TRANSFORMANDO O ENSINO FARMACÊUTICO:

O USO DA METODOLOGIA CASE-BASED COLLABORATIVE LEARNING (CBCL) NAS DISCIPLINAS DE QUÍMICA FARMACÊUTICA, FARMÁCIA CLÍNICA E FARMÁCIA HOSPITALAR

Autores

  • Luiz Fernando Correa do Nascimento Neto Faculdade Pequeno Príncipe
  • Graziele Francine Franco Mancarz
  • Solange Gomes da Silva Ferreira
  • Rosiane Guetter Mello

Palavras-chave:

Metodologias ativas, Case-Based Collaborative Learning (CBCL), Aprendizado colaborativo

Resumo

Introdução. O Case-Based Collaborative Learning (CBCL), é uma abordagem pedagógica inovadora que vem ganhando destaque em contextos educacionais diversos. Essa metodologia de ensino-aprendizagem é considerada uma metodologia de sala de aula invertida, e se baseia na exploração de casos reais ou simulados, proporcionando aos estudantes a oportunidade de aplicar conhecimentos teóricos em situações práticas. O foco central do CBCL é fomentar o aprendizado colaborativo, promovendo a interação entre os estudantes, o que contribui para o desenvolvimento de habilidades e atitudes essenciais como comunicação, trabalho em equipe, pensamento crítico e resolução de problemas. Ela é utilizada em todos os períodos de um curso de graduação em Farmácia de uma instituição de ensino superior privada sem fins lucrativos, tendo como foco a integração das disciplinas que compõem o período na elaboração do caso. Diante disso, o objetivo deste trabalho é relatar a utilização do CBCL no 7º período do curso de Farmácia. Metodologia: Este caso foi desenvolvido de forma integrada nas três disciplinas, abordando os objetivos de aprendizagem definidos em cada uma delas.  Em Química Farmacêutica, reconhecer a estrutura atividade dos Benzodiazepínicos. Em Farmácia Clínica, reconhecer qual a abordagem farmacológica para tratamento de crises convulsivas. Já, em Farmácia Hospitalar e Gestão Farmacêutica, reconhecer critérios para elaboração de protocolos clínicos de atendimento. Para tanto, foram elaboradas as questões norteadoras do caso, as quais foram trabalhadas em cada disciplina. Antes do momento em sala de aula, os estudantes receberam o material didático de apoio de cada disciplina, e realizaram um pré-teste, com questões envolvendo o material didático encaminhado. Após, na sala de aula, os estudantes realizaram o pós-teste, para o fechamento daquela temática/síntese do conhecimento.  Resultados: Os estudantes trouxeram material impresso com anotações e marcações. No primeiro momento eles são convidados a desenvolver raciocínio individual sobre as perguntas norteadoras e no segundo momento, realizam este processo em pequenos grupos. Em grupo, os estudantes, instigados pelas perguntas norteadoras, levantaram outros questionamentos como; “quais medicamentos seriam mais adequados para o manejo da crise convulsiva não responsiva?”, “quais profissionais deveriam estar envolvidos na elaboração de um protocolo clínico?” e “como o medicamento interage com o receptor”. O professor teve o papel de instigar ainda mais a discussão. Como última etapa, os grupos expõem suas conclusões e o professor promove a discussão intergrupos. Além disso, a colaboração em grupo favorece a troca de conhecimentos e experiências, permitindo que os estudantes adquiram diferentes perspectivas sobre as questões abordadas. Segundo a literatura, os estudantes que vivenciam a metodologia do CBCL frequentemente apresentam melhor retenção de conhecimento em comparação com aqueles submetidos a métodos tradicionais de ensino, fato também observado após a aplicação desse caso clínico integrado. Ademais, os estudantes relatam maior satisfação com o processo educativo, já que o CBCL frequentemente promove um ambiente de aprendizado mais envolvente e motivador. Considerações finais: O CBCL estimulou o senso crítico e a autonomia discente, pois casos clínicos multidisciplinares aproximam a aprendizagem da realidade prática, integrando conhecimentos e preparando para o contexto profissional.

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Publicado

2025-05-22