GEOMETRIA INCLUSIVA
JOGO DA MEMÓRIA PARA AUTISTAS
Palavras-chave:
Aprendizagem matemática, geometria, Inclusão, TEAResumo
É notável que a aprendizagem matemática tem uma importância fundamental, na educação de cada um dos estudantes. Porém, para alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) essa aprendizagem matemática poderá ser desenvolvida com algumas dificuldades. Pesquisas como a de Silva (2020) alertam para o fato de que ainda há muitas dúvidas sobre como direcionar o ensino e a aprendizagem Matemática para estudantes com TEA. Contudo foi desenvolvido no subprojeto PIBID uma temática da associação do conteúdo matemático com a área da inclusão, um momento lúdico sobre a identificação das figuras geométricas por meio do jogo da memória voltado para estudantes com TEA. Na finalidade de ensinar o aluno com TEA a reconhecer e nomear diferentes figuras geométricas por meio da geometria inclusiva utilizando o jogo da memória. Além disso, também pretendendo desenvolver o raciocínio lógico; estimular a concentração; promover a interação e inclusão social entre os alunos. Nesse sentido, conduzimos a atividade com o propósito de conseguir alinhar a aprendizagem matemática com a parte da inclusão para estudantes com TEA. Produzimos algumas figuras geométricas com a adaptação de EVA especificamente de cores diferentes para que assim chamasse a atenção do público alvo. Metodologicamente, colocamos o jogo na mesa para que o participante tivesse contato com o mesmo, a partir disso, foi explicado como funcionava o jogo, virando as cartas para baixo o participante tinha que encontrar o par correspondente e falar qual figura geométrica tinha no par e assim sucessivamente até encontrar e identificar todos os pares de figuras presente no jogo. Logo após a aplicação do jogo vimos que o estudante possuía conhecimento prévio de algumas figuras geométricas tais como: retângulo, círculo e quadrado. No entanto, chegou a confundir o nome de algumas figuras geométricas, o que de fato era esperado, mas aos poucos foi assimilando onde estavam as figuras com seus respectivos pares estimulando a sua memória e concentração na temática abordada. Ao final da atividade, o participante ainda sugeriu algumas ideias para melhorar o jogo, por exemplo, adicionar mais figuras geométricas diferentes com seus respectivos pares. Para assim fortalecer ainda mais a memória e concentração ele também citou que gostou muito do jogo, foi um momento bastante legal e positivo que se sentiu bem e conseguiu compreender o que estava sendo passado. Em síntese a aplicação do jogo evidenciou a importância da matemática inclusiva para pessoas com TEA onde o jogo trouxe resultados positivos. Com isso, conclui-se que a atividade foi muito bem empregada, com bons resultados tanto para o participante, quanto para as pessoas que aplicaram o jogo como uma magnífica experiência na posição de ensinar, ou seja, “a criança com TEA não é formada apenas de dificuldades, mas, também, de potencialidades” (SOUZA, 2019, p.146). Portanto, para o aluno com TEA sua observação ao jogo trouxe muita aprendizagem ao observar e identificar os nomes de cada figura geométrica aplicada no jogo, e aos pibidianos uma excelente experiência pedagógica.