhecimentos advindos da discussão sobre saberes docentes provocaram relevantes considerações na investigação sobre as práticas que ocorrem nos referidos cursinhos. Em termos metodológicos, foi feito um trabalho de revisita aos textos, às anotações e memórias das discussões que aconteceram durante as aulas com objetivo de tecer análises dessas aproximações. Primeiro, é apresentado brevemente como as aulas foram organizadas e conduzidas. Com base no referencial teórico estudado é possível comentar os principais conceitos e contribuições apresentados pelos autores para discorrer no que diz respeito à formação docente. Dentre os conceitos destacam-se: identidade profissional, desenvolvimento profissional, professor iniciante, professor perito, professor pesquisador, formação de professores, dispositivos de formação. Além disso, proporciona compreender escolhas, repensar práticas profissionais anteriores e o lugar que se pretende ocupar no futuro. Em relação a pesquisa, mostra uma outra possibilidade de produto educacional que pode ser desenvolvida com os professores de um cursinho popular. Em face ao exposto, são reconhecidos os desafios que emergem na formação de professores, desde necessidade de mudanças na legislação, na conduta das escolas, das universidades formadoras, dos profissionais peritos que recebem os principiantes, mas também não se pode eximir a responsabilidade de cada um em mudar as práticas diárias para que sejam mais colaborativas e reflexivas.