POLÍTICAS PÚBLICAS PARA ADOLESCENTES TRANSEXUAIS

A PERSPECTIVA DE INTERSECCIONALIDADE NO BRASIL

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Autores

DOI:

https://doi.org/10.56579/prxis.v2i1.1800

Palavras-chave:

Adolescência, Transexualidade, Interseccionalidade, Políticas Públicas, Direitos Humanos

Resumo

As/os adolescentes transexuais no Brasil enfrentam inúmeros desafios, incluindo discriminação escolar, dificuldades de acesso a serviços de saúde e desigualdade social, frequentemente agravados por fatores como raça e classe social. Apesar de algumas políticas públicas que visam proteger a população LGBTQIAPN+, ainda há uma lacuna significativa quando se trata de atender adolescentes transexuais. Medidas como o uso do nome social nas escolas e o Processo Transexualizador do SUS não são uniformemente implementadas e deixam de contemplar a complexidade das necessidades desse público. A interseccionalidade aqui utilizada como chave analítica é essencial para entender as opressões enfrentadas por adolescentes trans, já que suas experiências são moldadas por múltiplas dimensões. Portanto, é urgente que políticas públicas considerem essa perspectiva, promovendo a capacitação de profissionais de saúde e educação, a revisão de diretrizes do SUS para incluir adolescentes, e o desenvolvimento de políticas de acolhimento e proteção social. Além disso, campanhas de conscientização podem contribuir para reduzir a transfobia nas escolas e na sociedade. Uma abordagem interseccional permitirá a criação de políticas mais efetivas, garantindo dignidade e segurança as/aos adolescentes transexuais e promovendo uma sociedade igualitária para todas/os/es.

Biografia do Autor

Adeildo Vila Nova, Pontifícia Universidade Católica de São Paul

Assistente Social no Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). Doutorando em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestre em Serviço Social e Políticas Sociais pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Pesquisador nos Núcleos de Estudos e Pesquisas sobre Identidades (NEPI), em Aprofundamento Marxista (NEAM) e sobre Crianças e Adolescentes com ênfase no Sistema de Garantia de Direitos (NCASGD), da PUC-SP e Diretor-Primeiro Secretário na Associação das/os Assistentes Sociais e Psicólogas/os do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (AAPTJ-SP).

Thiago A. Aranha, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Assistente Social formado pela Universidade Guarulhos. Mestre em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC SP. Doutorando em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC SP. Professor na Pós-Graduação em Trabalho Social com Famílias na Faculdade Paulista de Serviço Social - FAPSS. Professor do curso de Serviço Social na Universidade Federal Educacional - UniFecaF. Pesquisador do NEAM - Núcleo de Estudos e Pesquisas em Aprofundamentos Marxista. Pesquisador do NEPEDH - Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Ética e Direitos Humanos. Pesquisador do NEPI – Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Identidade. Pesquisador do NCAF/SGD – Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Crianças, Adolescentes e Família no Sistema de Garantia de Direitos.

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Publicado

14-01-2025

Como Citar

Nova, A. V., & Aranha, T. A. (2025). POLÍTICAS PÚBLICAS PARA ADOLESCENTES TRANSEXUAIS: A PERSPECTIVA DE INTERSECCIONALIDADE NO BRASIL. PRÁXIS EM SAÚDE , 2(1), 01–21. https://doi.org/10.56579/prxis.v2i1.1800

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